Mercado de colhedora de cana-de-açúcar será estável em 2016

19/02/2016 Cana-de-Açúcar POR: Estadão Conteudo
A AGCO inicia oficialmente, em 2016, a venda de sua primeira colhedora de cana-de-açúcar, a Valtra BE 1035, em um cenário de estabilidade no mercado brasileiro, bem como uma demanda de máquinas basicamente para renovação da frota.
Mesmo assim, a companhia divulgou nesta quinta-feira já ter 40 colhedoras negociadas, o que corresponderia a cerca de 6% de um mercado total estimado de 700 máquinas para este ano. O mercado nacional de colhedoras mostra-se estático, após a explosão de vendas no setor até 2014 com fim da queima dos canaviais para a colheita manual, e com os níveis atuais de colheita mecânica próximos de 100% e ainda sem perspectiva de aumento nas áreas cultivadas com cana.
Atualmente, as oportunidades de vendas das companhias do setor no curto prazo ocorrem por conta da curta vida útil dos equipamentos. Após entre cinco e seis anos de uso, uma colhedora de cana - que opera 3 mil horas por safra, ante 300 horas de uma máquina para colher soja - vira sucata. "Portanto, não há crescimento no mercado. Hoje é apenas de renovação da frota", disse Marco Antônio Gobesso, gerente de Marketing de cana-de-açúcar da AGCO.
A AGCO transformou a unidade no interior paulista no centro de especialidade global para cana-de-açúcar da companhia. A fábrica teve a participação majoritária adquirida pela multinacional em 2012, negócio finalizado em 2014 com a aquisição de toda a empresa e a decisão pelo uso da marca Valtra na nova colhedora.
Os investimentos somaram R$ 100 milhões nos quatro anos. "Até então, a Santal tinha uma participação de 3% do mercado e uma máquina boa de operação, mas com baixa confiabilidade", explicou o executivo. "Agora, com as mudanças no projeto, resgatamos a confiabilidade da máquina que tem 90% de disponibilidade mecânica garantida para o primeiro ano de operação", completou. Sem revelar números, a AGCO tem como meta ampliar a participação de mercado nos próximos cinco anos e "roubar" uma fatia no setor de colhedoras dominado pelas concorrentes Deere e Case. "Sabemos do cenário de baixo crescimento nas próximas safras, do alto endividamento do setor, da falta de política governamental no longo prazo e da baixa capacidade de investimento no curto prazo. Mas a meta é crescer a participação dentro desse mercado de 700 máquinas por ano".
Exportação
Com uma capacidade instalada de produção anual de até 240 máquinas com o uso de um turno de operação ainda não atingida e o mercado interno estável, a AGCO já iniciou a busca de clientes no mercado externo, com testes de colhedoras de cana na Índia e Tailândia, países asiáticos entre os maiores produtores de cana do mundo, e ainda na Bolívia. "O projeto de Ribeirão Preto não visa só o mercado interno. Já iniciamos a aproximação com outros mercados com máquinas operando na Índia, Tailândia e Bolívia, inclusive com técnicos já treinados aqui para atuarem lá", explicou Gobesso. "Ao contrário do mercado asiático de cana, os mercados da América do Sul e Central têm características parecidas das do Brasil e já temos canais abertos de comercialização e condições de atendê-los", concluiu o executivo, salientando que, em 2016, não serão feitas exportações de colhedoras.
A AGCO inicia oficialmente, em 2016, a venda de sua primeira colhedora de cana-de-açúcar, a Valtra BE 1035, em um cenário de estabilidade no mercado brasileiro, bem como uma demanda de máquinas basicamente para renovação da frota.
Mesmo assim, a companhia divulgou nesta quinta-feira já ter 40 colhedoras negociadas, o que corresponderia a cerca de 6% de um mercado total estimado de 700 máquinas para este ano. O mercado nacional de colhedoras mostra-se estático, após a explosão de vendas no setor até 2014 com fim da queima dos canaviais para a colheita manual, e com os níveis atuais de colheita mecânica próximos de 100% e ainda sem perspectiva de aumento nas áreas cultivadas com cana.
Atualmente, as oportunidades de vendas das companhias do setor no curto prazo ocorrem por conta da curta vida útil dos equipamentos. Após entre cinco e seis anos de uso, uma colhedora de cana - que opera 3 mil horas por safra, ante 300 horas de uma máquina para colher soja - vira sucata. "Portanto, não há crescimento no mercado. Hoje é apenas de renovação da frota", disse Marco Antônio Gobesso, gerente de Marketing de cana-de-açúcar da AGCO.
A AGCO transformou a unidade no interior paulista no centro de especialidade global para cana-de-açúcar da companhia. A fábrica teve a participação majoritária adquirida pela multinacional em 2012, negócio finalizado em 2014 com a aquisição de toda a empresa e a decisão pelo uso da marca Valtra na nova colhedora.
Os investimentos somaram R$ 100 milhões nos quatro anos. "Até então, a Santal tinha uma participação de 3% do mercado e uma máquina boa de operação, mas com baixa confiabilidade", explicou o executivo. "Agora, com as mudanças no projeto, resgatamos a confiabilidade da máquina que tem 90% de disponibilidade mecânica garantida para o primeiro ano de operação", completou. Sem revelar números, a AGCO tem como meta ampliar a participação de mercado nos próximos cinco anos e "roubar" uma fatia no setor de colhedoras dominado pelas concorrentes Deere e Case. "Sabemos do cenário de baixo crescimento nas próximas safras, do alto endividamento do setor, da falta de política governamental no longo prazo e da baixa capacidade de investimento no curto prazo. Mas a meta é crescer a participação dentro desse mercado de 700 máquinas por ano".
Exportação
Com uma capacidade instalada de produção anual de até 240 máquinas com o uso de um turno de operação ainda não atingida e o mercado interno estável, a AGCO já iniciou a busca de clientes no mercado externo, com testes de colhedoras de cana na Índia e Tailândia, países asiáticos entre os maiores produtores de cana do mundo, e ainda na Bolívia. "O projeto de Ribeirão Preto não visa só o mercado interno. Já iniciamos a aproximação com outros mercados com máquinas operando na Índia, Tailândia e Bolívia, inclusive com técnicos já treinados aqui para atuarem lá", explicou Gobesso. "Ao contrário do mercado asiático de cana, os mercados da América do Sul e Central têm características parecidas das do Brasil e já temos canais abertos de comercialização e condições de atendê-los", concluiu o executivo, salientando que, em 2016, não serão feitas exportações de colhedoras.