Melhoramento genético está entre as técnicas para otimizar biomassa.
Ao contrário do que muitos pensavam até a década de 1970, o petróleo, insumo consumido em larga escala na sociedade industrial, não era uma fonte de energia infinita. Ou seja, ele passou a ter dia e hora para acabar. Há quarenta anos, tal afirmação caiu como uma bomba, sendo um dos fatores que ajudaram a propiciar a chamada Crise do Petróleo, iniciada em 1973 e agravada em 1979. Na época, em um período de aproximadamente cinco anos, o preço do óleo bruto praticamente triplicou. Para o governo brasileiro, uma das saídas foi olhar para campo, mais precisamente para o cultivo da cana-de-açúcar. A partir de 1975, foi instaurado no país o Programa Nacional do Álcool, ou Pró-Álcool, como também ficou conhecido, que teve o objetivo de substituir o combustível fóssil, utilizado pela frota de carros, por biocombustível, nesse caso: o etanol. Hoje, 22% da frota de transportes do Brasil usa combustíveis renováveis.
Conforme destaca Thiago Romanelli, professor do Departamento de Engenharia de Biomassas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), o Brasil é um expoente no que diz respeito à utilização de biocombustíveis no cenário mundial. “Aproximadamente 45% da nossa matriz energética são provenientes de fontes renováveis. Desse total, 28% são oriundas da biomassa, principalmente da cana-de-açúcar e do eucalipto. No âmbito internacional, e levando em consideração a magnitude do nosso país, só presenciamos esse tipo de cenário energético no Brasil”, conta Thiago.
Mas depois de quase 40 anos desde a implantação do Pró-Álcool, o que mudou com relação às pesquisas ligadas aos biocombustíveis? Segundo explica Thiago, no que diz respeito à biomassa, há uma busca pela melhoria e aumento de produtividade dos diversos insumos que servem para produzir combustíveis renováveis. “Já existem alguns procedimentos voltados para a gaseificação de biomassa, incluindo também a pirólise, que, no caso da madeira, serve para obter alguns produtos líquidos, com o bio-óleo. Hoje, a USP está implementando uma usina de transformação de biomassa utilizando tecnologia de gaseificação”, conta o professor.
O especialista destaca outros tipos de pesquisas que são voltados para a utilização e degradação da celulase do bagaço da cana-de-açucar e do eucalipto para transformá-la em açúcar, que, depois de fermentado, deriva no etanol de segunda geração. Thiago lembra que existem avanços no que diz respeito à biotecnologia, com técnicas voltadas para o melhoramento genético de diversos tipos de biomassa. “Muitas empresas têm apostado em soluções de biotecnologia para a produção de novas fontes de energia, incluindo a manipulação de micro-organismos para a otimização de alguns processos”, ressalta o professor, lembrando que o Brasil já fez o mapeamento genético da cana-de-açúcar e do eucalipto para otimizar a produtividade de biocombustível.
Atualmente, várias fontes de biomassa podem servir como insumo para a produção de biocombustível, incluindo o milho. Além disso, há diferentes tipos de biodiesel extraídos de óleos vegetais, como o de girassol, do nabo forrageiro, algodão, mamona, soja, algas, e gorduras animais. “80% do biodiesel vem do óleo de soja, cujo cultivo ocupa 23 milhões de hectares do Brasil, quase três vezes maior do que o espaço utilizado para a plantação de cana. Outra parte desse tipo de combustível, em torno de 14%, vem dos abatedouros, mais precisamente do sebo bovino. Hoje, por lei, 5% do diesel que é utilizado no país provêm do biodiesel”, afirma.
Ao contrário do que muitos pensavam até a década de 1970, o petróleo, insumo consumido em larga escala na sociedade industrial, não era uma fonte de energia infinita. Ou seja, ele passou a ter dia e hora para acabar. Há quarenta anos, tal afirmação caiu como uma bomba, sendo um dos fatores que ajudaram a propiciar a chamada Crise do Petróleo, iniciada em 1973 e agravada em 1979. Na época, em um período de aproximadamente cinco anos, o preço do óleo bruto praticamente triplicou. Para o governo brasileiro, uma das saídas foi olhar para campo, mais precisamente para o cultivo da cana-de-açúcar. A partir de 1975, foi instaurado no país o Programa Nacional do Álcool, ou Pró-Álcool, como também ficou conhecido, que teve o objetivo de substituir o combustível fóssil, utilizado pela frota de carros, por biocombustível, nesse caso: o etanol. Hoje, 22% da frota de transportes do Brasil usa combustíveis renováveis.
Conforme destaca Thiago Romanelli, professor do Departamento de Engenharia de Biomassas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), o Brasil é um expoente no que diz respeito à utilização de biocombustíveis no cenário mundial. “Aproximadamente 45% da nossa matriz energética são provenientes de fontes renováveis. Desse total, 28% são oriundas da biomassa, principalmente da cana-de-açúcar e do eucalipto. No âmbito internacional, e levando em consideração a magnitude do nosso país, só presenciamos esse tipo de cenário energético no Brasil”, conta Thiago.
Mas depois de quase 40 anos desde a implantação do Pró-Álcool, o que mudou com relação às pesquisas ligadas aos biocombustíveis? Segundo explica Thiago, no que diz respeito à biomassa, há uma busca pela melhoria e aumento de produtividade dos diversos insumos que servem para produzir combustíveis renováveis. “Já existem alguns procedimentos voltados para a gaseificação de biomassa, incluindo também a pirólise, que, no caso da madeira, serve para obter alguns produtos líquidos, com o bio-óleo. Hoje, a USP está implementando uma usina de transformação de biomassa utilizando tecnologia de gaseificação”, conta o professor.
O especialista destaca outros tipos de pesquisas que são voltados para a utilização e degradação da celulase do bagaço da cana-de-açucar e do eucalipto para transformá-la em açúcar, que, depois de fermentado, deriva no etanol de segunda geração. Thiago lembra que existem avanços no que diz respeito à biotecnologia, com técnicas voltadas para o melhoramento genético de diversos tipos de biomassa. “Muitas empresas têm apostado em soluções de biotecnologia para a produção de novas fontes de energia, incluindo a manipulação de micro-organismos para a otimização de alguns processos”, ressalta o professor, lembrando que o Brasil já fez o mapeamento genético da cana-de-açúcar e do eucalipto para otimizar a produtividade de biocombustível.
Atualmente, várias fontes de biomassa podem servir como insumo para a produção de biocombustível, incluindo o milho. Além disso, há diferentes tipos de biodiesel extraídos de óleos vegetais, como o de girassol, do nabo forrageiro, algodão, mamona, soja, algas, e gorduras animais. “80% do biodiesel vem do óleo de soja, cujo cultivo ocupa 23 milhões de hectares do Brasil, quase três vezes maior do que o espaço utilizado para a plantação de cana. Outra parte desse tipo de combustível, em torno de 14%, vem dos abatedouros, mais precisamente do sebo bovino. Hoje, por lei, 5% do diesel que é utilizado no país provêm do biodiesel”, afirma.