Moagem da safra 2016/2017 do Centro-Sul deve atingir entre 605 e 630 milhões de toneladas de cana

27/04/2016 Cana-de-Açúcar POR: Assessoria de Imprensa
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em conjunto com os demais sindicatos e associações de produtores da região Centro-Sul do Brasil e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), anunciou hoje sua estimativa para a safra 2016/2017 de cana-de-açúcar.
 
A análise conduzida indica que a moagem da região deverá alcançar entre 605 e 630 milhões de toneladas de cana no ciclo 2016/2017, a depender das condições climáticas, agronômicas e operacionais vigentes nos próximos 12 meses.
 
O diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, explica que “o número de variáveis fora do controle e de difícil previsão dificultam uma maior assertividade sobre a produção”. A presença de um canavial envelhecido; a indefinição sobre as condições climáticas; o risco de florescimento em algumas importantes regiões produtoras; a dúvida sobre o comportamento da lavoura colhida na entressafra, que representou 9% da área colhida; e a possibilidade de ocorrência de geadas em áreas de produção são apenas alguns dos fatores exógenos que nos levaram a decidir pela divulgação de um intervalo para retratar as diferentes possibilidades de resultado para a safra que se iniciou este mês, completou Rodrigues.
 
Nesse contexto, a projeção elaborada remete a uma produção de açúcar entre 33,50 e 35,00 milhões de toneladas, com crescimento de 2,28 a 3,78 milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de toneladas registradas na safra 2015/2016.
 
A produção de etanol na safra 2016/2017, por sua vez, deve totalizar entre 27,50 e 28,70 bilhões de litros. Deste volume, entre 10,80 e 11,00 bilhões de litros serão de etanol anidro e entre 16,70 e 17,70 bilhões de litros de etanol hidratado.
 
Rodrigues salienta que “os diferentes cenários para a safra 2016/2017 indicam a possibilidade de avanço na produção de açúcar sem comprometimento da oferta recorde de etanol observada no último ano”. Além do preço relativo dos dois produtos, a fabricação de açúcar também será definida pela necessidade de caixa das empresas mais endividadas, pela qualidade da cana processada, pelas restrições logísticas para a exportação enfrentadas por algumas regiões e pela própria capacidade de produção das usinas, acrescentou.
 
Por fim, a estimativa para o teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana é de 134,00 a 136,00 kg na safra 2016/2017, contra 130,51 kg registrados no último ciclo.
 
 
Dados registrados na 1ª quinzena de abril de 2016
 
Produção e moagem
 
As unidades produtoras da região Centro-Sul processaram nos primeiros 15 dias de abril (primeira quinzena da safra 2016/2017) 32,84 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Este resultado é muito superior à moagem verificada em igual período do ciclo 2015/2016, a qual totalizou 13,05 milhões de toneladas.
 
Essa quantidade processada é explicada pelo clima extremamente seco observado na primeira metade do mês - o que permitiu um excepcional aproveitamento de tempo pelas industriais, e pelo grande número de empresas em operação no período.
 
De fato, no início de abril de 2016, 137 usinas e destilarias estavam em operação na região Centro-Sul. Ao final da primeira quinzena do mês, esse número saltou para 205 unidades, contra apenas 165 registradas em igual período da safra 2015/2016.
 
Além de favorecer a colheita, o clima mais seco também estimulou uma maior concentração de açúcares na planta, totalizando 111,42 kg de ATR por tonelada de cana nos primeiros quinze dias de abril.
 
“Tivemos um clima absolutamente favorável para a moagem na primeira metade do mês, condição que dificilmente se repetirá por um período mais prolongado no decorrer da safra 2016/2017”, acrescentou Rodrigues.
 
Entre os dias 1º e 15 de abril, a proporção de matéria-prima direcionada à fabricação de açúcar atingiu 40,99%, com 1,43 milhão de toneladas produzidas.
 
A produção de etanol, por sua vez, alcançou 1,29 bilhão de litros, contra apenas 569,96 milhões de litros apurados no mesmo período da safra 2015/2016. Deste volume, 891,29 milhões de litros referem-se ao etanol hidratado e 387,29 milhões de litros ao etanol anidro.
 
Vendas de etanol
 
As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul nos primeiros quinze dias de abril alcançaram 1,01 bilhão de litros, volume similar aquele verificado no mesmo período de 2015 (1,10 bilhão de litros).
 
Do volume total comercializado, 39,69 milhões de litros destinaram-se à exportação e 968,85 milhões de litro para o mercado doméstico. Neste último, as vendas de etanol anidro alcançaram 376,60 milhões de litros, enquanto as de etanol hidratado somaram 592,25 milhões.
 
Este volume de hidratado comercializado entre 1º e 15 de abril é inferior aquele observado no último ano (737,70 milhões de litros), mas indica uma recuperação quando comparado aos 550,48 e 570,79 milhões de litros vendidos na primeira e a segunda quinzenas de março de 2016, respectivamente.
 
“A intensa queda no preço do etanol hidratado recebido pelos produtores ao longo das últimas semanas finalmente começou a ser repassada aos consumidores, ampliando o incentivo ao consumo do biocombustível e a perspectiva de ampliação da demanda nos próximos meses”, finalizou Rodrigues.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em conjunto com os demais sindicatos e associações de produtores da região Centro-Sul do Brasil e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), anunciou hoje sua estimativa para a safra 2016/2017 de cana-de-açúcar.
 
A análise conduzida indica que a moagem da região deverá alcançar entre 605 e 630 milhões de toneladas de cana no ciclo 2016/2017, a depender das condições climáticas, agronômicas e operacionais vigentes nos próximos 12 meses.
 
O diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, explica que “o número de variáveis fora do controle e de difícil previsão dificultam uma maior assertividade sobre a produção”. A presença de um canavial envelhecido; a indefinição sobre as condições climáticas; o risco de florescimento em algumas importantes regiões produtoras; a dúvida sobre o comportamento da lavoura colhida na entressafra, que representou 9% da área colhida; e a possibilidade de ocorrência de geadas em áreas de produção são apenas alguns dos fatores exógenos que nos levaram a decidir pela divulgação de um intervalo para retratar as diferentes possibilidades de resultado para a safra que se iniciou este mês, completou Rodrigues.
 
Nesse contexto, a projeção elaborada remete a uma produção de açúcar entre 33,50 e 35,00 milhões de toneladas, com crescimento de 2,28 a 3,78 milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de toneladas registradas na safra 2015/2016.
 
A produção de etanol na safra 2016/2017, por sua vez, deve totalizar entre 27,50 e 28,70 bilhões de litros. Deste volume, entre 10,80 e 11,00 bilhões de litros serão de etanol anidro e entre 16,70 e 17,70 bilhões de litros de etanol hidratado.
 
Rodrigues salienta que “os diferentes cenários para a safra 2016/2017 indicam a possibilidade de avanço na produção de açúcar sem comprometimento da oferta recorde de etanol observada no último ano”. Além do preço relativo dos dois produtos, a fabricação de açúcar também será definida pela necessidade de caixa das empresas mais endividadas, pela qualidade da cana processada, pelas restrições logísticas para a exportação enfrentadas por algumas regiões e pela própria capacidade de produção das usinas, acrescentou.
 
Por fim, a estimativa para o teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana é de 134,00 a 136,00 kg na safra 2016/2017, contra 130,51 kg registrados no último ciclo.
 
 
Dados registrados na 1ª quinzena de abril de 2016
 
Produção e moagem
 
As unidades produtoras da região Centro-Sul processaram nos primeiros 15 dias de abril (primeira quinzena da safra 2016/2017) 32,84 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Este resultado é muito superior à moagem verificada em igual período do ciclo 2015/2016, a qual totalizou 13,05 milhões de toneladas.
 
Essa quantidade processada é explicada pelo clima extremamente seco observado na primeira metade do mês - o que permitiu um excepcional aproveitamento de tempo pelas industriais, e pelo grande número de empresas em operação no período.
 
De fato, no início de abril de 2016, 137 usinas e destilarias estavam em operação na região Centro-Sul. Ao final da primeira quinzena do mês, esse número saltou para 205 unidades, contra apenas 165 registradas em igual período da safra 2015/2016.
 
Além de favorecer a colheita, o clima mais seco também estimulou uma maior concentração de açúcares na planta, totalizando 111,42 kg de ATR por tonelada de cana nos primeiros quinze dias de abril.
 
“Tivemos um clima absolutamente favorável para a moagem na primeira metade do mês, condição que dificilmente se repetirá por um período mais prolongado no decorrer da safra 2016/2017”, acrescentou Rodrigues.
 
Entre os dias 1º e 15 de abril, a proporção de matéria-prima direcionada à fabricação de açúcar atingiu 40,99%, com 1,43 milhão de toneladas produzidas.
 
A produção de etanol, por sua vez, alcançou 1,29 bilhão de litros, contra apenas 569,96 milhões de litros apurados no mesmo período da safra 2015/2016. Deste volume, 891,29 milhões de litros referem-se ao etanol hidratado e 387,29 milhões de litros ao etanol anidro.
 
Vendas de etanol
 
As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul nos primeiros quinze dias de abril alcançaram 1,01 bilhão de litros, volume similar aquele verificado no mesmo período de 2015 (1,10 bilhão de litros).
 
Do volume total comercializado, 39,69 milhões de litros destinaram-se à exportação e 968,85 milhões de litro para o mercado doméstico. Neste último, as vendas de etanol anidro alcançaram 376,60 milhões de litros, enquanto as de etanol hidratado somaram 592,25 milhões.
 
Este volume de hidratado comercializado entre 1º e 15 de abril é inferior aquele observado no último ano (737,70 milhões de litros), mas indica uma recuperação quando comparado aos 550,48 e 570,79 milhões de litros vendidos na primeira e a segunda quinzenas de março de 2016, respectivamente.
 
“A intensa queda no preço do etanol hidratado recebido pelos produtores ao longo das últimas semanas finalmente começou a ser repassada aos consumidores, ampliando o incentivo ao consumo do biocombustível e a perspectiva de ampliação da demanda nos próximos meses”, finalizou Rodrigues.