A reunião Ridesa de Variedades Centro-Sul está na agenda de muitos profissionais do setor sucroenergético. Mas não apenas de brasileiros. Especialistas de outros países também aproveitam esta tradicional reunião para virem ao Brasil trocar informações e se atualizarem sobre as últimas novidades na área de variedades. Foi o que aconteceu na última edição do encontro, promovida em dezembro de 2012, no Hotel JP, em Ribeirão Preto.
“Reconhecemos que o Brasil é o líder da indústria sucroenergética de modo geral. Tem toda infraestrurtura de pesquisa que permite obter avanços tecnológicos destacados em relação ao resto do mundo açucareiro”, disse Sérgio Quinteros Nunes, diretor agrícola do grupo mexicano Piasa, ao justificar seu interesse em participar da reunião anual da Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), em Ribeirão Preto.
Piasa é o maior grupo açucareiro do México. Produz 4,5 milhões de toneladas de cana, sendo 450 mil toneladas de açúcar refinado. Também possui uma planta de cogeração de energia que produz 400 MW/h.
Segundo Nunes, a produção agrícola da Piasa, em termos gerais, é muito impactada pela seca. A produtividade média das lavouras do Grupo – que possui ao todo 9.500 fornecedores de cana - gira atualmente em torno de 62 t/ha. Os produtores do Grupo estão no Estado de Veracruz, que é responsável por 42% da cana produzida em solo mexicano.
O desafio é aumentar esse patamar de 62 t/ha. Por isso, Nunes faz questão de buscar tecnologia e intercâmbio no Brasil. “Há 15 anos vimos ao Brasil em busca de tecnologia agrícola e industrial”, disse.
MÉXICO ABANDONOU AS PESQUISAS – No México, conta Nunes, nos últimos tempos, o governo abandonou as pesquisas de variedades de cana-de-açúcar, que existiram no País por 50 anos. “Por uma decisão política, todas as investigações deixaram de existir.”
Atualmente a Piasa utiliza apenas duas variedades de cana. “Junto com a Ridesa, tentamos buscar variedades para renovar nossos campos e reduzir um risco fitopatológico pela alta dependência de variedades.” As principais características das variedades que o Grupo Piasa busca na Ridesa são: resistência ao ataque de doenças e pragas, como cigarrinha, broca, nematóides, tolerância à seca, bom desempenho em mecanização, além de alto potencial produtivo. Atualmente a Piasa tem apenas 10% da área mecanizada, mas o projeto visa atingir 30% em breve.
PARCERIA COM A RIDESA – O Grupo Piasa estabeleceu um convênio de cinco anos com a Ridesa na área de intercâmbio de variedades. “Nesse sentido, estamos atualmente avaliando um total de 10 variedades da UFSCar e nossas expectativas são muito grandes”, afirmou Nunes.
As 10 variedades da Ridesa que foram constatadas como interessantes pela Piasa, no México, estão no segundo ano de avaliação e em diferentes ambientes de produção. “Acreditamos que em três ou quatro anos estaremos em possibilidade de ter um lançamento de algumas delas.”
Segundo Nunes, há muita possibilidade de aproximação profissional e científica constante entre o setor sucroenergético mexicano e as instituições fortes brasileiras, como Ridesa e UFSCar. “Há 60 usinas de cana-de-açúcar no México e todas têm problema de falta de pesquisa. E com a aproximação com a Ridesa, será possível contemplar outros tipos de convênio aqui no Brasil”, afirmou Nunes, que comentou ainda que o México é o segundo maior produtor canavieiro da América Latina, menor apenas que o Brasil, e o sexto maior do mundo. “A indústria açucareira do México tem cerca de 500 anos e é a agroindústria mais importante do país.”
Pela carência de pesquisas em variedades de cana enfrentada pelo México, esse convênio com a Ridesa é muito importante. “Quem sabe seja possível, um dia, a Ridesa instalar um estação de experimentos também no México”, especulou, com entusiasmo. “Não seria apenas importante para os produtores mexicanos, mas também para a América Central.”
A reunião Ridesa de Variedades Centro-Sul está na agenda de muitos profissionais do setor sucroenergético. Mas não apenas de brasileiros. Especialistas de outros países também aproveitam esta tradicional reunião para virem ao Brasil trocar informações e se atualizarem sobre as últimas novidades na área de variedades. Foi o que aconteceu na última edição do encontro, promovida em dezembro de 2012, no Hotel JP, em Ribeirão Preto.
“Reconhecemos que o Brasil é o líder da indústria sucroenergética de modo geral. Tem toda infraestrurtura de pesquisa que permite obter avanços tecnológicos destacados em relação ao resto do mundo açucareiro”, disse Sérgio Quinteros Nunes, diretor agrícola do grupo mexicano Piasa, ao justificar seu interesse em participar da reunião anual da Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), em Ribeirão Preto.
Piasa é o maior grupo açucareiro do México. Produz 4,5 milhões de toneladas de cana, sendo 450 mil toneladas de açúcar refinado. Também possui uma planta de cogeração de energia que produz 400 MW/h.
Segundo Nunes, a produção agrícola da Piasa, em termos gerais, é muito impactada pela seca. A produtividade média das lavouras do Grupo – que possui ao todo 9.500 fornecedores de cana - gira atualmente em torno de 62 t/ha. Os produtores do Grupo estão no Estado de Veracruz, que é responsável por 42% da cana produzida em solo mexicano.
O desafio é aumentar esse patamar de 62 t/ha. Por isso, Nunes faz questão de buscar tecnologia e intercâmbio no Brasil. “Há 15 anos vimos ao Brasil em busca de tecnologia agrícola e industrial”, disse.
MÉXICO ABANDONOU AS PESQUISAS – No México, conta Nunes, nos últimos tempos, o governo abandonou as pesquisas de variedades de cana-de-açúcar, que existiram no País por 50 anos. “Por uma decisão política, todas as investigações deixaram de existir.”
Atualmente a Piasa utiliza apenas duas variedades de cana. “Junto com a Ridesa, tentamos buscar variedades para renovar nossos campos e reduzir um risco fitopatológico pela alta dependência de variedades.” As principais características das variedades que o Grupo Piasa busca na Ridesa são: resistência ao ataque de doenças e pragas, como cigarrinha, broca, nematóides, tolerância à seca, bom desempenho em mecanização, além de alto potencial produtivo. Atualmente a Piasa tem apenas 10% da área mecanizada, mas o projeto visa atingir 30% em breve.
PARCERIA COM A RIDESA – O Grupo Piasa estabeleceu um convênio de cinco anos com a Ridesa na área de intercâmbio de variedades. “Nesse sentido, estamos atualmente avaliando um total de 10 variedades da UFSCar e nossas expectativas são muito grandes”, afirmou Nunes.
As 10 variedades da Ridesa que foram constatadas como interessantes pela Piasa, no México, estão no segundo ano de avaliação e em diferentes ambientes de produção. “Acreditamos que em três ou quatro anos estaremos em possibilidade de ter um lançamento de algumas delas.”
Segundo Nunes, há muita possibilidade de aproximação profissional e científica constante entre o setor sucroenergético mexicano e as instituições fortes brasileiras, como Ridesa e UFSCar. “Há 60 usinas de cana-de-açúcar no México e todas têm problema de falta de pesquisa. E com a aproximação com a Ridesa, será possível contemplar outros tipos de convênio aqui no Brasil”, afirmou Nunes, que comentou ainda que o México é o segundo maior produtor canavieiro da América Latina, menor apenas que o Brasil, e o sexto maior do mundo. “A indústria açucareira do México tem cerca de 500 anos e é a agroindústria mais importante do país.”
Pela carência de pesquisas em variedades de cana enfrentada pelo México, esse convênio com a Ridesa é muito importante. “Quem sabe seja possível, um dia, a Ridesa instalar um estação de experimentos também no México”, especulou, com entusiasmo. “Não seria apenas importante para os produtores mexicanos, mas também para a América Central.”