MG: Consumo de etanol dispara e pode puxar investimentos

20/10/2015 Etanol POR: Brasil Agro
Terceiro produtor de etanol no Brasil, Minas Gerais passou de exportador líquido do insumo para outros estados a grande consumidor neste ano. A demanda atendida do combustível verde em terras mineiras alcançou 1,076 bilhão de litros de janeiro a agosto, volume 130,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O recorde histórico veio acompanhado de outra boa notícia para as empresas do setor, a melhor remuneração obtida pelos produtores, informa a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig).
Com a conquista tão esperada dentro do estado, está confirmada a meta de produção também sem precedentes de 3 bilhões de litros de álcool anidro e hidratado, com expansão da cana-de-açúcar destinada às usinas em apenas 1,5 milhão de toneladas, estima o presidente da Siamig, Mário Campos. Em 2014, as usinas mineiras produziram 2,7 bilhões de litros de etanol. Nos primeiros oito meses do ano passado, a demanda atendida em Minas limitou-se a 466,99 milhões de litros.
O consumo deslanchou depois da plena redução, no atual governo do estado, do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre o etanol, de 19% para 14%. A medida elevou a tributação sobre a gasolina, de 27% para 29%. Outro fator decisivo para o novo cenário de atuação do setor foi a recomposição da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide)/Combustíveis, o que levou ao aumento dos preços da gasolina. Como resultado, o etanol ficou mais competitivo.
“Assistimos, hoje, à atuação de uma Petrobras com certa independência na formulação de preços. Há menor interferência do governo, e, com isso, o mercado sinaliza futuro promissor para o etanol”, afirma o presidente da Siamig. A taxação, que havia sido retirada em 2012, retornou progressivamente até os R$ 0,10 por litro, hoje.
A indústria sucroenergética passa a trabalhar numa condição inédita de equilíbrio, de acordo com Mário Campos, produzindo ao ritmo da demanda do mercado mineiro e vendendo em Minas. Para o consumidor, no entanto, qualquer avaliação sobre os rumos que os preços na bomba vão tomar é, ainda, precipitada.
Em corredores da distribuição disputados em Belo Horizonte, como a Via Expressa e o Bairro Santa Lúcia, o etanol era vendido na sexta-feira entre R$ 2,290 e R$ 2,690 o litro, de acordo com levantamento feito pelo Estado de Minas. Pesquisa da ANP indicou preço médio do combustível em Minas Gerais de R$ 2,401 na semana passada, representando elevação de 17,2% frente ao preço médio registrado de 20 a 26 de setembro, de R$ 2,048 por litro. O custo da gasolina – que sofreu queda no consumo em Minas de 11,4% entre janeiro e agosto, frente a idêntico período de 2014 – subiu 8%, com base na evolução dos preços médios do litro de R$3,240 no fim de setembro e R$ 3,499 de 11 a 16 deste mês. 
 
Terceiro produtor de etanol no Brasil, Minas Gerais passou de exportador líquido do insumo para outros estados a grande consumidor neste ano. A demanda atendida do combustível verde em terras mineiras alcançou 1,076 bilhão de litros de janeiro a agosto, volume 130,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O recorde histórico veio acompanhado de outra boa notícia para as empresas do setor, a melhor remuneração obtida pelos produtores, informa a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig).
Com a conquista tão esperada dentro do estado, está confirmada a meta de produção também sem precedentes de 3 bilhões de litros de álcool anidro e hidratado, com expansão da cana-de-açúcar destinada às usinas em apenas 1,5 milhão de toneladas, estima o presidente da Siamig, Mário Campos. Em 2014, as usinas mineiras produziram 2,7 bilhões de litros de etanol. Nos primeiros oito meses do ano passado, a demanda atendida em Minas limitou-se a 466,99 milhões de litros.
O consumo deslanchou depois da plena redução, no atual governo do estado, do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre o etanol, de 19% para 14%. A medida elevou a tributação sobre a gasolina, de 27% para 29%. Outro fator decisivo para o novo cenário de atuação do setor foi a recomposição da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide)/Combustíveis, o que levou ao aumento dos preços da gasolina. Como resultado, o etanol ficou mais competitivo.
“Assistimos, hoje, à atuação de uma Petrobras com certa independência na formulação de preços. Há menor interferência do governo, e, com isso, o mercado sinaliza futuro promissor para o etanol”, afirma o presidente da Siamig. A taxação, que havia sido retirada em 2012, retornou progressivamente até os R$ 0,10 por litro, hoje.
A indústria sucroenergética passa a trabalhar numa condição inédita de equilíbrio, de acordo com Mário Campos, produzindo ao ritmo da demanda do mercado mineiro e vendendo em Minas. Para o consumidor, no entanto, qualquer avaliação sobre os rumos que os preços na bomba vão tomar é, ainda, precipitada.
Em corredores da distribuição disputados em Belo Horizonte, como a Via Expressa e o Bairro Santa Lúcia, o etanol era vendido na sexta-feira entre R$ 2,290 e R$ 2,690 o litro, de acordo com levantamento feito pelo Estado de Minas. Pesquisa da ANP indicou preço médio do combustível em Minas Gerais de R$ 2,401 na semana passada, representando elevação de 17,2% frente ao preço médio registrado de 20 a 26 de setembro, de R$ 2,048 por litro. O custo da gasolina – que sofreu queda no consumo em Minas de 11,4% entre janeiro e agosto, frente a idêntico período de 2014 – subiu 8%, com base na evolução dos preços médios do litro de R$3,240 no fim de setembro e R$ 3,499 de 11 a 16 deste mês.