A fabricante de máquinas agrícolas New Holland iniciou neste ano a venda de seus equipamentos por meio de barter. A operação envolve o pagamento com parte da produção por meio de uma triangulação entre o produtor, a empresa e uma trading, que fica responsável pela liquidação, logística e comercialização da commodity usada como meio de aquisição da máquina.
Segundo a empresa, as negociações, por enquanto, são feitas com soja e café, mas há a possibilidade de expandir para outras culturas. Para operações de até US$ 250 mil, o produtor deve apresentar Cédula de Produto Rural (CPR) e um aval. Para valores maiores de US$ 250 mil, o barter é efetivado com CPR, aval e hipoteca. Existe ainda a possibilidade de estruturar a operação com outra modalidade de financiamento.
“Nossa carteira para o barter está aberta. Já realizamos alguns negócios e todos os nossos concessionários tem conhecimento do sistema. Não estabelecemos metas para este ano. Nossa expectativa era ter o Plano Safra definido e nem isso temos. Então preferimos lançar sem colocar expectativa de número”, disse o gerente de marketing da New Holland Agriculture, Eduardo Nicz, em evento de relacionamento com clientes realizado, nesta quinta-feira (28/5) na sede do Sindicato Rural de Camaquã (RS).
Usado pela primeira vez pela empresa para comercializar seus equipamentos, o barter vinha sendo estruturado desde a metade do ano passado, contou o executivo. Alguns negócios chegaram a ser fechados em forma de teste. O lançamento oficial foi feito na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). A ferramenta é uma alternativa para minimizar os efeitos do aperto no crédito para a próxima safra em meio a um cenário que já é de queda nas vendas de maquinário agrícola no mercado interno.
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a comercialização de tratores ficou 18% menor na comparação dos quatro primeiros meses deste ano com o mesmo período no ano passado. Caíram de 16,537 mil para 13,558 mil unidades. Nas colheitadeiras, a queda foi de 41,5%, de 2,352 mil para 1,375 mil máquinas.
A empresa acompanhou a tendência. Conforme a Anfavea, a New Holland vendeu 2,344 tratores de janeiro a abril, um volume 24% inferior que o dos quatro primeiros meses de 2014. Nas colheitadeiras, a queda é de 27,7% na mesma comparação, com o volume passando de 618 para 447 máquinas. Nas concessionárias, Eduardo Nicz ressaltou que há redução de 15% na saída de tratores e 25% nas colheitadeiras, “um número aceitável diante da situação do mercado”, segundo ele.
Apesar da busca por novas estratégias para viabilizar as vendas, ele avaliou que a atual situação não é de crise. “Há um aumento de juros que causa uma retração no mercado, mas vemos um produtor bastante capitalizado. A procura por tecnologia não vai parar. Existe uma queda, mas não coloca medo nem põe em xeque a estratégia da empresa”, garantiu. No entanto, Nicz disse acreditar que, se o crédito se mantiver mais caro, a tendência é que outras companhias do setor adotem ferramentas alternativas, como o barter. “Tudo depende de como ficar a taxa de juros, que, se for analisar, ainda está abaixo da inflação.”
Construção
Outra aposta da empresa é a venda de equipamentos destinados à construção, como retroescavadeiras e pás carregadeiras, para uso na atividade agrícola. “O produtor rural pode usar para a infraestrutura da produção”, disse o representante da área comercial da New Holland Construction, Giovani Borgonovo. Segundo ele, foi lançada uma linha de financiamento específica para o agricultor. O sistema, explicou, é semelhante ao Finame Rural, com a quitação em parcelas semestrais. O prazo é de até quatro anos.
Sobre a expectativa de negócios para o público rural, Borgonovo se mostrou otimista, apesar da cautela do agricultor mesmo para a compra de maquinário específico para a atividade rural. “A gente acredita em um potencial, especialmente na região sul”, disse ele, destacando que 8% dos equipamentos de construção vendidos só no Rio Grande do Sul em 2014 foram para o campo. “A locação de uma máquina dessas, em caso de uma necessidade, é muito cara. Ter o equipamento é mais vantajoso”, sugeriu.
A fabricante de máquinas agrícolas New Holland iniciou neste ano a venda de seus equipamentos por meio de barter. A operação envolve o pagamento com parte da produção por meio de uma triangulação entre o produtor, a empresa e uma trading, que fica responsável pela liquidação, logística e comercialização da commodity usada como meio de aquisição da máquina.
Segundo a empresa, as negociações, por enquanto, são feitas com soja e café, mas há a possibilidade de expandir para outras culturas. Para operações de até US$ 250 mil, o produtor deve apresentar Cédula de Produto Rural (CPR) e um aval. Para valores maiores de US$ 250 mil, o barter é efetivado com CPR, aval e hipoteca. Existe ainda a possibilidade de estruturar a operação com outra modalidade de financiamento.
“Nossa carteira para o barter está aberta. Já realizamos alguns negócios e todos os nossos concessionários tem conhecimento do sistema. Não estabelecemos metas para este ano. Nossa expectativa era ter o Plano Safra definido e nem isso temos. Então preferimos lançar sem colocar expectativa de número”, disse o gerente de marketing da New Holland Agriculture, Eduardo Nicz, em evento de relacionamento com clientes realizado, nesta quinta-feira (28/5) na sede do Sindicato Rural de Camaquã (RS).
Usado pela primeira vez pela empresa para comercializar seus equipamentos, o barter vinha sendo estruturado desde a metade do ano passado, contou o executivo. Alguns negócios chegaram a ser fechados em forma de teste. O lançamento oficial foi feito na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). A ferramenta é uma alternativa para minimizar os efeitos do aperto no crédito para a próxima safra em meio a um cenário que já é de queda nas vendas de maquinário agrícola no mercado interno.
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a comercialização de tratores ficou 18% menor na comparação dos quatro primeiros meses deste ano com o mesmo período no ano passado. Caíram de 16,537 mil para 13,558 mil unidades. Nas colheitadeiras, a queda foi de 41,5%, de 2,352 mil para 1,375 mil máquinas.
A empresa acompanhou a tendência. Conforme a Anfavea, a New Holland vendeu 2,344 tratores de janeiro a abril, um volume 24% inferior que o dos quatro primeiros meses de 2014. Nas colheitadeiras, a queda é de 27,7% na mesma comparação, com o volume passando de 618 para 447 máquinas. Nas concessionárias, Eduardo Nicz ressaltou que há redução de 15% na saída de tratores e 25% nas colheitadeiras, “um número aceitável diante da situação do mercado”, segundo ele.
Apesar da busca por novas estratégias para viabilizar as vendas, ele avaliou que a atual situação não é de crise. “Há um aumento de juros que causa uma retração no mercado, mas vemos um produtor bastante capitalizado. A procura por tecnologia não vai parar. Existe uma queda, mas não coloca medo nem põe em xeque a estratégia da empresa”, garantiu. No entanto, Nicz disse acreditar que, se o crédito se mantiver mais caro, a tendência é que outras companhias do setor adotem ferramentas alternativas, como o barter. “Tudo depende de como ficar a taxa de juros, que, se for analisar, ainda está abaixo da inflação.”
Construção
Outra aposta da empresa é a venda de equipamentos destinados à construção, como retroescavadeiras e pás carregadeiras, para uso na atividade agrícola. “O produtor rural pode usar para a infraestrutura da produção”, disse o representante da área comercial da New Holland Construction, Giovani Borgonovo. Segundo ele, foi lançada uma linha de financiamento específica para o agricultor. O sistema, explicou, é semelhante ao Finame Rural, com a quitação em parcelas semestrais. O prazo é de até quatro anos.
Sobre a expectativa de negócios para o público rural, Borgonovo se mostrou otimista, apesar da cautela do agricultor mesmo para a compra de maquinário específico para a atividade rural. “A gente acredita em um potencial, especialmente na região sul”, disse ele, destacando que 8% dos equipamentos de construção vendidos só no Rio Grande do Sul em 2014 foram para o campo. “A locação de uma máquina dessas, em caso de uma necessidade, é muito cara. Ter o equipamento é mais vantajoso”, sugeriu.