A área plantada de milho segunda safra bateu recorde em Mato Grosso nessa safra, 2015/16, mas se a expectativa de produtividade se consolidar será o menor rendimento a campo registrado desde a safra 2010/11, quando os patamares de produtividade eram ainda bastante reduzidos para a cultura em Mato Grosso e o cultivo do cereal era tão somente ‘uma safrinha’, cuja cobertura era de cerca de 1,75 milhão de hectares. Nessa semana, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em sua sexta estimativa ao cereal revisão a produtividade novamente para baixo, chegando a um potencial médio de 90,7 sacas por hectares, -16,49% menor que a média do ciclo passado.
Até o momento, a maior perda estimada em produtividade está projetada para a região nordeste. Conforme o Imea, o rendimento médio passaria de 106 sc/ha, safra passada, para 78,4 em 2016. No oeste a estimativa é de redução de 18,3%, com o saldo a campo saindo de 114,6 para 93,6 sc/ha. Todas as regiões – noroeste, nordeste, oeste, médio norte, centro sul, sudeste e norte – têm previsão de queda na comparação anual. No noroeste, por exemplo, a queda será de 14,7%, com a produtividade média saindo de 97 para 85, que se confirmada será a menor do Estado nesse ano.
Nessa nova estimativa, os analistas do Imea reajustaram todas as variáveis da safra. No que tange à produtividade, os números vieram abaixo da previsão passada. No entanto, a área apresentou novo incremento e minimizou o impacto sobre a produção que apresenta expectativa de aumento em relação ao previsto na estimativa anterior.
“A área de milho que consolidou a safra 2014/15 em 4,02 milhões de hectares, apresentou novo incremento, agora de 5,6% na safra 2015/16, e por isso a nova previsão registra a expectativa de área de 4,25 milhões de hectares para a safra 2015/16, firmando-se como a maior área já cultivada de milho em Mato Grosso”, destacam os analistas.
Apesar do incremento em área, a previsão para produtividade da safra 2015/16 recuou na nova estimativa, refletindo as condições climáticas pouco favoráveis de abril e expectativa de baixo volume de chuva aguardado para o desenvolvimento das lavouras em grande parte do Estado, sobretudo para o mês de maio. Na nova estimativa, a produtividade na média estadual foi reduzida de 95,5 sc/ha, da estimativa anterior, para 90,7 sc/ha nessa nova estimativa.
“Mesmo com as expectativas reduzidas para a produtividade do milho na temporada 2015/16, o aumento da área nesta estimativa acabou refletindo de maneira mais acentuada na nova previsão de produção estadual, que apresenta nova expectativa de 23,09 milhões de toneladas. Se comparada com a produção da última estimativa, o ajuste ocorrido foi de 15,6%, ou 3,12 milhões toneladas. Ainda assim, estima-se que a safra 2015/16 deve apresentar recuo de 11,9%, o equivalente a 3,10 milhões de toneladas se comparada ao volume recorde produzido na safra 2014/15”.
RISCO – Ainda como explicam os analistas do órgão, as expectativas de produtividade das safras 2014/15 e 2015/16 apresentaram ajustes divergentes no último levantamento. Enquanto a safra 2014/15 elevou-se para um novo recorde produtivo, de 108,6 sc/ha na média estadual, a estimativa da safra 2015/16 está ainda mais pessimista, de 90,7 sc/ha. “Tal recuo do novo ciclo se dá, sobretudo, em virtude das condições climáticas pouco favoráveis em abril e previsão pouco animadora para os próximos meses. De maneira geral, espera-se que todas as regiões registrem recuo produtivo, com os menores rendimentos sendo aguardados para as regiões nordeste, noroeste e norte, onde a falta de chuva vem apresentando peso maior”.
Autor: MARIANNA PERES
A área plantada de milho segunda safra bateu recorde em Mato Grosso nessa safra, 2015/16, mas se a expectativa de produtividade se consolidar será o menor rendimento a campo registrado desde a safra 2010/11, quando os patamares de produtividade eram ainda bastante reduzidos para a cultura em Mato Grosso e o cultivo do cereal era tão somente ‘uma safrinha’, cuja cobertura era de cerca de 1,75 milhão de hectares. Nessa semana, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em sua sexta estimativa ao cereal revisão a produtividade novamente para baixo, chegando a um potencial médio de 90,7 sacas por hectares, -16,49% menor que a média do ciclo passado.
Até o momento, a maior perda estimada em produtividade está projetada para a região nordeste. Conforme o Imea, o rendimento médio passaria de 106 sc/ha, safra passada, para 78,4 em 2016. No oeste a estimativa é de redução de 18,3%, com o saldo a campo saindo de 114,6 para 93,6 sc/ha. Todas as regiões – noroeste, nordeste, oeste, médio norte, centro sul, sudeste e norte – têm previsão de queda na comparação anual. No noroeste, por exemplo, a queda será de 14,7%, com a produtividade média saindo de 97 para 85, que se confirmada será a menor do Estado nesse ano.
Nessa nova estimativa, os analistas do Imea reajustaram todas as variáveis da safra. No que tange à produtividade, os números vieram abaixo da previsão passada. No entanto, a área apresentou novo incremento e minimizou o impacto sobre a produção que apresenta expectativa de aumento em relação ao previsto na estimativa anterior.
“A área de milho que consolidou a safra 2014/15 em 4,02 milhões de hectares, apresentou novo incremento, agora de 5,6% na safra 2015/16, e por isso a nova previsão registra a expectativa de área de 4,25 milhões de hectares para a safra 2015/16, firmando-se como a maior área já cultivada de milho em Mato Grosso”, destacam os analistas.
Apesar do incremento em área, a previsão para produtividade da safra 2015/16 recuou na nova estimativa, refletindo as condições climáticas pouco favoráveis de abril e expectativa de baixo volume de chuva aguardado para o desenvolvimento das lavouras em grande parte do Estado, sobretudo para o mês de maio. Na nova estimativa, a produtividade na média estadual foi reduzida de 95,5 sc/ha, da estimativa anterior, para 90,7 sc/ha nessa nova estimativa.
“Mesmo com as expectativas reduzidas para a produtividade do milho na temporada 2015/16, o aumento da área nesta estimativa acabou refletindo de maneira mais acentuada na nova previsão de produção estadual, que apresenta nova expectativa de 23,09 milhões de toneladas. Se comparada com a produção da última estimativa, o ajuste ocorrido foi de 15,6%, ou 3,12 milhões toneladas. Ainda assim, estima-se que a safra 2015/16 deve apresentar recuo de 11,9%, o equivalente a 3,10 milhões de toneladas se comparada ao volume recorde produzido na safra 2014/15”.
RISCO – Ainda como explicam os analistas do órgão, as expectativas de produtividade das safras 2014/15 e 2015/16 apresentaram ajustes divergentes no último levantamento. Enquanto a safra 2014/15 elevou-se para um novo recorde produtivo, de 108,6 sc/ha na média estadual, a estimativa da safra 2015/16 está ainda mais pessimista, de 90,7 sc/ha. “Tal recuo do novo ciclo se dá, sobretudo, em virtude das condições climáticas pouco favoráveis em abril e previsão pouco animadora para os próximos meses. De maneira geral, espera-se que todas as regiões registrem recuo produtivo, com os menores rendimentos sendo aguardados para as regiões nordeste, noroeste e norte, onde a falta de chuva vem apresentando peso maior”.
Autor: MARIANNA PERES