O resultado da safra global de açúcar 2015/16 deve trazer um saldo negativo ainda maior do que era previsto. Quem afirma é a consultoria INTL FCStone, que estima déficit de 5,6 milhões de toneladas, contra as 3,8 milhões de toneladas previstas na revisão anterior, divulgada em setembro.
O ajuste decorre da redução mais forte do que era estimado anteriormente na produção global, somada a um aumento maior na demanda, por sua vez, puxada por uma expectativa mais otimista em relação à economia de alguns importantes países consumidores do adoçante, como Indonésia, Bangladesh e Índia. "Podemos destacar o forte crescimento esperado para a Índia que, apesar de ser uma economia mais fechada que a China, deve ter efeito significativo sobre o crescimento global", explica o analista deaçúcar e etanol da INTL FCStone, João Paulo Botelho.
Relatório divulgado pela consultoria também lembra que a desvalorização de várias moedas emergentes deve levar a melhora na competitividade das exportações destes países. Com isso, a demanda global por açúcar pode atingir 183,2 milhões de toneladas, um incremento de 2,1%.
Já com relação à oferta, espera-se que o Centro-Sul brasileiro seja a região de maior aumento na oferta em relação à safra-mundo 2014/15, com produção de 31,6 milhões de toneladas. O crescimento pode ser atribuído à perspectiva de mix mais açucareiro na colheita que começará em 2016, e também à produção maior no final ano anterior (entre outubro e dezembro de 2015), em consequência da extensão da colheita.
Na contramão produtiva, a INTL FCStone mantém a expectativa de que a maior queda venha da União Europeia, onde o clima seco na entressafra intensificará essa redução, que já era esperada devido à forte redução na área plantada. A falta das precipitações afetou as plantações de beterraba dos principais produtores do bloco, como França e Alemanha.
Outro importante player no mercado onde a produção deve cair consideravelmente é a Índia, cujo resultado deverá atingir 27,3 milhões de toneladas, queda de 3,5% em relação à safra anterior. Segundo Botelho, "os canaviais de Maharashtra e Karnataka (estados no centro do país, principal e terceiro maior produtor de açúcar) foram fortemente afetados pela redução das chuvas durante as monções (14,3% de queda na média do país), resultado do fenômeno climático El Niño".
A estimativa de produção global ficou em 177,6 milhões de toneladas de açúcar, 2,6% abaixo da safra 2014/15.
O resultado da safra global de açúcar 2015/16 deve trazer um saldo negativo ainda maior do que era previsto. Quem afirma é a consultoria INTL FCStone, que estima déficit de 5,6 milhões de toneladas, contra as 3,8 milhões de toneladas previstas na revisão anterior, divulgada em setembro.
O ajuste decorre da redução mais forte do que era estimado anteriormente na produção global, somada a um aumento maior na demanda, por sua vez, puxada por uma expectativa mais otimista em relação à economia de alguns importantes países consumidores do adoçante, como Indonésia, Bangladesh e Índia. "Podemos destacar o forte crescimento esperado para a Índia que, apesar de ser uma economia mais fechada que a China, deve ter efeito significativo sobre o crescimento global", explica o analista deaçúcar e etanol da INTL FCStone, João Paulo Botelho.
Relatório divulgado pela consultoria também lembra que a desvalorização de várias moedas emergentes deve levar a melhora na competitividade das exportações destes países. Com isso, a demanda global por açúcar pode atingir 183,2 milhões de toneladas, um incremento de 2,1%.
Já com relação à oferta, espera-se que o Centro-Sul brasileiro seja a região de maior aumento na oferta em relação à safra-mundo 2014/15, com produção de 31,6 milhões de toneladas. O crescimento pode ser atribuído à perspectiva de mix mais açucareiro na colheita que começará em 2016, e também à produção maior no final ano anterior (entre outubro e dezembro de 2015), em consequência da extensão da colheita.
Na contramão produtiva, a INTL FCStone mantém a expectativa de que a maior queda venha da União Europeia, onde o clima seco na entressafra intensificará essa redução, que já era esperada devido à forte redução na área plantada. A falta das precipitações afetou as plantações de beterraba dos principais produtores do bloco, como França e Alemanha.
Outro importante player no mercado onde a produção deve cair consideravelmente é a Índia, cujo resultado deverá atingir 27,3 milhões de toneladas, queda de 3,5% em relação à safra anterior. Segundo Botelho, "os canaviais de Maharashtra e Karnataka (estados no centro do país, principal e terceiro maior produtor de açúcar) foram fortemente afetados pela redução das chuvas durante as monções (14,3% de queda na média do país), resultado do fenômeno climático El Niño".
A estimativa de produção global ficou em 177,6 milhões de toneladas de açúcar, 2,6% abaixo da safra 2014/15.