Na indústria, aumenta o número de falências

16/10/2014 Cana-de-Açúcar POR: O Estado de São Paulo
Talvez nenhum dado expresse melhor a situação crítica da indústria do que o
número de falências nos últimos meses. Entre janeiro e setembro, o número de
falências requeridas por indústrias - algumas presentes no mercado há décadas -
cresceu 8,8%, comparado a igual período de 2013, enquanto caiu 4,75% o número
de pedidos de falências de todos os setores de atividade, segundo a Serasa
Experian.
A insolvência da indústria vem se agravando. No terceiro trimestre, o número de
falências requeridas por empresas de todos os setores cresceu 6,8%, mas a variação
foi de 32,9% na indústria, comparado a igual período de 2013. É o que explica a
baixa confiança dos industriais, detectada pela CNI.
Desaquecimento do mercado interno, queda de exportações de manufaturados,
contração do crédito e alta dos juros agravam a crise do setor. E, investindo menos
em bens de capital, essenciais para a renovação tecnológica e a produção de
equipamentos para a infraestrutura, a indústria perde competitividade.
A indústria metal-mecânica sente os efeitos da retração do setor automotivo. O
setor sucroalcooleiro investiu na produção de etanol, mas vem sendo minado há
anos por política erráticas do governo, diz Antonio de Pádua Rodrigues, diretor da
União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Além de preços represados, o setor
enfrentou seca, custos altos e pouco crédito.
Em geral, os pedidos de falências vêm de fornecedores ocasionais, não de clientes
que querem preservar negócios, notou o diretor da Fiesp José Ricardo Roriz
Coelho. Mais pedidos de falências, porém, indicam o esgotamento da possibilidade
de cobrança amigável de débitos e da continuidade do relacionamento. É sinal de
que as empresas têm pouca gordura para queimar.
Quando as encomendas caem, as indústrias são induzidas a cortar pessoal, embora
percam profissionais qualificados e tenham custos. É o que explica a queda de
1,2%, entre janeiro e agosto, do nível de emprego na indústria paulista, maior taxa
para o período desde 2009. Não há sinais de recuperação neste trimestre. O
crescimento de 0,7% em agosto deveu-se principalmente ao setor extrativo mineral
(+2,4%).
Em muitos casos, nem cortar pessoal basta, pois persistem outras dificuldades,
como a pressão de fornecedores. Mesmo assim, empresas com problemas graves
parecem evitar a recuperação judicial (o número de pedidos caiu 8,9% no ano), restando a falência como única opção. 
Talvez nenhum dado expresse melhor a situação crítica da indústria do que o
número de falências nos últimos meses. Entre janeiro e setembro, o número de
falências requeridas por indústrias - algumas presentes no mercado há décadas -
cresceu 8,8%, comparado a igual período de 2013, enquanto caiu 4,75% o número de pedidos de falências de todos os setores de atividade, segundo a Serasa Experian.
A insolvência da indústria vem se agravando. No terceiro trimestre, o número de
falências requeridas por empresas de todos os setores cresceu 6,8%, mas a variação foi de 32,9% na indústria, comparado a igual período de 2013. É o que explica a baixa confiança dos industriais, detectada pela CNI.
Desaquecimento do mercado interno, queda de exportações de manufaturados,
contração do crédito e alta dos juros agravam a crise do setor. E, investindo menos em bens de capital, essenciais para a renovação tecnológica e a produção de equipamentos para a infraestrutura, a indústria perde competitividade.
A indústria metal-mecânica sente os efeitos da retração do setor automotivo. O
setor sucroalcooleiro investiu na produção de etanol, mas vem sendo minado há
anos por política erráticas do governo, diz Antonio de Pádua Rodrigues, diretor da
União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Além de preços represados, o setor
enfrentou seca, custos altos e pouco crédito.
Em geral, os pedidos de falências vêm de fornecedores ocasionais, não de clientes
que querem preservar negócios, notou o diretor da Fiesp José Ricardo Roriz
Coelho. Mais pedidos de falências, porém, indicam o esgotamento da possibilidade
de cobrança amigável de débitos e da continuidade do relacionamento. É sinal de
que as empresas têm pouca gordura para queimar.
Quando as encomendas caem, as indústrias são induzidas a cortar pessoal, embora percam profissionais qualificados e tenham custos. É o que explica a queda de 1,2%, entre janeiro e agosto, do nível de emprego na indústria paulista, maior taxa para o período desde 2009. Não há sinais de recuperação neste trimestre. O crescimento de 0,7% em agosto deveu-se principalmente ao setor extrativo mineral (+2,4%).
Em muitos casos, nem cortar pessoal basta, pois persistem outras dificuldades,
como a pressão de fornecedores. Mesmo assim, empresas com problemas graves
parecem evitar a recuperação judicial (o número de pedidos caiu 8,9% no ano), restando a falência como única opção.