Mais demissões em fábricas de colheitadeiras

13/04/2015 Agricultura POR: Valor Econômico
A retração do mercado de máquinas agrícolas no primeiro trimestre já provoca estragos nos fabricantes de colheitadeiras. A AGCO vai demitir 153 funcionários neste mês, paralisar a produção durante quatro meses a partir de junho e suspender os contratos de trabalho de outros 143 trabalhadores da planta de Santa Rosa (RS) pelo mesmo período. 
A CNH vai parar a unidade de Sorocaba (SP) durante seis dias úteis a partir de segunda­feira e estuda dar férias de dez dias em Piracicaba (SP). A John Deere negocia a implantação de um banco de horas para evitar demissões em Horizontina (RS).
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Rosa, João Roque dos Santos, a AGCO pretendia cortar cerca de 300 dos 700 empregados da fábrica de colheitadeiras Massey Ferguson e Valtra. No fim, a entidade negociou um programa de demissões voluntárias (PDV) para até 77 pessoas e a suspensão de contratos de
trabalho com remuneração dividida entre o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e a empresa, sem interrupção na contagem de tempo para férias e 13º.
A linha de componentes para a fábrica de tratores em Canoas (RS) não será afetada, mas a situação da AGCO já provoca demissões entre fornecedores, disse Santos. "Depois de acumular recordes de vendas nos últimos anos, a conta da primeira dificuldade cai sobre os trabalhadores", criticou. Segundo ele, a companhia já produziu 300 das 600 colheitadeiras previstas para 2015. A última onda de demissões em Santa Rosa ocorreu entre o fim de 2008 e início de 2009, com 290 dispensas.
Por meio de sua assessoria, a AGCO informou que as medidas são necessárias para ajustar suas "demandas internas" à retração do mercado e deverão proporcionar "maior sinergia de processos e atividades". A empresa não
se manifestou sobre o número empregados atingidos, mas disse que "analisou diversos cenários de atuação diante da queda de vendas" e "não mediu esforços ao adotar ações de contenção e alternativas que minimizassem os efeitos negativos que têm afetado o setor".
A CNH vai parar a fabricação de colheitadeiras de grãos da marca Case em Sorocaba (SP) de 13 a 21 deste mês, como parte de um acordo de redução de jornada que permite a parada de até 39 dias de produção até o fim de janeiro de 2016, firmado em fevereiro com o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, informou o diretor executivo da
entidade, Sílvio Ferreira. Segundo ele, a empresa prevê fabricar 1,06 mil máquinas este ano, ante quase 1,3 mil em 2014.
Os dias parados em Sorocaba serão compensados até janeiro de 2017 com ampliação de jornada e trabalhos aos sábados quando o mercado reagir e ainda com descontos do dia 31 de cada mês. Segundo Ferreira, o acordo foi fechado para evitar demissões depois que a CNH apontou um excedente de 150 trabalhadores na linha de colheitadeiras, que emprega 600 dos 1,5 mil funcionários da empresa na cidade, incluindo a administração e o centro de distribuição.
Em Piracicaba (SP), onde faz colheitadeiras para cana e café, a CNH estuda parar dez dias depois dos dois meses de férias em novembro e dezembro de 2014 para a linha de produção, disse o presidente em exercício do sindicato local, José Florêncio da Silva. Segundo ele, cerca de 350 pessoas trabalham na unidade. "O pátio está lotado de
máquinas", afirmou. Em janeiro, a empresa demitiu 240 dos 2,1 mil funcionários da fábrica de colheitadeiras de grãos e tratores New Holland em Curitiba (PR). O Valor entrou em contato com a assessoria da CNH, mas não obteve uma posição da empresa até o fechamento desta edição.
A John Deere informou que negocia com os empregados formas de "compensação de horas" para atravessar o período de queda nas vendas. De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, Jorge Luís Ramos, ontem houve nova reunião e as discussões não envolvem redução de salários. Conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de colheitadeiras no país recuou 44,4% no primeiro trimestre ante igual período do ano passado, para 1,26 mil unidades.
A retração do mercado de máquinas agrícolas no primeiro trimestre já provoca estragos nos fabricantes de colheitadeiras. A AGCO vai demitir 153 funcionários neste mês, paralisar a produção durante quatro meses a partir de junho e suspender os contratos de trabalho de outros 143 trabalhadores da planta de Santa Rosa (RS) pelo mesmo período. 
A CNH vai parar a unidade de Sorocaba (SP) durante seis dias úteis a partir de segunda­feira e estuda dar férias de dez dias em Piracicaba (SP). A John Deere negocia a implantação de um banco de horas para evitar demissões em Horizontina (RS).
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Rosa, João Roque dos Santos, a AGCO pretendia cortar cerca de 300 dos 700 empregados da fábrica de colheitadeiras Massey Ferguson e Valtra. No fim, a entidade negociou um programa de demissões voluntárias (PDV) para até 77 pessoas e a suspensão de contratos de
trabalho com remuneração dividida entre o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e a empresa, sem interrupção na contagem de tempo para férias e 13º.
A linha de componentes para a fábrica de tratores em Canoas (RS) não será afetada, mas a situação da AGCO já provoca demissões entre fornecedores, disse Santos. "Depois de acumular recordes de vendas nos últimos anos, a conta da primeira dificuldade cai sobre os trabalhadores", criticou. Segundo ele, a companhia já produziu 300 das 600 colheitadeiras previstas para 2015. A última onda de demissões em Santa Rosa ocorreu entre o fim de 2008 e início de 2009, com 290 dispensas.
Por meio de sua assessoria, a AGCO informou que as medidas são necessárias para ajustar suas "demandas internas" à retração do mercado e deverão proporcionar "maior sinergia de processos e atividades". A empresa não
se manifestou sobre o número empregados atingidos, mas disse que "analisou diversos cenários de atuação diante da queda de vendas" e "não mediu esforços ao adotar ações de contenção e alternativas que minimizassem os efeitos negativos que têm afetado o setor".
A CNH vai parar a fabricação de colheitadeiras de grãos da marca Case em Sorocaba (SP) de 13 a 21 deste mês, como parte de um acordo de redução de jornada que permite a parada de até 39 dias de produção até o fim de janeiro de 2016, firmado em fevereiro com o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, informou o diretor executivo da
entidade, Sílvio Ferreira. Segundo ele, a empresa prevê fabricar 1,06 mil máquinas este ano, ante quase 1,3 mil em 2014.
Os dias parados em Sorocaba serão compensados até janeiro de 2017 com ampliação de jornada e trabalhos aos sábados quando o mercado reagir e ainda com descontos do dia 31 de cada mês. Segundo Ferreira, o acordo foi fechado para evitar demissões depois que a CNH apontou um excedente de 150 trabalhadores na linha de colheitadeiras, que emprega 600 dos 1,5 mil funcionários da empresa na cidade, incluindo a administração e o centro de distribuição.
Em Piracicaba (SP), onde faz colheitadeiras para cana e café, a CNH estuda parar dez dias depois dos dois meses de férias em novembro e dezembro de 2014 para a linha de produção, disse o presidente em exercício do sindicato local, José Florêncio da Silva. Segundo ele, cerca de 350 pessoas trabalham na unidade. "O pátio está lotado de
máquinas", afirmou. Em janeiro, a empresa demitiu 240 dos 2,1 mil funcionários da fábrica de colheitadeiras de grãos e tratores New Holland em Curitiba (PR). O Valor entrou em contato com a assessoria da CNH, mas não obteve uma posição da empresa até o fechamento desta edição.
A John Deere informou que negocia com os empregados formas de "compensação de horas" para atravessar o período de queda nas vendas. De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, Jorge Luís Ramos, ontem houve nova reunião e as discussões não envolvem redução de salários. Conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de colheitadeiras no país recuou 44,4% no primeiro trimestre ante igual período do ano passado, para 1,26 mil unidades.