Insolvência da Triunfo evidencia crise e explica a derrocada do Grupo JL

20/10/2015 Cana-de-Açúcar POR: Primeira Edição
Os problemas financeiros que levaram a Usina Triunfo, do Grupo João Tenório, a entrar com pedido de recuperação judicial, refletem a gravíssima crise que atinge o setor sucroalcooleiro de Alagoas e desfaz a tese, dos mal informados e mal intencionados, de que o Grupo João Lyra quebrou por ‘causa de política’.
Trata-se, em verdade, de uma crise conjuntural, de amplitude nacional, que pode ter sua dimensão resumida no seguinte dado: segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), que representa o setor no Centro-Sul do país, 40 usinas fecharam as portas nos últimos cinco anos.
O Estado de São Paulo, que responde por 60% da cana produzida no Brasil, assistiu ao fechamento de 26 usinas nos últimos quatro anos. Uma das situações mais emblemáticas da crise: em pleno início da safra 2015/2016, a Usina Albertina, em Sertãozinho (Noroeste de São Paulo), teve sua falência decretada após seis anos de luta em regime de recuperação judicial.
O excesso de açúcar no mundo é uma das determinantes do cenário crítico aqui no Brasil, mas, segundo os produtores nacionais, a crise decorre também da baixa remuneração do açúcar e do etanol, no mercado interno, frente aos custos de mão-de-obra que crescem cerca de 10% ao ano.
Diante da quebradeira e da agonia enfrentada pelo setor, há um ano a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Elizabeth Farina, já advertia: “A indústria do etanol vive a maior crise de sua história e a responsável é a política econômica do governo Dilma Rousseff”.
Ao segurar o preço da gasolina, mesmo quando a cotação do petróleo não estava em queda livre no mercado externo, o governo brasileiro sacrificou as usinas e destilarias de duas formas: congelando o valor do etanol e prejudicando seu consumo, devido à proximidade com o preço da gasolina.
A insolvência da Triunfo Agro Industrial S/A, fundada em 1950 pelo industrial João Evangelista Tenório, é a mais cabal prova de que o setor, no conjunto, está quebrado, abandonado pelo governo e sem a mínima condição de evitar desemprego em massa.
O projeto político do empresário João Lyra tem sido apontado como causa da falência do Grupo JL por desinformação e porque essa é a maneira simplista com a qual os leigos – que nada sabe sobre indústria sucroenergética – usam para explicar a derrocada de um verdadeiro império industrial erguido ao longo de décadas.
João Tenório, por sua vez, não disputou eleição, jamais assumiu um projeto político solo e sua participação na cena partidária alagoana se deu, simplesmente, na condição de suplente do então senador Teotonio Vilela Filho, de quem foi sucessor (quando Vilela assumiu o governo alagoano em 2007) e cuja passagem pelo Congresso Nacional foi marcada por uma atuação segura e competente, a ponto de lhe render recente homenagem tributada pelo Senado Federal.
Tenório também se destacou como presidente da Cooperativa dos Produtores de Açúcar de Alagoas, por anos a fio, cabendo-lhe a missão de liderar os industriais do importante setor e negociar a produção das usinas cooperadas para o mercado externo.
Em nota, Triunfo esclarece decisão
“Estabelecida em Alagoas desde 1950, a Usina Triunfo comunica que ajuizou hoje (6ª feira) pedido de recuperação judicial.
A crise econômica que castiga o Brasil e muito especialmente o setor, somada às dificuldades causadas pelas recorrentes secas que fizeram reduzir drasticamente a produtividade dos canaviais nos últimos anos, levaram a Usina Triunfo a uma situação insustentável, apesar dos constantes esforços e dos investimentos e dos aportes de recursos realizados pelos sócios.
O processo de recuperação Judicial tem por objetivo a superação da crise econômico-financeira da empresa, para garantir a manutenção da sua capacidade produtiva, dos empregos e dos interesses dos credores, promovendo a sua preservação, a sua função social e o estímulo à atividade econômica. Após o deferimento do processo pelo juiz, a Usina Triunfo terá o prazo de 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial prevendo os seus meios de recuperação e a forma de pagamento das suas dívidas, e que será submetido à aprovação dos seus credores.
A Usina Triunfo está confiante de que, com o processo de recuperação judicial, será capaz de retomar suas atividades, assegurar o pagamento de seus credores, trabalhadores e fornecedores, e continuar a contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região.Maceió, 16 de outubro de 2015”. 
Os problemas financeiros que levaram a Usina Triunfo, do Grupo João Tenório, a entrar com pedido de recuperação judicial, refletem a gravíssima crise que atinge o setor sucroalcooleiro de Alagoas e desfaz a tese, dos mal informados e mal intencionados, de que o Grupo João Lyra quebrou por ‘causa de política’.
Trata-se, em verdade, de uma crise conjuntural, de amplitude nacional, que pode ter sua dimensão resumida no seguinte dado: segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), que representa o setor no Centro-Sul do país, 40 usinas fecharam as portas nos últimos cinco anos.
O Estado de São Paulo, que responde por 60% da cana produzida no Brasil, assistiu ao fechamento de 26 usinas nos últimos quatro anos. Uma das situações mais emblemáticas da crise: em pleno início da safra 2015/2016, a Usina Albertina, em Sertãozinho (Noroeste de São Paulo), teve sua falência decretada após seis anos de luta em regime de recuperação judicial.
O excesso de açúcar no mundo é uma das determinantes do cenário crítico aqui no Brasil, mas, segundo os produtores nacionais, a crise decorre também da baixa remuneração do açúcar e do etanol, no mercado interno, frente aos custos de mão-de-obra que crescem cerca de 10% ao ano.
Diante da quebradeira e da agonia enfrentada pelo setor, há um ano a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Elizabeth Farina, já advertia: “A indústria do etanol vive a maior crise de sua história e a responsável é a política econômica do governo Dilma Rousseff”.
Ao segurar o preço da gasolina, mesmo quando a cotação do petróleo não estava em queda livre no mercado externo, o governo brasileiro sacrificou as usinas e destilarias de duas formas: congelando o valor do etanol e prejudicando seu consumo, devido à proximidade com o preço da gasolina.
A insolvência da Triunfo Agro Industrial S/A, fundada em 1950 pelo industrial João Evangelista Tenório, é a mais cabal prova de que o setor, no conjunto, está quebrado, abandonado pelo governo e sem a mínima condição de evitar desemprego em massa.
O projeto político do empresário João Lyra tem sido apontado como causa da falência do Grupo JL por desinformação e porque essa é a maneira simplista com a qual os leigos – que nada sabe sobre indústria sucroenergética – usam para explicar a derrocada de um verdadeiro império industrial erguido ao longo de décadas.

João Tenório, por sua vez, não disputou eleição, jamais assumiu um projeto político solo e sua participação na cena partidária alagoana se deu, simplesmente, na condição de suplente do então senador Teotonio Vilela Filho, de quem foi sucessor (quando Vilela assumiu o governo alagoano em 2007) e cuja passagem pelo Congresso Nacional foi marcada por uma atuação segura e competente, a ponto de lhe render recente homenagem tributada pelo Senado Federal.
Tenório também se destacou como presidente da Cooperativa dos Produtores de Açúcar de Alagoas, por anos a fio, cabendo-lhe a missão de liderar os industriais do importante setor e negociar a produção das usinas cooperadas para o mercado externo.
Em nota, Triunfo esclarece decisão
“Estabelecida em Alagoas desde 1950, a Usina Triunfo comunica que ajuizou hoje (6ª feira) pedido de recuperação judicial.
A crise econômica que castiga o Brasil e muito especialmente o setor, somada às dificuldades causadas pelas recorrentes secas que fizeram reduzir drasticamente a produtividade dos canaviais nos últimos anos, levaram a Usina Triunfo a uma situação insustentável, apesar dos constantes esforços e dos investimentos e dos aportes de recursos realizados pelos sócios.
O processo de recuperação Judicial tem por objetivo a superação da crise econômico-financeira da empresa, para garantir a manutenção da sua capacidade produtiva, dos empregos e dos interesses dos credores, promovendo a sua preservação, a sua função social e o estímulo à atividade econômica. Após o deferimento do processo pelo juiz, a Usina Triunfo terá o prazo de 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial prevendo os seus meios de recuperação e a forma de pagamento das suas dívidas, e que será submetido à aprovação dos seus credores.
A Usina Triunfo está confiante de que, com o processo de recuperação judicial, será capaz de retomar suas atividades, assegurar o pagamento de seus credores, trabalhadores e fornecedores, e continuar a contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região.Maceió, 16 de outubro de 2015”.