Internacionalização do etanol é chave e trará resultados a médio e longo prazo
18/05/2012
Etanol
POR: Unica
O intenso trabalho do setor sucroenergético nos últimos anos, em particular o da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) para que o etanol torne-se uma commodity global, deverá produzir importantes resultados no médio e longo prazos. Este cenário foi defendido pelo diretor executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa, no 23º Fórum de Debates Brasilianas.org – “Agronegócio: além de nossas fronteiras”, realizado na segunda-feira (14/05), em São Paulo.
“Nos últimos anos a indústria sucroenergética obteve importantes conquistas internacionais, entre elas o de levar para diversos cantos no mundo a mensagem de que o etanol não é apenas bom para o Brasil, mas para todos os países,” afirmou Sousa. “A tese do etanol como solução global foi uma importante bandeira da área internacional da nossa entidade,” acrescentou.
Realizado pela Agência Dinheiro Vivo e apresentado pelo jornalista Luis Nassif, o Fórum reuniu especialistas e representantes de diversos setores para discutir as vulnerabilidades e necessidades do agronegócio brasileiro. O foco foram os planos implementados pelo setor público e privado e os resultados alcançados para a consolidação de exportações.
“O reconhecimento da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), que definiu o etanol de cana-de-açúcar produzido no Brasil como biocombustível avançado em 2010, foi um exemplo dos resultados do esforço da indústria brasileira. A queda do imposto de importação do etanol brasileiro e o fim dos subsídios concedidos aos produtores de etanol de milho nos Estados Unidos ao final de 2011 também contribuirão fortemente para a globalização do produto,” explicou.
Marketing focado
O executivo da UNICA lembrou as campanhas publicitárias e promocionais criadas pela UNICA, dirigidas especialmente aos mercados americano e europeu. “A presença da entidade lá fora ajudou na divulgação das qualidades do etanol, a desmitificar uma série de conceitos errados que existiam sobre o setor,” explicou.
“Um destes mitos é que a cana tem devastado a Amazônia, ou que a produção do etanol estaria competindo com a de alimentos. Uma correta avaliação destes temas ajudou a fortalecer a consolidação dos programas de biocombustíveis, cada vez mais adotados por diversos países nos cinco continentes,” destacou.
Segundo Sousa, o avanço do etanol está ligado a uma série de políticas públicas em todo o mundo para a substituição dos combustíveis fósseis. No entanto, para que a produção do etanol de cana brasileiro continue se expandindo e competindo internacionalmente é necessário que existam ações públicas que sinalizem regras claras e estáveis aos produtores. Com isso, espera-se a retomada dos investimentos e dos ganhos de produtividade.
“Precisamos de um planejamento estratégico e de um marco regulatório de longo prazo, mas não podemos esquecer a nossa parte,” concluiu.