Em Altinópolis, município da Alta Mogiana Paulista, a mecanização das lavouras de café tem resistido até agora às turbulências financeiras aprofundadas pela estiagem e continua avançando. Muitos produtores estão abandonando áreas onde não é possível colher os grãos com as máquinas e transferindo seus cafezais para regiões mais planas.
A mecanização surge como resposta a uma mão de obra cada vez mais escassa e cara e a novas exigências da legislação trabalhista.
Daniel de Figueiredo Felippe, cafeicultor que mantém 190 hectares em propriedades próprias e áreas arrendadas na região de Altinópolis, diz que em locais não muito aptos à mecanização apenas as áreas "nobres"permanecem com lavouras de café. São as que têm produtividade muito elevada e geram grãos para a produção de bebidas de boa qualidade. Os "espaços"deixados pela cafeicultura são ocupados por eucalipto e pastos.
Apesar do rearranjo das áreas de café diante do movimento da mecanização, não houve redução da área de café. Pelo contrário, ela até aumentou, diz Felippe. Ele afirma que o município tinha historicamente cerca de
7 mil hectares, e hoje tem perto de 8 mil hectares. Há cerca de 20 anos, Altinópolis chegou a ter 12 mil hectares com cafezais, segundo João Abrão Filho, diretor do Sindicato Rural de Altinópolis.
Abrão Filho acredita que existe espaço para que a área com a commodity cresça no município, essencialmente agrícola. A cafeicultura é a atividade que gera mais renda para a cidade, embora a área plantada seja inferior aos cerca de 20 mil hectares de cana-de-açúcar e os 20 mil de eucalipto. Ele estima que
se o preço do café continuar em patamares altos, a área com a cultura na região de Altinópolis poderá crescer em torno de 5% ao ano.
Para fazer frente aos recentes investimentos em mecanização, os cafeicultores precisam produzir um volume maior para obter rentabilidade. Além disso, as lavouras têm de ser renovadas constantemente em busca de maior produtividade.
O diretor do Sindicato Rural de Altinópolis estima que cada máquina para colheita nos cafezais substitui 120 pessoas no campo. E, apesar da redução da mão de obra devido ao avanço da mecanização, o município continua a receber migrantes do norte de Minas e da Bahia para trabalhar na colheita do grão. A colheita de café ainda deve representar a geração de vagas temporárias para 1,5 mil a 2 mil pessoas por safra, mas há 15 anos eram cerca de 5 mil trabalhadores por ciclo.
O custo da colheita manual de café na região varia de R$ 100 a R$ 150 por saca. Na mecânica, esse valor cai para entre R$ 20 e R$ 30, conforme Abrão Filho. A mecanização da colheita de café e a alta produtividade são, para ele, condições para que a cafeicultura seja viável, principalmente quando os preços da commodity ficam abaixo do custo de produção.
O cafeicultor Daniel de Figueiredo Felippe diz que, apesar da recuperação dos preços da commodity, a rentabilidade ficou aquém do esperado por conta da quebra da safra provocada pela seca no ano passado.
Em 2013, Felippe vendeu uma parte de sua safra por R$ 310 a saca para entrega em 2014. No ano passado, ele travou o preço por R$ 511 para entrega em 2015.
Em Altinópolis, município da Alta Mogiana Paulista, a mecanização das lavouras de café tem resistido até agora às turbulências financeiras aprofundadas pela estiagem e continua avançando. Muitos produtores estão abandonando áreas onde não é possível colher os grãos com as máquinas e transferindo seus cafezais para regiões mais planas.
A mecanização surge como resposta a uma mão de obra cada vez mais escassa e cara e a novas exigências da legislação trabalhista.
Daniel de Figueiredo Felippe, cafeicultor que mantém 190 hectares em propriedades próprias e áreas arrendadas na região de Altinópolis, diz que em locais não muito aptos à mecanização apenas as áreas "nobres"permanecem com lavouras de café. São as que têm produtividade muito elevada e geram grãos para a produção de bebidas de boa qualidade. Os "espaços"deixados pela cafeicultura são ocupados por eucalipto e pastos.
Apesar do rearranjo das áreas de café diante do movimento da mecanização, não houve redução da área de café. Pelo contrário, ela até aumentou, diz Felippe. Ele afirma que o município tinha historicamente cerca de
7 mil hectares, e hoje tem perto de 8 mil hectares. Há cerca de 20 anos, Altinópolis chegou a ter 12 mil hectares com cafezais, segundo João Abrão Filho, diretor do Sindicato Rural de Altinópolis.
Abrão Filho acredita que existe espaço para que a área com a commodity cresça no município, essencialmente agrícola. A cafeicultura é a atividade que gera mais renda para a cidade, embora a área plantada seja inferior aos cerca de 20 mil hectares de cana-de-açúcar e os 20 mil de eucalipto. Ele estima que
se o preço do café continuar em patamares altos, a área com a cultura na região de Altinópolis poderá crescer em torno de 5% ao ano.
Para fazer frente aos recentes investimentos em mecanização, os cafeicultores precisam produzir um volume maior para obter rentabilidade. Além disso, as lavouras têm de ser renovadas constantemente em busca de maior produtividade.
O diretor do Sindicato Rural de Altinópolis estima que cada máquina para colheita nos cafezais substitui 120 pessoas no campo. E, apesar da redução da mão de obra devido ao avanço da mecanização, o município continua a receber migrantes do norte de Minas e da Bahia para trabalhar na colheita do grão. A colheita de café ainda deve representar a geração de vagas temporárias para 1,5 mil a 2 mil pessoas por safra, mas há 15 anos eram cerca de 5 mil trabalhadores por ciclo.
O custo da colheita manual de café na região varia de R$ 100 a R$ 150 por saca. Na mecânica, esse valor cai para entre R$ 20 e R$ 30, conforme Abrão Filho. A mecanização da colheita de café e a alta produtividade são, para ele, condições para que a cafeicultura seja viável, principalmente quando os preços da commodity ficam abaixo do custo de produção.
O cafeicultor Daniel de Figueiredo Felippe diz que, apesar da recuperação dos preços da commodity, a rentabilidade ficou aquém do esperado por conta da quebra da safra provocada pela seca no ano passado.
Em 2013, Felippe vendeu uma parte de sua safra por R$ 310 a saca para entrega em 2014. No ano passado, ele travou o preço por R$ 511 para entrega em 2015.