Índia decide subsidiar embarques de até 1,4 milhão de toneladas de açúcar

20/02/2015 Açúcar POR: Valor Econômico
O governo da Índia informou ontem que concederá subsídio para que o país exporte até 1,4 milhão de toneladas de açúcar bruto até o fim da safra atual (2014/15), em setembro. As usinas receberão 4 mil rúpias por tonelada exportada (US$ 64,40).
Assim, as usinas indianas deverão receber o equivalente a 17 ,64 centavos de dólar por libra-peso enviada ao exterior, pouco mais de 290 pontos acima do atual patamar de negociações do contrato futuro do açúcar demerara atualmente mais negociado (maio) na bolsa de Nova York.
Apesar de superar os atuais preços praticados no mercado internacional, o valor não deverá ser suficiente para remunerar as usinas indianas, avalia Bruno Lima, consultor de gerenciamento de risco do segmento sucroalcooleiro da consultoria FCStone. 
"O que incentivaria a exportação seria um preço próximo dos 18 centavos de dólar", calcula. Atualmente, o custo de produção de açúcar na Índia está em torno de 17 ,50 centavos de dólar a libra-peso. "Abaixo disso, não vai ter margem para exportar", diz. 
A falta de vantagem econômica poderá inclusive limitar a produção indiana de açúcar para exportação. O incentivo é concedido para as vendas externas de açúcar bruto, mas as usinas indianas produzem normalmente açúcar branco. "As usinas da Índia só produzem açúcar bruto se tiverem contrato fechado e se
a exportação for vantajosa", afirma.
As regras para a concessão do subsídio também não são consideradas simples de serem cumpridas. Uma das condições impostas pelo governo é que as usinas que quiserem receber o subsídio devem produzir também etanol, o que reduz o número de empresas aptas a acessar o benefício. Além disso, como o volume é fixo, a liberação do apoio também será regulada de acordo com a data de exportação certificada pelas autoridades aduaneiras.
A concessão de subsídio para a exportação de açúcar era uma reivindicação do segmento sucroalcooleiro da Índia, que atravessa um período de margens deprimidas. Nos últimos dois meses, o preço do açúcar no mercado indiano atingiu mínimas em mais de cinco anos, como reflexo da elevada oferta doméstica e noexterior.
A produção do país deverá subir para 26 milhões de toneladas na atual temporada, conforme estimativa da associação que representa as usinas indianas (Isma). E, hoje, os estoques já alcançam 7 ,2 milhões de toneladas. A produção deste ciclo está avançada, e estima-se que 7 0% do total projetado já tenha sido produzido até o domingo passado. 
E, ao mesmo tempo em que as exportações tendem a apresentar rentabilidade duvidosa, em um cenário de estabilidade da rúpia em relação ao dólar, o governo indiano pressiona as usinas a pagarem suas dívidas com os produtores.
O governo da Índia informou ontem que concederá subsídio para que o país exporte até 1,4 milhão de toneladas de açúcar bruto até o fim da safra atual (2014/15), em setembro. As usinas receberão 4 mil rúpias por tonelada exportada (US$ 64,40).
Assim, as usinas indianas deverão receber o equivalente a 17 ,64 centavos de dólar por libra-peso enviada ao exterior, pouco mais de 290 pontos acima do atual patamar de negociações do contrato futuro do açúcar demerara atualmente mais negociado (maio) na bolsa de Nova York.
Apesar de superar os atuais preços praticados no mercado internacional, o valor não deverá ser suficiente para remunerar as usinas indianas, avalia Bruno Lima, consultor de gerenciamento de risco do segmento sucroalcooleiro da consultoria FCStone. 
"O que incentivaria a exportação seria um preço próximo dos 18 centavos de dólar", calcula. Atualmente, o custo de produção de açúcar na Índia está em torno de 17 ,50 centavos de dólar a libra-peso. "Abaixo disso, não vai ter margem para exportar", diz. 
A falta de vantagem econômica poderá inclusive limitar a produção indiana de açúcar para exportação. O incentivo é concedido para as vendas externas de açúcar bruto, mas as usinas indianas produzem normalmente açúcar branco. "As usinas da Índia só produzem açúcar bruto se tiverem contrato fechado e se
a exportação for vantajosa", afirma.
As regras para a concessão do subsídio também não são consideradas simples de serem cumpridas. Uma das condições impostas pelo governo é que as usinas que quiserem receber o subsídio devem produzir também etanol, o que reduz o número de empresas aptas a acessar o benefício. Além disso, como o volume é fixo, a liberação do apoio também será regulada de acordo com a data de exportação certificada pelas autoridades aduaneiras.
A concessão de subsídio para a exportação de açúcar era uma reivindicação do segmento sucroalcooleiro da Índia, que atravessa um período de margens deprimidas. Nos últimos dois meses, o preço do açúcar no mercado indiano atingiu mínimas em mais de cinco anos, como reflexo da elevada oferta doméstica e noexterior.
A produção do país deverá subir para 26 milhões de toneladas na atual temporada, conforme estimativa da associação que representa as usinas indianas (Isma). E, hoje, os estoques já alcançam 7 ,2 milhões de toneladas. A produção deste ciclo está avançada, e estima-se que 7 0% do total projetado já tenha sido produzido até o domingo passado. 
E, ao mesmo tempo em que as exportações tendem a apresentar rentabilidade duvidosa, em um cenário de estabilidade da rúpia em relação ao dólar, o governo indiano pressiona as usinas a pagarem suas dívidas com os produtores.