Maggi diz que agricultura sustentável e energia renovável são exemplos

18/11/2016 Agricultura
A safra recorde de grãos e a continuidade na produção de proteínas deverão gerar pelo menos R$ 562 bilhões de renda para os produtores no próximo ano.
As estimativas são da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. A confirmação desses valores representará uma evolução de 8% no VBP (Valor Bruto de Produção) do país em relação aos números deste ano, que devem ser de R$ 519 bilhões.
O principal crescimento ocorrerá na produção de grãos, principalmente devido ao aumento no volume de alguns produtos e à aceleração de preços de outros.
As receitas com grãos irão a R$ 376 bilhões no próximo ano, 11% mais do que neste. A soja mantém a liderança.
Embora os preços devam cair no mercado externo –devido ao excesso de produção mundial–, a safra recorde de soja de 104 milhões de toneladas no Brasil poderá gerar receitas de R$ 132 bilhões no próximo ano, 35% do valor da produção dos 21 segmentos avaliados pelo Ministério da Agricultura.
O café, que tem oferta reduzida e preços elevados, terá receita de R$ 25 bilhões, ante R$ 24 bilhões neste ano. Arroz, feijão e laranja, devido aos estoques apertados, também mantêm preços e aumento de receitas.
O valor de produção na pecuária também cresce no próximo ano, mas em percentual bem menor do que o das lavouras. Ao somar R$ 187 bilhões, evolui 3% ante 2016.
As receitas caem nos setores de carnes bovina e suína, mas sobem nos de frango e de leite.
2016
Este foi um ano ruim para as lavouras, principalmente no Nordeste. A seca provocou queda na safra, mas os produtores que colheram obtiveram preços melhores, principalmente para café e feijão.
Na pecuária, todas as regiões do país tiveram queda nas receitas. Alguns Estados, no entanto, conseguiram repetir, neste ano, o valor do ano passado. Isso correu principalmente onde está concentrada a produção de frangos, como nos Estados do Sul .
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, enfatizou no lançamento da Plataforma Biofuturo na COP22, a Conferência do Clima que se realiza em Marrakesh, que a produção de biocombustíveis, como o etanol, produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar, não compete com a produção de alimentos e pode ser uma alternativa para muitos países.
A plataforma foi lançada por um grupo de 13 países da América do Sul, incluindo o Brasil, da Europa e da Ásia para promover o uso de biocombustíveis. A iniciativa anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, prevê soluções que reduzam o volume de emissões setor de transportes de gases responsáveis pelo aquecimento global.
"O que o ministro Sarney e o governo brasileiro propõem é dar sequência ao que o Brasil já vem fazendo. Temos experiência conhecida por fornecer biocombustível para a grande maioria dos automóveis do país", assinalou Maggi em nota distribuída por sua assessoria. Em debates, durante a conferência, Maggi contestou questionamentos sobre eventual opção de "deixar de produzir comida para fazer biocombustível".
 Ele garantiu que a produção de etanol não é excludente, que faz parte de um ciclo da agropecuária e que pode ser ampliada, "inclusive a partir também de cereais sem afetar o balanço de alimentos". O cultivo de milho para a fabricação de etanol, como fazem os Estados Unidos, também pode ser interessante no Brasil, de acordo com o ministro.
"Temos que considerar isso, principalmente, na Região Centro-Oeste, que está entre 1.700 Km e 2.000 km de distância do porto. Se fôssemos cultivar milho sem pensar numa alternativa que não seja o consumo animal e o consumo humano, não teríamos onde colocar a produção. Os preços ficariam tão deprimidos que levariam os agricultores à falência, à falta de recursos para continuarem a produzir".
Fonte: Agência Estado, 17/11/16
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, enfatizou no lançamento da Plataforma Biofuturo na COP22, a Conferência do Clima que se realiza em Marrakesh, que a produção de biocombustíveis, como o etanol, produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar, não compete com a produção de alimentos e pode ser uma alternativa para muitos países.
A plataforma foi lançada por um grupo de 13 países da América do Sul, incluindo o Brasil, da Europa e da Ásia para promover o uso de biocombustíveis. A iniciativa anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, prevê soluções que reduzam o volume de emissões setor de transportes de gases responsáveis pelo aquecimento global.
"O que o ministro Sarney e o governo brasileiro propõem é dar sequência ao que o Brasil já vem fazendo. Temos experiência conhecida por fornecer biocombustível para a grande maioria dos automóveis do país", assinalou Maggi em nota distribuída por sua assessoria. Em debates, durante a conferência, Maggi contestou questionamentos sobre eventual opção de "deixar de produzir comida para fazer biocombustível".
 Ele garantiu que a produção de etanol não é excludente, que faz parte de um ciclo da agropecuária e que pode ser ampliada, "inclusive a partir também de cereais sem afetar o balanço de alimentos". O cultivo de milho para a fabricação de etanol, como fazem os Estados Unidos, também pode ser interessante no Brasil, de acordo com o ministro.
"Temos que considerar isso, principalmente, na Região Centro-Oeste, que está entre 1.700 Km e 2.000 km de distância do porto. Se fôssemos cultivar milho sem pensar numa alternativa que não seja o consumo animal e o consumo humano, não teríamos onde colocar a produção. Os preços ficariam tão deprimidos que levariam os agricultores à falência, à falta de recursos para continuarem a produzir".
Fonte: Agência Estado, 17/11/16