Indústrias e sindicatos criticam ajuste fiscal e preparam manifesto

06/03/2015 Agronegócio POR: Portal G1
Setores da indústria brasileira e centrais sindicais decidiram se unir para pedir mudanças na politica econômica e medidas que permitam estacar a chamada "desindustrialização", recuperar a competitividade do setor produtivo brasileiro e a manutenção dos empregos no país.
Batizado de "Manifesto da Coalizão Capital-Trabalho para a competitividade e o Desenvolvimento", o documento está sendo elaborado com a participação de mais de 40 entidades industriais, incluindo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a Câmara Brasileira da Indústria a Construção, o Instituto Aço Brasil, além das princiais centrais sindicais como Força Sindical e CUT. A intenção é divulgar o documento e endereçá-lo à presidente Dilma Rousseff ainda este mês.
Um rascunho do manifesto foi divulgada nesta quinta-feira (5) pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e causou mal-estar entre algumas associações, pois ainda não há consenso sobre a pauta de reivindicações. A Abit, por exemplo, não quis comentar o assunto.
Embora o documento ainda esteja em elaboração, no foco do manifesto estão críticas aos juros elevados, ao câmbio, à carga tributária e à cumulatividade de impostos. O texto vem sendo discutido desde dezembro, mas entrou numa espécie de regime de urgência após os primeiros indicadores do ano apontarem para um ambiente de recessão.
Críticas ao ajuste fiscal
A decisão do governo de elevar o imposto das empresas antes beneficiadas com a desoneração da folha de pagamentos e de reduzir a alíquota do Reintegra, diminuindo o benefíxio para os exportadores de manufaturados, fez piorar ainda mais o ânimo dos empresários.
“Não tem cabimento querer fazer ajuste fiscal em cima de aumento de impostos e redução de investimentos, sem mexer no custeio”, critica José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
"Todo mundo defende o ajuste, mas a expectativa, ao menos da área industrial, era que o ajuste fosse feito muito mais voltado para corte de despesas. Reduzir o Reintegra de 3% para 1% tem um impacto monumental no setor", destaca o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. "Ninguém tem dúvida que o ajuste fiscal é prioridade absoluta e tem por objetivo criar condições para que o país cresça. Mas se não tiver indústria, na hora que estiver pronto o ajuste, não haverá crescimento", completa.
'Não é movimento contra governo'.
Ele faz questão de destacar, entretanto, que não se trata de um movimento contra o governo ou contra o ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Setores da indústria brasileira e centrais sindicais decidiram se unir para pedir mudanças na politica econômica e medidas que permitam estacar a chamada "desindustrialização", recuperar a competitividade do setor produtivo brasileiro e a manutenção dos empregos no país.
Batizado de "Manifesto da Coalizão Capital-Trabalho para a competitividade e o Desenvolvimento", o documento está sendo elaborado com a participação de mais de 40 entidades industriais, incluindo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a Câmara Brasileira da Indústria a Construção, o Instituto Aço Brasil, além das princiais centrais sindicais como Força Sindical e CUT. A intenção é divulgar o documento e endereçá-lo à presidente Dilma Rousseff ainda este mês.
Um rascunho do manifesto foi divulgada nesta quinta-feira (5) pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e causou mal-estar entre algumas associações, pois ainda não há consenso sobre a pauta de reivindicações. A Abit, por exemplo, não quis comentar o assunto.
Embora o documento ainda esteja em elaboração, no foco do manifesto estão críticas aos juros elevados, ao câmbio, à carga tributária e à cumulatividade de impostos. O texto vem sendo discutido desde dezembro, mas entrou numa espécie de regime de urgência após os primeiros indicadores do ano apontarem para um ambiente de recessão.
Críticas ao ajuste fiscal
A decisão do governo de elevar o imposto das empresas antes beneficiadas com a desoneração da folha de pagamentos e de reduzir a alíquota do Reintegra, diminuindo o benefíxio para os exportadores de manufaturados, fez piorar ainda mais o ânimo dos empresários.
“Não tem cabimento querer fazer ajuste fiscal em cima de aumento de impostos e redução de investimentos, sem mexer no custeio”, critica José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
"Todo mundo defende o ajuste, mas a expectativa, ao menos da área industrial, era que o ajuste fosse feito muito mais voltado para corte de despesas. Reduzir o Reintegra de 3% para 1% tem um impacto monumental no setor", destaca o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. "Ninguém tem dúvida que o ajuste fiscal é prioridade absoluta e tem por objetivo criar condições para que o país cresça. Mas se não tiver indústria, na hora que estiver pronto o ajuste, não haverá crescimento", completa.
'Não é movimento contra governo'.
Ele faz questão de destacar, entretanto, que não se trata de um movimento contra o governo ou contra o ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.