Índice de preços de alimentos da FAO continua a desabar

08/05/2015 Agricultura POR: Valor Econômico
Em queda contínua desde o ano passado, o índice de preços globais de alimentos da FAO, braço das Nações Unidas para alimentação e agricultura, por enquanto caminha para fechar 2015 no mais baixo patamar desde 2010. Entre outros reflexos, a entidade destaca que a tendência deverá reduzir a fatura das importações mundiais de alimentos ao menor nível também em cinco anos.
Com mais uma retração no mês passado, de 1,2% em relação a março, o indicador chegou a 171 pontos, ante os 211,5 pontos de abril do ano passado. O índice encerrou 2014 em 201,8 pontos, já abaixo de 2013 (209,8), 2012 (213,3) e 2011 (229,9), ano em que alcançou seu pico histórico. Como a relação entre oferta e demanda continua
confortável em grande parte das cadeias produtivas, a FAO não vê espaço para recuperações expressivas dos preços dos alimentos nos próximos meses ­ ainda que a valorização do dólar tenha dado sinais de arrefecimento, o que abre espaço para ajustes altistas.
Exemplo dessa "folga" maior que nos últimos anos é o mercado de cereais, básicos para a alimentação humana e animal. Conforme novas projeções divulgadas também ontem, a FAO passou a prever os estoques finais do segmento, puxado por milho, trigo e arroz, em 645,6 milhões de toneladas nesta safra 2014/15, volume 5,9% superior ao do ciclo 2013/14. Para a próxima temporada (2015/16),
que terá início em setembro, a entidade prevê que os estoques finais recuarão para 626,6 milhões de toneladas, ainda um volume elevado, equivalente a 25,9% da demanda global estimada.
Não por coincidência, o indicador da FAO que mensura especificamente as oscilações dos preços globais dos cereais registrou em abril sua quarta queda mensal consecutiva. Desceu para 167,6 pontos, 1,3% menos que em março e nível equivalente à média apurada em 2009 (170,2). Nessa frente, o recorde foi em 2011 (240,9), quando
os cereais foram fundamentais para a máxima história do indicador geral. Em 2012 já houve uma queda para 236,1 pontos, que se tornou mais aguda em 2013 (219,3) e em 2014 (191,9).
Mas nos demais segmentos monitorados pela FAO os preços seguem igualmente em queda, exceto no caso das carnes, muito em função da oferta mais escassa em grandes produtores como o Brasil. O indicador que mede as variações dos óleos vegetais ­ e que serve de termômetro para a soja, que é uma oleaginosa ­ baixou para 150,2
pontos em abril, também o menor nível desde 2008, ao passo que o do açúcar caiu para 185,5 pontos em abril, patamar mais baixo desde 2008. No caso dos lácteos, o recuo foi para 172,4 pontos, piso desde meados de 2006.
As carnes fugiram à regra e registraram recuperação. Mas nada do outro planeta. O indicador da FAO que mede especificamente os preços no segmento subiu para 178 pontos no mês passado, ante 190,4 em abril de 2014. Em relação às médias dos últimos anos, o resultado do mês passado é o menor desde 2010.
Em queda contínua desde o ano passado, o índice de preços globais de alimentos da FAO, braço das Nações Unidas para alimentação e agricultura, por enquanto caminha para fechar 2015 no mais baixo patamar desde 2010. Entre outros reflexos, a entidade destaca que a tendência deverá reduzir a fatura das importações mundiais de alimentos ao menor nível também em cinco anos.
Com mais uma retração no mês passado, de 1,2% em relação a março, o indicador chegou a 171 pontos, ante os 211,5 pontos de abril do ano passado. O índice encerrou 2014 em 201,8 pontos, já abaixo de 2013 (209,8), 2012 (213,3) e 2011 (229,9), ano em que alcançou seu pico histórico. Como a relação entre oferta e demanda continua confortável em grande parte das cadeias produtivas, a FAO não vê espaço para recuperações expressivas dos preços dos alimentos nos próximos meses ­ ainda que a valorização do dólar tenha dado sinais de arrefecimento, o que abre espaço para ajustes altistas.
Exemplo dessa "folga" maior que nos últimos anos é o mercado de cereais, básicos para a alimentação humana e animal. Conforme novas projeções divulgadas também ontem, a FAO passou a prever os estoques finais do segmento, puxado por milho, trigo e arroz, em 645,6 milhões de toneladas nesta safra 2014/15, volume 5,9% superior ao do ciclo 2013/14. Para a próxima temporada (2015/16),
que terá início em setembro, a entidade prevê que os estoques finais recuarão para 626,6 milhões de toneladas, ainda um volume elevado, equivalente a 25,9% da demanda global estimada.
Não por coincidência, o indicador da FAO que mensura especificamente as oscilações dos preços globais dos cereais registrou em abril sua quarta queda mensal consecutiva. Desceu para 167,6 pontos, 1,3% menos que em março e nível equivalente à média apurada em 2009 (170,2). Nessa frente, o recorde foi em 2011 (240,9), quando os cereais foram fundamentais para a máxima história do indicador geral. Em 2012 já houve uma queda para 236,1 pontos, que se tornou mais aguda em 2013 (219,3) e em 2014 (191,9).
Mas nos demais segmentos monitorados pela FAO os preços seguem igualmente em queda, exceto no caso das carnes, muito em função da oferta mais escassa em grandes produtores como o Brasil. O indicador que mede as variações dos óleos vegetais ­ e que serve de termômetro para a soja, que é uma oleaginosa ­ baixou para 150,2 pontos em abril, também o menor nível desde 2008, ao passo que o do açúcar caiu para 185,5 pontos em abril, patamar mais baixo desde 2008. No caso dos lácteos, o recuo foi para 172,4 pontos, piso desde meados de 2006.
As carnes fugiram à regra e registraram recuperação. Mas nada do outro planeta. O indicador da FAO que mede especificamente os preços no segmento subiu para 178 pontos no mês passado, ante 190,4 em abril de 2014. Em relação às médias dos últimos anos, o resultado do mês passado é o menor desde 2010.