Uma redução do preço dos combustíveis no Brasil pela Petrobras, como discutido nos últimos dias pela estatal, teria um impacto limitado sobre os preços do etanol e do açúcar, na avaliação do banco holandês Rabobank.
Ontem, as cotações internacionais do açúcar despencaram, refletindo os receios de que uma queda do preço da gasolina no Brasil pudesse atingir a competitividade do etanol no país e fazer as usinas darem mais preferência à fabricação de açúcar.
Essa influência, porém, não ocorre de forma tão direta. “A extensão do quanto a indústria pode responder a tal sinal é limitado por restrições de capacidade e, para as usinas sob pressão financeira, por restrições de liquidez”, avaliou o banco holandês, que recorda que muitas usinas dão preferência à produção de etanol porque o pagamento pelo biocombustível é mais imediato que o do açúcar.
Por esse motivo, o Rabobank calcula que um corte no preço da gasolina no curto prazo e, consequentemente, uma redução dos valores praticados no mercado de etanol pode provocar um aumento de cerca de 2 milhões de toneladas na produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil no curto prazo — um volume relativamente modesto, considerando que a expectativa para a produção da commodity na safra de 2016/17 é de 34 milhões de toneladas.
Porém, se o descasamento entre a rentabilidade do açúcar e do etanol se prolongasse no longo prazo, o banco avalia que a situação promoveria investimentos que poderiam aumentar a capacidade produtiva.
Por Camila Souza Ramos
Uma redução do preço dos combustíveis no Brasil pela Petrobras, como discutido nos últimos dias pela estatal, teria um impacto limitado sobre os preços do etanol e do açúcar, na avaliação do banco holandês Rabobank.
Ontem, as cotações internacionais do açúcar despencaram, refletindo os receios de que uma queda do preço da gasolina no Brasil pudesse atingir a competitividade do etanol no país e fazer as usinas darem mais preferência à fabricação de açúcar.
Essa influência, porém, não ocorre de forma tão direta. “A extensão do quanto a indústria pode responder a tal sinal é limitado por restrições de capacidade e, para as usinas sob pressão financeira, por restrições de liquidez”, avaliou o banco holandês, que recorda que muitas usinas dão preferência à produção de etanol porque o pagamento pelo biocombustível é mais imediato que o do açúcar.
Por esse motivo, o Rabobank calcula que um corte no preço da gasolina no curto prazo e, consequentemente, uma redução dos valores praticados no mercado de etanol pode provocar um aumento de cerca de 2 milhões de toneladas na produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil no curto prazo — um volume relativamente modesto, considerando que a expectativa para a produção da commodity na safra de 2016/17 é de 34 milhões de toneladas.
Porém, se o descasamento entre a rentabilidade do açúcar e do etanol se prolongasse no longo prazo, o banco avalia que a situação promoveria investimentos que poderiam aumentar a capacidade produtiva.
Por Camila Souza Ramos