Diante da moagem acelerada de cana-de-açúcar na primeira quinzena de outubro no Centro-Sul e da percepção de que esse movimento se repetiu na segunda metade do mês passado, as consultorias que analisam o segmento estão ajustando seus números, mas mantendo-os acima do estimado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
O mercado acredita em alguma revisão para cima na projeção de moagem da Unica, mas não espera grande alteração na estimativa para açúcar. A volta das chuvas em novembro tende a reduzir o teor de açúcar na cana - o chamado ATR -, tornando propícia a fabricação de etanol. Assim, segundo fontes, um possível ajuste para cima na moagem de cana pela Unica pode resultar em volumes de 400 milhões a 500 milhões de litros para etanol.
A consultoria americana FCStone reduziu sua estimativa para um processamento de 561,6 milhões de toneladas de cana na região, 4,14% abaixo do previsto anteriormente, mas 2,9% acima do projetado pela Unica (545,9 milhões).
"A safra não vai acabar tão cedo fora de São Paulo. A disponibilidade de cana é da ordem de 577,5 milhões de toneladas na região, sendo que, na nossa visão, por volta de 561 milhões serão de fato processadas", diz o analista da FCStone, Pedro Henrique Verges.
Para o açúcar, a consultoria reduziu a estimativa de produção no Centro-Sul para 31,254 milhões de toneladas, redução de 1,833 milhão de toneladas na comparação com o estimado anteriormente. O novo número ficou mais próximo das 31,356 milhões previstas pela Unica. Já para o etanol, a FCStone manteve praticamente estável sua previsão, de 25,64 bilhões de litros - mantendo-a 1,6 bilhão de litros acima do estimado pela Unica.
Com umas das visões mais otimistas para a safra do Centro-Sul, a consultoria FG Agro, com sede em Ribeirão Preto (SP), manteve sua estimativa de moagem de 570 milhões de toneladas na temporada 2014/15. O diretor da empresa, Luiz Gustavo Torrano Corrêa, avalia que para cumprir esse volume, as usinas do Centro-Sul teriam que processar mais 30 milhões de toneladas de cana na segunda quinzena de outubro (nos primeiros 15 dias foram 39,3 milhões), 41 milhões de toneladas em novembro e 13 milhões em dezembro.
"Na nossa avaliação, metade das usinas da região vai continuar operando em dezembro. Se houver cana, esses volumes vão ser realizados. A chuva não será empecilho", acredita Corrêa. Para a produção de açúcar, a FG Agro projeta 32,9 milhões de toneladas e para a de etanol, 25,2 bilhões de litros.
O agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, diz que as chuvas vão ficar dentro da média em novembro e dezembro em toda a região Centro-Sul. Santos avalia, porém, que não deve haver interrupções generalizadas na colheita de cana, pois as chuvas tendem a ser pontuais e irregulares. Ele não prevê mais períodos de estiagem em novembro e dezembro (Cenário MT, 6/11/14)
Diante da moagem acelerada de cana-de-açúcar na primeira quinzena de outubro no Centro-Sul e da percepção de que esse movimento se repetiu na segunda metade do mês passado, as consultorias que analisam o segmento estão ajustando seus números, mas mantendo-os acima do estimado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
O mercado acredita em alguma revisão para cima na projeção de moagem da Unica, mas não espera grande alteração na estimativa para açúcar. A volta das chuvas em novembro tende a reduzir o teor de açúcar na cana - o chamado ATR -, tornando propícia a fabricação de etanol. Assim, segundo fontes, um possível ajuste para cima na moagem de cana pela Unica pode resultar em volumes de 400 milhões a 500 milhões de litros para etanol.
A consultoria americana FCStone reduziu sua estimativa para um processamento de 561,6 milhões de toneladas de cana na região, 4,14% abaixo do previsto anteriormente, mas 2,9% acima do projetado pela Unica (545,9 milhões).
"A safra não vai acabar tão cedo fora de São Paulo. A disponibilidade de cana é da ordem de 577,5 milhões de toneladas na região, sendo que, na nossa visão, por volta de 561 milhões serão de fato processadas", diz o analista da FCStone, Pedro Henrique Verges.
Para o açúcar, a consultoria reduziu a estimativa de produção no Centro-Sul para 31,254 milhões de toneladas, redução de 1,833 milhão de toneladas na comparação com o estimado anteriormente. O novo número ficou mais próximo das 31,356 milhões previstas pela Unica. Já para o etanol, a FCStone manteve praticamente estável sua previsão, de 25,64 bilhões de litros - mantendo-a 1,6 bilhão de litros acima do estimado pela Unica.
Com umas das visões mais otimistas para a safra do Centro-Sul, a consultoria FG Agro, com sede em Ribeirão Preto (SP), manteve sua estimativa de moagem de 570 milhões de toneladas na temporada 2014/15. O diretor da empresa, Luiz Gustavo Torrano Corrêa, avalia que para cumprir esse volume, as usinas do Centro-Sul teriam que processar mais 30 milhões de toneladas de cana na segunda quinzena de outubro (nos primeiros 15 dias foram 39,3 milhões), 41 milhões de toneladas em novembro e 13 milhões em dezembro.
"Na nossa avaliação, metade das usinas da região vai continuar operando em dezembro. Se houver cana, esses volumes vão ser realizados. A chuva não será empecilho", acredita Corrêa. Para a produção de açúcar, a FG Agro projeta 32,9 milhões de toneladas e para a de etanol, 25,2 bilhões de litros.
O agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, diz que as chuvas vão ficar dentro da média em novembro e dezembro em toda a região Centro-Sul. Santos avalia, porém, que não deve haver interrupções generalizadas na colheita de cana, pois as chuvas tendem a ser pontuais e irregulares. Ele não prevê mais períodos de estiagem em novembro e dezembro.