J.P. Morgan busca adesão de credores da USJ para troca de bônus, diz fonte

24/03/2016 Cana-de-Açúcar POR: Valor Econômico
O J.P. Morgan, que atua como assessor financeiro da USJ Açúcar e Álcool, tenta convencer os credores da companhia a aderir à oferta de troca dos bônus corporativos, de acordo com uma fonte que preferiu não ser identificada.
A aceitação precisa ser conquistada antes de 11 de abril, com a adesão de pelo menos 90% do montante principal das notas em circulação. "A companhia sentiu em conversas iniciais com os detentores de bônus que poderia ter a aceitação necessária e propôs a operação", de acordo com essa fonte, que diz que a USJ está em dia com as obrigações dos títulos.
A sucroalcooleira anunciou na última semana uma oferta de troca dos seus bônus com vencimento em 2019 e de valor de US$ 275 milhões por outra emissão com o mesmo prazo.
A empresa oferece troca por títulos de dívida que correspondam a 65% e 60% do valor nominal pendente da emissão original. Nessa proposta, a USJ poderia postergar o pagamento de juros nos próximos dois anos para o vencimento dos papéis, mas a taxa do período passaria de 9,875% para 12% ao ano.
Se os detentores dos bônus aceitarem a oferta até 28 de março, a troca será de 65% do valor nominal dos títulos, ou corte de 35% do principal ("haircut", no termo em inglês). Se deliberar até 11 de abril, o valor da nova emissão cai para 60% da anterior, ou "haircut" de 40%. A USJ solicita também autorização para eliminar todas as cláusulas restritivas, certos eventos de inadimplência e disposições conexas na escritura das notas. Ao aceitar a troca, os credores deixam de ser quirografários e passam a ter garantia real. Os papéis serão garantidos por alienação fiduciária de terras em Araras (SP).
Após o anúncio da oferta, a Standard & Poor's cortou os ratings corporativos da empresa de "CCC-" para "CC" em escala global. A nota foi colocada em "CreditWatch" negativo, o que significa que está em análise para possível novo rebaixamento, porque a agência acredita que o default é iminente. A S&P diz que rebaixará os títulos caso a oferta seja aceita ou se a USJ não fizer os próximos pagamentos de juros em maio.
A visão é compartilhada pela Fitch Ratings, que cortou a nota corporativa de "CC" para "C". "Os ratings serão rebaixados para 'restrict default' assim que a oferta de troca for aprovada", diz a agência de classificação de risco.
A dívida líquida da sucroalcooleira atingiu R$ 1,45 bilhão em dezembro de 2015, de acordo com o último balanço disponível. A alavancagem medida pela dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado estava em 5,8 vezes no fim do ano.
A empresa é uma das mais tradicionais do setor de cana-de-açúcar, detém uma usina em Araras (SP) e participação de 50% em uma joint venture com a americana Cargill, a SJC Bioenergia, que controla duas usinas em Goiás. 
O J.P. Morgan, que atua como assessor financeiro da USJ Açúcar e Álcool, tenta convencer os credores da companhia a aderir à oferta de troca dos bônus corporativos, de acordo com uma fonte que preferiu não ser identificada.
A aceitação precisa ser conquistada antes de 11 de abril, com a adesão de pelo menos 90% do montante principal das notas em circulação. "A companhia sentiu em conversas iniciais com os detentores de bônus que poderia ter a aceitação necessária e propôs a operação", de acordo com essa fonte, que diz que a USJ está em dia com as obrigações dos títulos.
A sucroalcooleira anunciou na última semana uma oferta de troca dos seus bônus com vencimento em 2019 e de valor de US$ 275 milhões por outra emissão com o mesmo prazo.
A empresa oferece troca por títulos de dívida que correspondam a 65% e 60% do valor nominal pendente da emissão original. Nessa proposta, a USJ poderia postergar o pagamento de juros nos próximos dois anos para o vencimento dos papéis, mas a taxa do período passaria de 9,875% para 12% ao ano.
Se os detentores dos bônus aceitarem a oferta até 28 de março, a troca será de 65% do valor nominal dos títulos, ou corte de 35% do principal ("haircut", no termo em inglês). Se deliberar até 11 de abril, o valor da nova emissão cai para 60% da anterior, ou "haircut" de 40%. A USJ solicita também autorização para eliminar todas as cláusulas restritivas, certos eventos de inadimplência e disposições conexas na escritura das notas. Ao aceitar a troca, os credores deixam de ser quirografários e passam a ter garantia real. Os papéis serão garantidos por alienação fiduciária de terras em Araras (SP).
Após o anúncio da oferta, a Standard & Poor's cortou os ratings corporativos da empresa de "CCC-" para "CC" em escala global. A nota foi colocada em "CreditWatch" negativo, o que significa que está em análise para possível novo rebaixamento, porque a agência acredita que o default é iminente. A S&P diz que rebaixará os títulos caso a oferta seja aceita ou se a USJ não fizer os próximos pagamentos de juros em maio.
A visão é compartilhada pela Fitch Ratings, que cortou a nota corporativa de "CC" para "C". "Os ratings serão rebaixados para 'restrict default' assim que a oferta de troca for aprovada", diz a agência de classificação de risco.

 
A dívida líquida da sucroalcooleira atingiu R$ 1,45 bilhão em dezembro de 2015, de acordo com o último balanço disponível. A alavancagem medida pela dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado estava em 5,8 vezes no fim do ano.
A empresa é uma das mais tradicionais do setor de cana-de-açúcar, detém uma usina em Araras (SP) e participação de 50% em uma joint venture com a americana Cargill, a SJC Bioenergia, que controla duas usinas em Goiás.