Mercado do açúcar se mantém em alta pressionado ainda pelo clima seco e quente

O mercado internacional de açúcar se manteve em alta nas cotações de ontem (5), pressionado ainda pelo clima seco e quente que pode representar uma quebra de safra na principal região produtora de cana-de-açúcar do Brasil, o Centro-Sul. Os analistas do setor tentam medir, agora, os possíveis impactos desta estiagem prolongada na produtividade média dos canaviais.
 
O agrônomo de uma usina da região de São José do Rio Preto, ouvido pela Agência UDOP de Notícias, garantiu que desde outubro os canaviais da usina não recebem mais que três dias consecutivos de chuva, fato anormal para o período e já sentido pela cana.
 
As cotações do açúcar nos mercados externos se mantiveram ontem (5) em alta, com negócios na bolsa de Nova York, vencimento março/14, fechados em 16,06 centavos de dólar por libra-peso, alta de 11 pontos no comparativo com os preços de terça-feira (4).
 
Em Londres, a commodity, no mesmo vencimento, foi comercializada com US$ 4,40 de valorização e negócios fechados em US$ 439,60 a tonelada.
 
Já o mercado interno caminha na direção contrário das bolsas internacionais. As cotações medidas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), apontam que o açúcar foi comercializado ontem pelas usinas paulistas a R$ 49,80 a saca de 50 quilos, baixa de 0,06% no comparativo com os preços da véspera.
 
 
Etanol
 
O indicador do etanol hidratado diário medido pela Esalq/BVMF, seguiu a tendência de alta da última semana, cotado a R$ 1.259,00 o metro cúbico, 0,92% a mais do que os preços fechados na terça-feira.