Liderança absoluta, de ponta a ponta

15/10/2012 Agronegócio POR: Gazeta do Povo Online
Mais do que depositar suas fichas em área recorde, com potencial também recorde de produção, na safra que começa o país consolida de fato sua posição como maior exportador e agora primeiro produtor mundial de soja, à frente dos norte-americanos. Agora, porém, em um cenário mais definido, onde oferta e demanda reforçam os fundamentos e limitam os movimentos de especulação. 
Por causa da estiagem  uma das mais severas das últimas décadas, os produtores dos EUA deixaram de colher mais de 100 milhões de toneladas de milho e 10 milhões de toneladas de soja. Incluindo outras culturas, como trigo, por exemplo, o volume perdido para a seca no maior produtor mundial é equivalente a 70% de toda a produção brasileira, de quase 166 milhões de toneladas em 2011/12 ou 60% do total inicialmente estimado para 2012/13, de 180 milhões de toneladas. 
A bolsa, os brokers e a formação de preço continuam em Chicago. Mas isso em teoria. Porque na prática, como nunca, oferta e demanda, preço e mercado serão não apenas influenciados, mas definidos a partir da América do Sul.
O novo ranking do Brasil, como principal player da soja, contudo, não se deve exclusivamente à estiagem que castigou os Estados Unidos. Não há dúvida de que essa variável contribuiu, mas para acelerar um processo natural, que já estava em curso. É possível afirmar que dificilmente a agricultura brasileira deve deixar esse posto. Há todo um investimento em infraestrutura, com abertura e conversão de novas áreas, sustentado não apenas na variável factual da estiagem norte-americana. Mas em uma estratégia que mira o mercado internacional, com demanda aquecida, estoques em baixa e cotações sustentadas no curto e médio prazo, em especial pelas próximas duas a três safras. São ações e definições não apenas de oportunidade, como de planejamento estratégico do agronegócio brasileiro. 
Na semana passada, em roteiro pelo Corn Belt, o cinturão do milho nos EUA, era raro encontrar uma lavoura de soja. As poucas lavouras de milho, principalmente em Iowa, o maior estado produtor, também estavam com os dias contados. Em relatório de hoje, o USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, deve mostrar a colheita em fase de conclusão e confirmar a quebra histórica no milho e uma pequena recuperação na soja. São números que abrem espaço ao Brasil não apenas no mercado da oleaginosa como do cereal. A menor produção leva os EUA a racionar a destinação das commodities agrícolas pelo menos até a próxima temporada, o que inclui a redução nas exportações e a necessidade de aumentar as importações. 
Como resultado, não apenas para a América do Norte como para outros continentes, este ano os portos brasileiros devem embarcar 70% mais milho que em 2011. A previsão da Expedição Safra Gazeta do Povo é que o Brasil encerre 2012 com exportações de quase 17 milhões de toneladas de milho e 35 milhões de toneladas de soja grão. O volume expressivo de milho, que coloca o Brasil como 2º exportador mundial do cereal, atrás dos Estados Unidos, tem relação com a produção menor na Argentina.
Por fim, na atual conjuntura, nem mesmo a indefinição em relação ao clima será capaz de comprometer o desempenho da safra na América do Sul. Possíveis surpresas climáticas, como nas últimas duas safras, podem até reduzir o potencial produtivo, mas não em escala suficiente capaz de provocar mudanças significativas na oferta ou na cotação de soja e milho no próximo ano. A bolsa, os brokers e a formação de preço continuam em Chicago. Mas isso em teoria. Porque na prática, como nunca, oferta e demanda, preço e mercado serão não apenas influenciados, mas definidos a partir da América do Sul.
Mais do que depositar suas fichas em área recorde, com potencial também recorde de produção, na safra que começa o país consolida de fato sua posição como maior exportador e agora primeiro produtor mundial de soja, à frente dos norte-americanos. Agora, porém, em um cenário mais definido, onde oferta e demanda reforçam os fundamentos e limitam os movimentos de especulação. 
Por causa da estiagem  uma das mais severas das últimas décadas, os produtores dos EUA deixaram de colher mais de 100 milhões de toneladas de milho e 10 milhões de toneladas de soja. Incluindo outras culturas, como trigo, por exemplo, o volume perdido para a seca no maior produtor mundial é equivalente a 70% de toda a produção brasileira, de quase 166 milhões de toneladas em 2011/12 ou 60% do total inicialmente estimado para 2012/13, de 180 milhões de toneladas. 
A bolsa, os brokers e a formação de preço continuam em Chicago. Mas isso em teoria. Porque na prática, como nunca, oferta e demanda, preço e mercado serão não apenas influenciados, mas definidos a partir da América do Sul.
O novo ranking do Brasil, como principal player da soja, contudo, não se deve exclusivamente à estiagem que castigou os Estados Unidos. Não há dúvida de que essa variável contribuiu, mas para acelerar um processo natural, que já estava em curso. É possível afirmar que dificilmente a agricultura brasileira deve deixar esse posto. Há todo um investimento em infraestrutura, com abertura e conversão de novas áreas, sustentado não apenas na variável factual da estiagem norte-americana. Mas em uma estratégia que mira o mercado internacional, com demanda aquecida, estoques em baixa e cotações sustentadas no curto e médio prazo, em especial pelas próximas duas a três safras. São ações e definições não apenas de oportunidade, como de planejamento estratégico do agronegócio brasileiro. 
Na semana passada, em roteiro pelo Corn Belt, o cinturão do milho nos EUA, era raro encontrar uma lavoura de soja. As poucas lavouras de milho, principalmente em Iowa, o maior estado produtor, também estavam com os dias contados. Em relatório de hoje, o USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, deve mostrar a colheita em fase de conclusão e confirmar a quebra histórica no milho e uma pequena recuperação na soja. São números que abrem espaço ao Brasil não apenas no mercado da oleaginosa como do cereal. A menor produção leva os EUA a racionar a destinação das commodities agrícolas pelo menos até a próxima temporada, o que inclui a redução nas exportações e a necessidade de aumentar as importações. 
Como resultado, não apenas para a América do Norte como para outros continentes, este ano os portos brasileiros devem embarcar 70% mais milho que em 2011. A previsão da Expedição Safra Gazeta do Povo é que o Brasil encerre 2012 com exportações de quase 17 milhões de toneladas de milho e 35 milhões de toneladas de soja grão. O volume expressivo de milho, que coloca o Brasil como 2º exportador mundial do cereal, atrás dos Estados Unidos, tem relação com a produção menor na Argentina.
Por fim, na atual conjuntura, nem mesmo a indefinição em relação ao clima será capaz de comprometer o desempenho da safra na América do Sul. Possíveis surpresas climáticas, como nas últimas duas safras, podem até reduzir o potencial produtivo, mas não em escala suficiente capaz de provocar mudanças significativas na oferta ou na cotação de soja e milho no próximo ano. A bolsa, os brokers e a formação de preço continuam em Chicago. Mas isso em teoria. Porque na prática, como nunca, oferta e demanda, preço e mercado serão não apenas influenciados, mas definidos a partir da América do Sul.