A indiana United Phosphorus Limited (UPL), uma das maiores fabricantes de defensivos genéricos (póspatente) do mundo, pretende investir R$ 1 bilhão na construção de uma fábrica de síntese e produção de agroquímicos no Brasil.
A informação foi divulgada ontem em Nova Déli pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e confirmada pela empresa que, procurada pelo Valor, não tinha ontem portavozes à disposição para entrevistas. O local onde será erguida a unidade ainda não foi definido, e a capacidade de produção não foi revelada.
Em entrevista ao Valor em setembro do ano passado, Carlos Pellicer, presidente da UPL no Brasil, já havia adiantado que a companhia analisava a possibilidade de investir em uma planta de síntese de moléculas no país, que lidera a demanda global por agroquímicos.
À época, porém, o projeto era mais modesto. O executivo estimou que o aporte total ficaria entre R$ 150 milhões a R$ 200 milhões. A empresa já conta com uma fábrica em Ituverava, no interior de São Paulo, mas atualmente importa a maior parte do que comercializa no Brasil.
De acordo com informações do Ministério da Agricultura, a UPL também planeja desenvolver pesquisas com lentilha no país, cuja demanda total, da ordem de 14 mil toneladas por ano, é atualmente coberta com importações.
Nesse sentido, a companhia assinou um acordo com a Embrapa que prevê desenvolvimento e produção de diversas variedades da leguminosa. "O Brasil se prepara para ser o grande fornecedor de lentilhas para a Índia, que é o grande consumidor mundial", exagerou o ministro em uma das diversaspublicações que fez pelo Twitter.
Maior país consumidor de lentilha do mundo, a Índia importa metade de sua demanda total. São, hoje, 3,6 milhões de toneladas por ano, mas estimase que o volume chegará a 10 milhões em 2020. E, segundo Blairo, a demanda no mercado indiano chegará a 30 milhões de toneladas em 2030.
O convênio com a Embrapa envolve importação de sementes e pesquisas de
variedades adaptadas às condições brasileiras. O custo inicial é estimado em
R$ 100 mil. "Se tudo der certo", escreveu o ministro, a UPL vai investir US$ 100 milhões para desenvolver e produzir a leguminosa no Brasil e exportála
a seu país de origem.
Principal empresa de defensivos da Índia, a UPL iniciou operações no Brasil
em 2003, com a comercialização de produtos importados. Em 2011, adquiriu
o controle da subsidiária brasileira do grupo alemão DVA, do qual "herdou" a
estrutura fabril em Ituverava. Além de defensivos, o grupo mantém negócios
nas áreas de sementes e fertilizantes.
No ano fiscal encerrado em 31 de março de 2016, a UPL informou que faturou US$ 381 milhões no Brasil, 76% mais que no exercício anterior. O país já é o terceiro maior mercado da multinacional, atrás da Índia e dos EUA. A receita global da companhia chega a US$ 2 bilhões.
A indiana United Phosphorus Limited (UPL), uma das maiores fabricantes de defensivos genéricos (póspatente) do mundo, pretende investir R$ 1 bilhão na construção de uma fábrica de síntese e produção de agroquímicos no Brasil.
A informação foi divulgada ontem em Nova Déli pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e confirmada pela empresa que, procurada pelo Valor, não tinha ontem portavozes à disposição para entrevistas. O local onde será erguida a unidade ainda não foi definido, e a capacidade de produção não foi revelada.
Em entrevista ao Valor em setembro do ano passado, Carlos Pellicer, presidente da UPL no Brasil, já havia adiantado que a companhia analisava a possibilidade de investir em uma planta de síntese de moléculas no país, que lidera a demanda global por agroquímicos.
À época, porém, o projeto era mais modesto. O executivo estimou que o aporte total ficaria entre R$ 150 milhões a R$ 200 milhões. A empresa já conta com uma fábrica em Ituverava, no interior de São Paulo, mas atualmente importa a maior parte do que comercializa no Brasil.
De acordo com informações do Ministério da Agricultura, a UPL também planeja desenvolver pesquisas com lentilha no país, cuja demanda total, da ordem de 14 mil toneladas por ano, é atualmente coberta com importações.
Nesse sentido, a companhia assinou um acordo com a Embrapa que prevê desenvolvimento e produção de diversas variedades da leguminosa. "O Brasil se prepara para ser o grande fornecedor de lentilhas para a Índia, que é o grande consumidor mundial", exagerou o ministro em uma das diversaspublicações que fez pelo Twitter.
Maior país consumidor de lentilha do mundo, a Índia importa metade de sua demanda total. São, hoje, 3,6 milhões de toneladas por ano, mas estimase que o volume chegará a 10 milhões em 2020. E, segundo Blairo, a demanda no mercado indiano chegará a 30 milhões de toneladas em 2030.
O convênio com a Embrapa envolve importação de sementes e pesquisas de variedades adaptadas às condições brasileiras. O custo inicial é estimado em R$ 100 mil. "Se tudo der certo", escreveu o ministro, a UPL vai investir US$ 100 milhões para desenvolver e produzir a leguminosa no Brasil e exportá la a seu país de origem.
Principal empresa de defensivos da Índia, a UPL iniciou operações no Brasil em 2003, com a comercialização de produtos importados. Em 2011, adquiriu o controle da subsidiária brasileira do grupo alemão DVA, do qual "herdou" a estrutura fabril em Ituverava. Além de defensivos, o grupo mantém negócios nas áreas de sementes e fertilizantes.
No ano fiscal encerrado em 31 de março de 2016, a UPL informou que faturou US$ 381 milhões no Brasil, 76% mais que no exercício anterior. O país já é o terceiro maior mercado da multinacional, atrás da Índia e dos EUA. A receita global da companhia chega a US$ 2 bilhões.