O mês: este último mês de abril foi muito danoso ao agro brasileiro. Por conta das confusões do código florestal, um conjunto muito bem orquestrado de pessoas, vindas de organizações nacionais, internacionais e parte da imprensa sem muito preparo conseguiu atrelar a imagem de desmatador ao agricultor brasileiro, em parte da nossa população. Um verdadeiro apedrejamento, que me lembrou a música título da coluna caipirinha deste mês. Agricultura virou a Gení, boa de apanhar, boa de cuspir.
Usando-se do argumento que o novo código será grande estimulador do desmatamento, a campanha “Veta Dilma” ganhou apoio de pessoas públicas, desde políticos, artistas, universitários, caindo nas graças da população. Vetar por vetar. A ligação com o agro foi imediata.
Uma pena, mas é inegável a capacidade de dano, de apedrejamento, que estas pessoas midiáticas têm. Se engajam facilmente nestas causas, de maneira unilateral e muitas vezes superficial. Chego a pensar que seu universo está apenas restrito ao festivo e maravilhoso circuito Barra da Tijuca/Leblon, Galeão/Charles de Gaulle. Seria legal inserir Chapecó, Itápolis, Lucas do Rio Verde, Luís Eduardo Magalhães, Balsas ao circuito cultural deste pessoal, visando ampliar seus horizontes e mostrar de onde vem o Baby-Beef, o suco de laranja, o galetinho, a saladinha que eles comem e as enormes dificuldades dos produtores para produzi-los em excedente, exportar e trazer US$ 100 bi ao Brasil, para possibilitá-los importar e usar celular, carro importado, tablets, vinhos e outros mais.
Agronegócio e a meta dos US$ 100 bilhões em exportações em 2012: Apesar da queda nas exportações no mês de abril, o valor exportado acumulado no ano (US$ 26,4 bilhões) aumentou 2,5% quando comparado o mesmo período de 2011 (US$ 25,8 bilhões), o que contribui para um saldo positivo de US$ 20,8 bilhões na balança (2,4% maior que o mesmo período em 2011).
Economia: novo alento ao agro brasileiro vem da desvalorização do real. Neste momento onde termino a coluna US$ 1 beirou a R$ 2. Os efeitos ao agro e a cana são positivos, pois as exportações de açúcar geram mais renda em real compensando um pouco o preço internacional mais baixo, a pressão para aumento no preço da gasolina fica maior, o etanol americano fica mais caro. Qual o problema principal? O dragão da inflação volta forte. O ideal seria estacionar entre 1,90 e 2,00 e o Governo ir promovendo as reformas que possibilitarão a redução de tributos.
Pessoas Canavieiras: momento emocionante participar como palestrante do evento de 20 anos do Grupo Fitotécnico de cana, um maravilhoso exemplo de ação coletiva, compartilhando conhecimento. Dividir o palco com o Augusto Cury e falando para tanta gente de primeira, cientistas que estão fazendo o possível e o impossível pela cana foi inesquecível. Quero homenagear a todos nos nomes do querido Prof. Casagrande e do Marcos Landell.
Aprendizado de Viagem: este mês viagens interessantes, destaco o bate papo com Diretores e fornecedores da Copercana e Coplana em Orindiúva, sentindo os problemas, e também uma apresentação e debate com 25 companhias agrícolas que manejam já quase 4 milhões de hectares no Brasil. É a nova super-agricultura empresarial, concentrara, especializada e globalizada.
Mercado de Cana:começou uma safra mais alcooleira (quase 60%) e com ATR mais de 5% maior. Além disto, a UNICA divulgou as estimativas do Centro-Sul, 509 milhões de toneladas de cana (3% a mais). Produziremos 21,5 bilhões de litros de etanol (5,7% a mais) e 33,10 milhões de toneladas de açúcar (8,5% a mais). Arrisco dizer que será um pouco mais alcooleira até o final. O triste é que vamos mais uma vez perder participação no mercado internacional do açúcar.
Haja limão: com apenas duas novas unidades industriais previstas para serem inauguradas nesta safra, vale a pena até convidar e ter a presença da Presidente e de diversos Ministros. Duas novas unidades... Que enorme perda de oportunidade a toda a sociedade brasileira.
Até a próxima!
O mês: este último mês de abril foi muito danoso ao agro brasileiro. Por conta das confusões do código florestal, um conjunto muito bem orquestrado de pessoas, vindas de organizações nacionais, internacionais e parte da imprensa sem muito preparo conseguiu atrelar a imagem de desmatador ao agricultor brasileiro, em parte da nossa população. Um verdadeiro apedrejamento, que me lembrou a música título da coluna caipirinha deste mês. Agricultura virou a Gení, boa de apanhar, boa de cuspir.
Usando-se do argumento que o novo código será grande estimulador do desmatamento, a campanha “Veta Dilma” ganhou apoio de pessoas públicas, desde políticos, artistas, universitários, caindo nas graças da população. Vetar por vetar. A ligação com o agro foi imediata.
Uma pena, mas é inegável a capacidade de dano, de apedrejamento, que estas pessoas midiáticas têm. Se engajam facilmente nestas causas, de maneira unilateral e muitas vezes superficial. Chego a pensar que seu universo está apenas restrito ao festivo e maravilhoso circuito Barra da Tijuca/Leblon, Galeão/Charles de Gaulle. Seria legal inserir Chapecó, Itápolis, Lucas do Rio Verde, Luís Eduardo Magalhães, Balsas ao circuito cultural deste pessoal, visando ampliar seus horizontes e mostrar de onde vem o Baby-Beef, o suco de laranja, o galetinho, a saladinha que eles comem e as enormes dificuldades dos produtores para produzi-los em excedente, exportar e trazer US$ 100 bi ao Brasil, para possibilitá-los importar e usar celular, carro importado, tablets, vinhos e outros mais.
Agronegócio e a meta dos US$ 100 bilhões em exportações em 2012: Apesar da queda nas exportações no mês de abril, o valor exportado acumulado no ano (US$ 26,4 bilhões) aumentou 2,5% quando comparado o mesmo período de 2011 (US$ 25,8 bilhões), o que contribui para um saldo positivo de US$ 20,8 bilhões na balança (2,4% maior que o mesmo período em 2011).
Economia: novo alento ao agro brasileiro vem da desvalorização do real. Neste momento onde termino a coluna US$ 1 beirou a R$ 2. Os efeitos ao agro e a cana são positivos, pois as exportações de açúcar geram mais renda em real compensando um pouco o preço internacional mais baixo, a pressão para aumento no preço da gasolina fica maior, o etanol americano fica mais caro. Qual o problema principal? O dragão da inflação volta forte. O ideal seria estacionar entre 1,90 e 2,00 e o Governo ir promovendo as reformas que possibilitarão a redução de tributos.
Pessoas Canavieiras: momento emocionante participar como palestrante do evento de 20 anos do Grupo Fitotécnico de cana, um maravilhoso exemplo de ação coletiva, compartilhando conhecimento. Dividir o palco com o Augusto Cury e falando para tanta gente de primeira, cientistas que estão fazendo o possível e o impossível pela cana foi inesquecível. Quero homenagear a todos nos nomes do querido Prof. Casagrande e do Marcos Landell.
Aprendizado de Viagem: este mês viagens interessantes, destaco o bate papo com Diretores e fornecedores da Copercana e Coplana em Orindiúva, sentindo os problemas, e também uma apresentação e debate com 25 companhias agrícolas que manejam já quase 4 milhões de hectares no Brasil. É a nova super-agricultura empresarial, concentrara, especializada e globalizada.
Mercado de Cana:começou uma safra mais alcooleira (quase 60%) e com ATR mais de 5% maior. Além disto, a UNICA divulgou as estimativas do Centro-Sul, 509 milhões de toneladas de cana (3% a mais). Produziremos 21,5 bilhões de litros de etanol (5,7% a mais) e 33,10 milhões de toneladas de açúcar (8,5% a mais). Arrisco dizer que será um pouco mais alcooleira até o final. O triste é que vamos mais uma vez perder participação no mercado internacional do açúcar.
Haja limão: com apenas duas novas unidades industriais previstas para serem inauguradas nesta safra, vale a pena até convidar e ter a presença da Presidente e de diversos Ministros. Duas novas unidades... Que enorme perda de oportunidade a toda a sociedade brasileira.
Até a próxima!