A falta de confiança é que mais tem alimentado a crise, na visão de Pedro Estêvão Bastos, da Abimaq. “Ao analisarmos os aspectos financeiros e econômicos do agricultor, constatase que não há motivos para uma queda tão expressiva (nas vendas de máquinas agrícolas)”, observa, afirmando que a instabilidade regulatória por parte do governo federal foi outro catalisador do descrédito. “As duas principais linhas de financiamento, o PSI e o Moderfrota, tiveram três modificações e paralisações ao longo do ano”, lembra.
Para o diretor do BNDES, porém, não há instabilidade regulatória. “O que foi acordado com relação às regras de financiamento não foi alterado, além do que a formulação dos parâmetros condutores da política agrícola foram firmados com participação ampla, inclusive de representantes do setor agropecuário”, argumenta Carlos Alberto Vianna, do BNDES. Sobre o Finame Agrícola, reaberto recentemente para cobrir eventuais demandas, ele afirma que essa é uma opção menos atraente em virtude das taxas mais elevadas, que em geral superam as cobradas pelo PSI, que oscilam entre 7,5% ao ano para micros, pequenas e médias empresas e 9,5% para demais empresas.
Outro aspecto que a crise tornou ainda mais evidente foi a dependência do setor em relação aos financiamentos públicos. Apenas para se ter ideia, a Carteira de Crédito de Agronegócios Ampliada do Banco do Brasil, incluindo operações de crédito rural e agroindustrial, totalizou R$ 171,8 bilhões em setembro/2015, crescimento de 8,5% em 12 meses, segundo o vicepresidente de Agronegócios, Micros e Pequenas Empresas do BB, Osmar Dias.
O destaque da carteira, aponta o executivo, foi o saldo das operações de investimento agropecuário, que somou R$ 78,7 bilhões em setembro/2015 (46% do total), crescimento de 14,1% em relação a setembro/2014. Dias admite, no entanto, que o ritmo de crescimento da demanda no início da safra deste ano (2015/16) caiu, mas não cita de quanto foi essa queda, apenas ressalta a importância do BB no fomento agrícola. “Os dados do Sistema Nacional de Crédito Rural mostram que o BB detém 60,1% de todos os financiamentos destinados ao setor, com posição em setembro/2015”, afirma. Segundo ele, os recursos para safra 2015/2016 somam R$ 110,5 bilhões, com alta de 23% em relação ao anosafra anterior. “Desse total, R$ 20 bilhões são destinados às empresas do agronegócio e R$ 90,5 bilhões ao crédito rural aos produtores e cooperativas”, detalha.
A falta de confiança é que mais tem alimentado a crise, na visão de Pedro Estêvão Bastos, da Abimaq. “Ao analisarmos os aspectos financeiros e econômicos do agricultor, constatase que não há motivos para uma queda tão expressiva (nas vendas de máquinas agrícolas)”, observa, afirmando que a instabilidade regulatória por parte do governo federal foi outro catalisador do descrédito. “As duas principais linhas de financiamento, o PSI e o Moderfrota, tiveram três modificações e paralisações ao longo do ano”, lembra.
Para o diretor do BNDES, porém, não há instabilidade regulatória. “O que foi acordado com relação às regras de financiamento não foi alterado, além do que a formulação dos parâmetros condutores da política agrícola foram firmados com participação ampla, inclusive de representantes do setor agropecuário”, argumenta Carlos Alberto Vianna, do BNDES. Sobre o Finame Agrícola, reaberto recentemente para cobrir eventuais demandas, ele afirma que essa é uma opção menos atraente em virtude das taxas mais elevadas, que em geral superam as cobradas pelo PSI, que oscilam entre 7,5% ao ano para micros, pequenas e médias empresas e 9,5% para demais empresas.
Outro aspecto que a crise tornou ainda mais evidente foi a dependência do setor em relação aos financiamentos públicos. Apenas para se ter ideia, a Carteira de Crédito de Agronegócios Ampliada do Banco do Brasil, incluindo operações de crédito rural e agroindustrial, totalizou R$ 171,8 bilhões em setembro/2015, crescimento de 8,5% em 12 meses, segundo o vicepresidente de Agronegócios, Micros e Pequenas Empresas do BB, Osmar Dias.
O destaque da carteira, aponta o executivo, foi o saldo das operações de investimento agropecuário, que somou R$ 78,7 bilhões em setembro/2015 (46% do total), crescimento de 14,1% em relação a setembro/2014. Dias admite, no entanto, que o ritmo de crescimento da demanda no início da safra deste ano (2015/16) caiu, mas não cita de quanto foi essa queda, apenas ressalta a importância do BB no fomento agrícola. “Os dados do Sistema Nacional de Crédito Rural mostram que o BB detém 60,1% de todos os financiamentos destinados ao setor, com posição em setembro/2015”, afirma. Segundo ele, os recursos para safra 2015/2016 somam R$ 110,5 bilhões, com alta de 23% em relação ao anosafra anterior. “Desse total, R$ 20 bilhões são destinados às empresas do agronegócio e R$ 90,5 bilhões ao crédito rural aos produtores e cooperativas”, detalha.