Mais usinas deverão fechar, diz setor de etanol

27/10/2014 Cana-de-Açúcar POR: Folha de São Paulo
Mais usinas fecharão caso o novo governo não altere sua política para o setor do etanol, segundo empresas e consultorias do segmento.
À falta de competitividade com a gasolina e o alto endividamento de muitas companhias somou-se a seca, que antecipou o fim da safra. Parte das empresas poderá não conseguir suportar a entressafra mais longa.
"Se for um governo que reconheça erros e que a situação é de emergência, ele poderá ser mais efetivo e focado em buscar soluções", diz o presidente de uma grande empresa do setor.
"Ainda tem muita gente importante para fechar, que não se espera que esteja em situação insustentável. Os nomes e a velocidade da lista dos que irão para recuperação judicial vai impressionar", afirma.
"Para quem já está no sufoco, será indiferente", diz outro executivo.
A Unica (entidade do setor) afirma que ainda não se pode prever quantas plantas poderão parar em 2015. No setor e em consultorias estima-se que ao menos dez usinas deixarão de processar por dificuldades financeiras.
De cerca de 330 usinas de açúcar e etanol da região centro-sul, 60% correm o risco de fechar as portas ou mudar de dono em dois ou três anos.
De 2008 a 2013, mais de 70 usinas foram desativadas no país e outras 67 entraram em recuperação judicial.
O segmento acusa o governo Dilma Rousseff de ter focado no pré-sal e deixado de lado as políticas pró-etanol.
Até 2008, as usinas se endividaram com empréstimos para expandir a produção e atender ao aumento da demanda por álcool, puxada pelos carros flex.
A partir de 2011, no entanto, sem reajustes de preços da gasolina, o etanol perdeu competitividade e muitas empresas não conseguiram honrar os compromissos.
Só com o fim da cobrança da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina, o setor perdeu R$ 10 bilhões por ano, diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica.
Apenas nos últimos dois anos, foram cortados 60 mil empregos diretos no setor produtivo, de acordo com dados da entidade.
Mais usinas fecharão caso o novo governo não altere sua política para o setor do etanol, segundo empresas e consultorias do segmento.
À falta de competitividade com a gasolina e o alto endividamento de muitas companhias somou-se a seca, que antecipou o fim da safra. Parte das empresas poderá não conseguir suportar a entressafra mais longa.
"Se for um governo que reconheça erros e que a situação é de emergência, ele poderá ser mais efetivo e focado em buscar soluções", diz o presidente de uma grande empresa do setor.
"Ainda tem muita gente importante para fechar, que não se espera que esteja em situação insustentável. Os nomes e a velocidade da lista dos que irão para recuperação judicial vai impressionar", afirma.
"Para quem já está no sufoco, será indiferente", diz outro executivo.
A Unica (entidade do setor) afirma que ainda não se pode prever quantas plantas poderão parar em 2015. No setor e em consultorias estima-se que ao menos dez usinas deixarão de processar por dificuldades financeiras.
De cerca de 330 usinas de açúcar e etanol da região centro-sul, 60% correm o risco de fechar as portas ou mudar de dono em dois ou três anos.
De 2008 a 2013, mais de 70 usinas foram desativadas no país e outras 67 entraram em recuperação judicial.
O segmento acusa o governo Dilma Rousseff de ter focado no pré-sal e deixado de lado as políticas pró-etanol.
Até 2008, as usinas se endividaram com empréstimos para expandir a produção e atender ao aumento da demanda por álcool, puxada pelos carros flex.
A partir de 2011, no entanto, sem reajustes de preços da gasolina, o etanol perdeu competitividade e muitas empresas não conseguiram honrar os compromissos.
Só com o fim da cobrança da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina, o setor perdeu R$ 10 bilhões por ano, diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica.
Apenas nos últimos dois anos, foram cortados 60 mil empregos diretos no setor produtivo, de acordo com dados da entidade.