A cultura da cana-de-açúcar teve uma mudança radical na última década, como a erradicação da prática da queima da palhada e, consequentemente, a colheita mecanizada e as demais práticas na cultura da cana também serem mecanizadas. O próprio setor foi surpreendido com a velocidade destas mudanças, principalmente da não queima, que hoje já está quase totalmente extinguida na região Centro--Sul, onde se concentra o maior volume desta cultura, coincidindo o pool das expansões nas áreas de cana-de-açúcar em áreas de cerrado com ambientes de solo menos favoráveis.
Com tudo isto acontecendo de uma forma tão rápida, a própria indústria de máquinas e implementos agrícolas foi surpreendida, pois não estava preparada para tal demanda, assim como nós, produtores, também não.
Com a redução da queima, o corte da cana convencional (colheita manual) tornou-se dificultoso e inviável financeiramente.
Desta forma, então fomos introduzindo a colheita mecanizada com as colhedoras que tínhamos no mercado e nem todas estavam preparadas para os espaçamentos existentes na época assim como a própria cana não estava pronta para ser colhida mecanicamente.
Tais fatos foram as principais causas na quebra da produtividade, pois a compactação do solo e a não preservação da linha da cana afetam muito o sistema radicular e dificulta a penetração do sistema radicular as quais são de suma importância no sistema das colheitas mecanizadas.
O que ganhamos financeiramente na mudança do corte manual, que era em torno de R$23,00 /ton. para a colheita mecanizada que era em torno de R$14,00/ton., perdemos na produtividade, pois não estávamos preparados devido a não sistematização correta do plantio visando à colheita mecanizada, o não planejamento dos traçados e paralelismo dos sulcos, assim como o próprio preparo de solo, variedades e sanidades das mudas.
Mas como o setor sucroenergético é muito pujante, fomos em busca de novas tecnologias implantando um preparo de solo mais adequado, mudança de ambientes utilizando a agricultura de precisão, preparo de solo que facilita a penetração das raízes (preparo mais profundos), paralelismo na sulcação utilizando os pilotos automáticos, sanidades das mudas com a introdução do plantio do MPB (Mudas Pré-Brotadas), sistema de plantio com meiose, variedades mais adequadas para a mecanização, o cultivo sendo feito com piloto automático para não compactarmos as linhas das socas, defensivos, insumos diferenciados, mudanças nutricionais, em algumas áreas o recolhimento de palha para uma melhor brotação da soca evitando doenças e pragas que, com a não queima da mesma aumentaram muito, as colhedoras já estão sendo adaptadas nos devidos espaçamentos e colhendo com piloto automático e os transbordos também.
Estes investimentos fizeram com que os custos também se elevassem, combinando infelizmente com a falta de política pública, deixando nossos investimentos incompatíveis com o preço da comercialização da nossa cana, desvalorizando um dos produtos derivados desta grande cultura, que é a energia renovável (Etanol) e, consequentemente, deixando de ser competitivo em relação à gasolina para fazer medidas populistas tirando a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) da gasolina e segurando o preço da mesma para controlar a inflação trazendo consequências graves para o setor sucroenergético (endividamento) e uma das causas da quebra da Petrobras.
Mas com todos estes acontecimentos negativos, com adoção de novas tecnologias, já estamos colhendo estes frutos e no rumo da tão almejada cana de três dígitos, pois é uma das ferramentas para a redução de custos, quanto maior produção, menor o custo.
Esperamos que com esta mudança de Governo, as políticas públicas para o setor do agronegócio sejam mais eficientes e que nos dê condições para os devidos investimentos, como: mais facilidades nas linhas de créditos com juros compatíveis, prazos maiores, subsídios, seguros condizentes com a lavoura, no setor sucroenergético incentivo à bioeletricidade, incentivando a energia de biomassa da palha da cana.
Tenho certeza que o agronegócio vai ser um acelerador da retomada desta catastrófica crise que estamos passando, pois em plena crise já obtivemos uma balança comercial positiva no agronegócio. O mundo já nos vê como o celeiro mundial da alimentação e tenho certeza que na hora que o Governo passar esta segurança, os investidores do agronegócio retornarão a investir no nosso querido Brasil, onde temos doze meses no ano realmente agricultáveis, solos, clima, pessoas e tecnologia para isto.
A cultura da cana-de-açúcar teve uma mudança radical na última década, como a erradicação da prática da queima da palhada e, consequentemente, a colheita mecanizada e as demais práticas na cultura da cana também serem mecanizadas. O próprio setor foi surpreendido com a velocidade destas mudanças, principalmente da não queima, que hoje já está quase totalmente extinguida na região Centro--Sul, onde se concentra o maior volume desta cultura, coincidindo o pool das expansões nas áreas de cana-de-açúcar em áreas de cerrado com ambientes de solo menos favoráveis.
Com tudo isto acontecendo de uma forma tão rápida, a própria indústria de máquinas e implementos agrícolas foi surpreendida, pois não estava preparada para tal demanda, assim como nós, produtores, também não.
Com a redução da queima, o corte da cana convencional (colheita manual) tornou-se dificultoso e inviável financeiramente.
Desta forma, então fomos introduzindo a colheita mecanizada com as colhedoras que tínhamos no mercado e nem todas estavam preparadas para os espaçamentos existentes na época assim como a própria cana não estava pronta para ser colhida mecanicamente.
Tais fatos foram as principais causas na quebra da produtividade, pois a compactação do solo e a não preservação da linha da cana afetam muito o sistema radicular e dificulta a penetração do sistema radicular as quais são de suma importância no sistema das colheitas mecanizadas.
O que ganhamos financeiramente na mudança do corte manual, que era em torno de R$23,00 /ton. para a colheita mecanizada que era em torno de R$14,00/ton., perdemos na produtividade, pois não estávamos preparados devido a não sistematização correta do plantio visando à colheita mecanizada, o não planejamento dos traçados e paralelismo dos sulcos, assim como o próprio preparo de solo, variedades e sanidades das mudas.
Mas como o setor sucroenergético é muito pujante, fomos em busca de novas tecnologias implantando um preparo de solo mais adequado, mudança de ambientes utilizando a agricultura de precisão, preparo de solo que facilita a penetração das raízes (preparo mais profundos), paralelismo na sulcação utilizando os pilotos automáticos, sanidades das mudas com a introdução do plantio do MPB (Mudas Pré-Brotadas), sistema de plantio com meiose, variedades mais adequadas para a mecanização, o cultivo sendo feito com piloto automático para não compactarmos as linhas das socas, defensivos, insumos diferenciados, mudanças nutricionais, em algumas áreas o recolhimento de palha para uma melhor brotação da soca evitando doenças e pragas que, com a não queima da mesma aumentaram muito, as colhedoras já estão sendo adaptadas nos devidos espaçamentos e colhendo com piloto automático e os transbordos também.
Estes investimentos fizeram com que os custos também se elevassem, combinando infelizmente com a falta de política pública, deixando nossos investimentos incompatíveis com o preço da comercialização da nossa cana, desvalorizando um dos produtos derivados desta grande cultura, que é a energia renovável (Etanol) e, consequentemente, deixando de ser competitivo em relação à gasolina para fazer medidas populistas tirando a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) da gasolina e segurando o preço da mesma para controlar a inflação trazendo consequências graves para o setor sucroenergético (endividamento) e uma das causas da quebra da Petrobras.
Mas com todos estes acontecimentos negativos, com adoção de novas tecnologias, já estamos colhendo estes frutos e no rumo da tão almejada cana de três dígitos, pois é uma das ferramentas para a redução de custos, quanto maior produção, menor o custo.
Esperamos que com esta mudança de Governo, as políticas públicas para o setor do agronegócio sejam mais eficientes e que nos dê condições para os devidos investimentos, como: mais facilidades nas linhas de créditos com juros compatíveis, prazos maiores, subsídios, seguros condizentes com a lavoura, no setor sucroenergético incentivo à bioeletricidade, incentivando a energia de biomassa da palha da cana.
Tenho certeza que o agronegócio vai ser um acelerador da retomada desta catastrófica crise que estamos passando, pois em plena crise já obtivemos uma balança comercial positiva no agronegócio. O mundo já nos vê como o celeiro mundial da alimentação e tenho certeza que na hora que o Governo passar esta segurança, os investidores do agronegócio retornarão a investir no nosso querido Brasil, onde temos doze meses no ano realmente agricultáveis, solos, clima, pessoas e tecnologia para isto.