A sexta edição do Seminário de Bioeletricidade CEISE Br/UNICA debateu, no segundo dia da feira, fatos relevantes sobre o potencial da bioeletricidade com apresentações de especialistas e políticos da área. Márcio Félix Bezerra, secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, do Ministério de Minas e Energia, afirmou que é preciso definir melhor o papel do setor sucroenergético na matriz energética brasileira no horizonte de 10, 20, 30 anos.
Segundo ele, até o mês de dezembro, o Ministério espera construir, discutir e definir um conjunto de políticas e estratégias com orientações para o setor em conjunto com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e entidades do segmento canavieiro. “Esperamos que em 2017 possa tramitar no Congresso um plano concreto, visando resgatar usinas, atrair novos investimentos e áreas de plantio e equilíbrio econômico”, afirmou o secretário.
Bezerra propôs ainda a elaboração da “Carta de Sertãozinho” com as principais
demandas da cadeia produtiva, como um passo inicial para avançar na construção de uma política clara para a matriz energética brasileira com a participação dos biocombustíveis e da bioeletricidade. Após sua apresentação, o secretário seguiu programação na região, indo visitar a usina São Martinho, em Pradópolis-SP
Na ocasião, Arnaldo Jardim apontou a mudança no cenário político nacional como decisiva para retomada do setor sucroenergético. “A mudança de comando no Executivo nacional traz melhores perspectivas para o etanol, o açúcar e a geração de energia por meio da cana”, disse ele, explicando que não houve interesse no setor nos últimos governos, o que poderia ter sido feito através de leilões de bioenergia em condições justas de competitividade com a hidroeletricidadee o não artificialismo no preço da gasolina em detrimento do etanol. O secretário foi homenageado na oportunidade, quando recebeu uma placa em reconhecimento ao trabalho realizado por ele a favor do setor.
Durante sua participação, o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos de Souza Meirelles, abordou as oportunidades no Brasil e, particularmente no Estado de São Paulo para o avanço da produção de etanol, açúcar e biogás da vinhaça e apresentou um projeto de introdução do biometano na matriz energética do Estado paulista.
“Temos que pensar seriamente como suprir a demanda de energia elétrica a partir de 2018/2019. Em São Paulo, temos trabalhado com um horizonte de 25 anos para que tenhamos plena utilização das energias renováveis, ou seja, máxima produção de biomassa, solar, eólica e gás natural”, disse ele.
O projeto apresentado tem como objetivo fomentar as usinas paulistas a produzirem o biometano para injeção na rede de gás natural, o que significa uma nova oportunidade de negócio com geração de emprego e renda, já que o estado paulista conta com 166 usinas do setor sucroenergético signatárias do protocolo agroambiental. Destas usinas, 66 estão localizadas a até 20 quilômetros da rede de gás natural existente.
As usinas de cana-de-açúcar serão incentivadas a produzir biogás a partir dos resíduos da produção de açúcar e etanol, com o objetivo de transformá--lo em biometano. “Podemos colocar as usinas em contato com a distribuidora local para tentar viabilizar a conexão, que dependerá da distância e da capacidade de fornecimento de gás”, concluiu Meirelles.
As demais discussões abordaram questões como a comercialização da bioeletricidade no mercado livre, no mercado regulado e aspectos tecnológicos, tais como a explanação de Reginaldo Medeiros, o presidente executivo da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica), que mostrou o potencial no mercado livre para os empreendedores em bioeletricidade, e afirmou que o mercado livre de energia elétrica vive um momento forte de incorporação de consumidores.
Para o gerente em Bioeletricidade da UNICA, Zilmar Souza, o evento mostrou que embora haja uma sobre contratação de energia por parte das distribuidoras, também há previsão de leve recuperação do consumo de energia a partir do ano que vem. “Isto faz com que o momento seja ideal para as diversas esferas de governo, juntamente com os empresários, trabalharem para a bioeletricidade retornar efetivamente aos leilões regulados, para o fortalecimento do mercado livre de energia e para a difusão de novas tecnologias”, observou Souza.
A presidente da UNICA também ficou satisfeita com o resultado do seminário. “Ficamos muito felizes com essas declarações e compromissos. Aceitamos esse desafio porque sabemos da nossa capacidade produtiva e nos avanços que o setor pode trazer ao país, como geração de empregos, economia e sustentabilidade”, afirmou Elizabeth, lembrando que apenas 16% do potencial da biomassa é utilizado e isso precisa mudar. Segundo a executiva, em 2015 a biomassa gerou 20 terawatts para o setor sucroenergético, representando uma economia de 14% de água (usada para a produção de hidroeletricidade) em tempos de seca.
A sexta edição do Seminário de Bioeletricidade CEISE Br/UNICA debateu, no segundo dia da feira, fatos relevantes sobre o potencial da bioeletricidade com apresentações de especialistas e políticos da área. Márcio Félix Bezerra, secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, do Ministério de Minas e Energia, afirmou que é preciso definir melhor o papel do setor sucroenergético na matriz energética brasileira no horizonte de 10, 20, 30 anos.
Segundo ele, até o mês de dezembro, o Ministério espera construir, discutir e definir um conjunto de políticas e estratégias com orientações para o setor em conjunto com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e entidades do segmento canavieiro. “Esperamos que em 2017 possa tramitar no Congresso um plano concreto, visando resgatar usinas, atrair novos investimentos e áreas de plantio e equilíbrio econômico”, afirmou o secretário.
Bezerra propôs ainda a elaboração da “Carta de Sertãozinho” com as principais
demandas da cadeia produtiva, como um passo inicial para avançar na construção de uma política clara para a matriz energética brasileira com a participação dos biocombustíveis e da bioeletricidade. Após sua apresentação, o secretário seguiu programação na região, indo visitar a usina São Martinho, em Pradópolis-SP
Na ocasião, Arnaldo Jardim apontou a mudança no cenário político nacional como decisiva para retomada do setor sucroenergético. “A mudança de comando no Executivo nacional traz melhores perspectivas para o etanol, o açúcar e a geração de energia por meio da cana”, disse ele, explicando que não houve interesse no setor nos últimos governos, o que poderia ter sido feito através de leilões de bioenergia em condições justas de competitividade com a hidroeletricidadee o não artificialismo no preço da gasolina em detrimento do etanol. O secretário foi homenageado na oportunidade, quando recebeu uma placa em reconhecimento ao trabalho realizado por ele a favor do setor.
Durante sua participação, o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos de Souza Meirelles, abordou as oportunidades no Brasil e, particularmente no Estado de São Paulo para o avanço da produção de etanol, açúcar e biogás da vinhaça e apresentou um projeto de introdução do biometano na matriz energética do Estado paulista.
“Temos que pensar seriamente como suprir a demanda de energia elétrica a partir de 2018/2019. Em São Paulo, temos trabalhado com um horizonte de 25 anos para que tenhamos plena utilização das energias renováveis, ou seja, máxima produção de biomassa, solar, eólica e gás natural”, disse ele.
O projeto apresentado tem como objetivo fomentar as usinas paulistas a produzirem o biometano para injeção na rede de gás natural, o que significa uma nova oportunidade de negócio com geração de emprego e renda, já que o estado paulista conta com 166 usinas do setor sucroenergético signatárias do protocolo agroambiental. Destas usinas, 66 estão localizadas a até 20 quilômetros da rede de gás natural existente.
As usinas de cana-de-açúcar serão incentivadas a produzir biogás a partir dos resíduos da produção de açúcar e etanol, com o objetivo de transformá--lo em biometano. “Podemos colocar as usinas em contato com a distribuidora local para tentar viabilizar a conexão, que dependerá da distância e da capacidade de fornecimento de gás”, concluiu Meirelles.
As demais discussões abordaram questões como a comercialização da bioeletricidade no mercado livre, no mercado regulado e aspectos tecnológicos, tais como a explanação de Reginaldo Medeiros, o presidente executivo da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica), que mostrou o potencial no mercado livre para os empreendedores em bioeletricidade, e afirmou que o mercado livre de energia elétrica vive um momento forte de incorporação de consumidores.
Para o gerente em Bioeletricidade da UNICA, Zilmar Souza, o evento mostrou que embora haja uma sobre contratação de energia por parte das distribuidoras, também há previsão de leve recuperação do consumo de energia a partir do ano que vem. “Isto faz com que o momento seja ideal para as diversas esferas de governo, juntamente com os empresários, trabalharem para a bioeletricidade retornar efetivamente aos leilões regulados, para o fortalecimento do mercado livre de energia e para a difusão de novas tecnologias”, observou Souza.
A presidente da UNICA também ficou satisfeita com o resultado do seminário. “Ficamos muito felizes com essas declarações e compromissos. Aceitamos esse desafio porque sabemos da nossa capacidade produtiva e nos avanços que o setor pode trazer ao país, como geração de empregos, economia e sustentabilidade”, afirmou Elizabeth, lembrando que apenas 16% do potencial da biomassa é utilizado e isso precisa mudar. Segundo a executiva, em 2015 a biomassa gerou 20 terawatts para o setor sucroenergético, representando uma economia de 14% de água (usada para a produção de hidroeletricidade) em tempos de seca.