Nova resolução não exige proteção no transporte de cana inteira

25/07/2017 Cana-de-Açúcar POR: Andréia Vital – Revista Canavieiros – Edição 133
Valendo desde o dia 1º de junho de 2017, a Lei que proíbe a circulação de caminhões com cargas à granel sem proteção em estradas municipais, estaduais e federais, obrigou a mudar a logística na lavoura da cana-de-açúcar, com a implantação de lonas nos caminhões que transportam a matéria -prima do campo até a indústria, mas algumas usinas e fornecedores ainda não se adequaram integralmente à lei e as multas começam a engrossar o já tão alto custo da produção. 
“Devido às diversas prorrogações do prazo para atender às obrigações legais, muitos deixaram para a última hora e ainda estão se adequando às normas”, explicou Wilson Agapito, gerente de motomecanização da Usina Santa Isabel e presidente do GMEC (Grupo de Mecanização do Setor Sucroenergético), ao explanar sobre o tema na 195ª reunião do GERHAI (Grupo de Estudos de Recursos Humanos na Agroindústria), realizada no dia 7 de julho, em Sertãozinho-SP. 
Agapito explicou que a resolução 441 de 28/05/2013 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determinou que todo material à granel transportado deveria ser coberto, inclusive a cana; já a resolução 499, de 28/08/2014 foi específica para o segmento canavieiro com prazo para implantação em 1º de setembro de 2016, mas diante de solicitações do setor, que alegou falta de tempo e investimento alto para atender às exigências, o prazo foi prorrogado para 01/06/2017, através da resolução 618, de 06/09/2016.
“Por cobrança das associações saiu a resolução 664 de 18/05/2017 que altera alguns artigos da 618 no sentido do transporte de cana inteira, que elimina a cobertura da carga, só exigindo que seja amarrada com corda com espaçamento de um metro e meio e três metros”, disse o profissional, comentando que a medida beneficia mais as unidades e fornecedores do Nordeste, já que no Centro-Sul praticamente toda a cana vem picada do campo, atendendo ao Protocolo Ambiental, que eliminou as queimadas na lavoura. Agapito mostrou ainda vídeos sobre os sistemas de enlonamento disponíveis no mercado e suas praticidades. “Tem para todos os gostos e bolsos, com equipamentos que custam entre R$ 800,00 a R$ 12 mil”, disse.
 
Outro ponto ressaltado foi referente à fiscalização que começa a ficar mais intensa, principalmente com o foco da mídia. As taxas são consideradas “pesadas” para quem anda sem lona no caminhão, sendo infração grave, resultando em 5 pontos na CNH; multa de R$ 195,23; retenção da AET (Autorização Especial de Trânsito) e do veículo até que se instale a lona. No caso do derramamento da carga, também é infração grave; 7 pontos na CNH; multa de R$ 293,47 e retenção da AET. “A cana não pode ultrapassar o limite da carroceria, formando o chamado “cupim”, isso não permite a cobertura correta e pode cair carga na pista”, afirmou o especialista, alertando que existe abuso de alguns que deixam para colocar a lona somente quando chegam nas rodovias ou até mesmo só atentam à exigência quando sabem que há policiamento nas redondezas.
O presidente do GMEC falou ainda sobre a resolução 663 do Contran, estabelecida em abril de 2017 que concede a AET referente às CVC (Combinações de Veículos de Carga), com altura máxima de 4,40 m, com PBTC
(Peso Bruto Total Combinado) superior a 74 toneladas e inferior ou igual a 91 toneladas e comprimento mínimo de 28 metros e máximo de 30 metros, mediante algumas condições, entre elas, a apresentação de um estudo técnico com dados diversos, como, a compatibilidade das vias públicas por onde se trafegará, entre outros dados. 
“É exigido também uma potência compatível com a carga, portanto o caminhão para transportar 91 toneladas precisa ter no mínimo motor 519,65 CV, mais um limitante, pois 99% da frota hoje está na faixa entre 420 a 500 CV, e esses não conseguirão autorização para rodar com esse peso”, explicou, comentando “Era uma solicitação do setor, mas deram com uma mão e tiraram com as duas”, ironizou.
Usina Santa Isabel comemora 40 anos de fundação
Com as atividades iniciadas em 1977, pelos irmãos Alcides e Antônio Graciano, em Novo Horizonte-SP, a companhia, que nasceu como destilaria, cresceu e comemora em 2017, 40 anos de história, contabilizando as obrigações quite em relação às novas normas de transporte canavieiro. Atualmente, com duas unidades, que devem moer seis milhões de toneladas de cana nesta safra, a empresa começou a investir no sistema de enlonamento logo no início das exigências do Contran.
“Fomos adaptando até conseguir implantar em toda a nossa frota o que ocorreu no início desta safra”, disse Agapito, contando que a área de colheita corresponde a quase 67 mil hectares, sendo 11 mil hectares referente a renovação.
Segundo ele, embora a maior parte do transporte da cana seja da usina (84% da cana da unidade de Nova Horizonte e 98% da unidade de Mendonça-SP é própria), contam com fornecedores que entregam a matéria-prima na esteira.
“Tivemos que barrar alguns no início da temporada por não estarem de acordo com as normas, mas agora já está tudo nos eixos”, afirmou
GMEC completa 31 anos em novembro
Formado por profissionais da área de mecanização e de manutenção automotiva, o GMEC foi criado em outubro de 1986, com o intuito de propiciar um ambiente favorável para a troca de experiências entre os participantes e apresentação de sugestões de melhorias em processos e produtos para a mecanização da cana-de-açúcar. 
Atualmente, conta com 167 profissionais de 62 empresas ou grupos. Duas reuniões, uma na Usina São Martinho e outra durante a Fenasucro, antecedem a comemoração dos 31 anos de fundação do grupo, que acontecerá no dia 30 de novembro, com um seminário em Ribeirão Preto – SP.
Novas ações que influenciam no RH das empresas
Odiretor executivo do GERHAI, José Rui Darciso, ressaltou a importância dos gestores de RH e jurídico estarem integrados com todos os setores da usina porque no final “os problemas irão cair no colo de vocês do RH”, alertou, na ocasião, dando prosseguimento à programação que contou também com apresentação de Márcio Venturelli, coordenador do Comitê Técnico de Automação Industrial do CEISE Br e Odair Fantoni, especialista em eSocial.
Venturelli abordou a questão da indústria 4.0 e as alterações que ocorrerão nos ambientes de trabalho com a evolução digital. “As decisões serão tomadas baseadas em todas as variáveis. Isso vai trazer como benefício, a redução dos custos, economia e energia, aumento da segurança conservação ambiental, redução de erros, fim do desperdício, transparência nos negócios, aumento da qualidade de vida, personalização e escala sem precedentes”, analisou, destacando as competências em evidência para os novos tempos, que serão pautados pelo setor de serviços, o grande empregador do futuro.
“O profissional deverá ter pensamento crítico, ter criatividade, ser comunicativo, ser curioso, ter iniciativa, ser persistente, ter liderança, espírito de colaboração, ter domínio de um segundo idioma, ter consciência social e cultural, e é claro, ter caráter”, enfatizou.
Já Fantoni deu um panorama sobre a atual situação da implantação do eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas) a nova obrigação acessória, instituída pelo Governo, pela qual as empresas são obrigadas a prestar centenas de informações relacionadas ao ambiente de trabalho, simplificando o cumprimento das obrigações dos empregadores e melhorarando a qualidade das informações prestadas ao Estado. 
Segundo ele, a partir de 1º de agosto de 2017, as empresas poderão enviar arquivos testes e validar seus sistemas ao eSocial, que passa a ser obrigatório em janeiro de 2018, para empregadores e contribuintes com faturamento no ano de 2016 superior a R$78 milhões e em julho de 2018, para as demais empregadores e contribuintes.
Importância da biomassa na matriz elétrica
Abiomassa foi um dos principais assuntos debatidos durante a reunião anterior do grupo, realizada em maio. “Existe um grande potencial de crescimento da exportação de energia elétrica de biomassa com a área plantada existente.
O desafio é aumentar a eficiência com novos investimentos e novas práticas de operação”, afirmou Christiano Forman, diretor presidente da Albioma Participações do Brasil, ao explanar sobre o mercado de bioenergia a partir da biomassa. “As mudanças em curso no setor elétrico brasileiro devem reconhecer a biomassa como um dos elementos chave da matriz energética nacional do futuro, fundamental para cumprir os compromissos da COP 21”, disse o executivo.
A Albioma é uma empresa produtora independente de energia renovável, de origem francesa e tem como atividade principal cogeração à base de bagaço de cana-de-açúcar, que representa 90% de sua matéria-prima, sendo 10% gerada a partir de energia solar. “Temos 750 megawatts instalados de capacidade de geração de energia elétrica, o suficiente para abastecer, aproximadamente, três milhões de pessoas”, contou ele, afirmando que o Brasil é prioridade de atuação internacional de sua empresa.
A companhia tem três investimentos no país (Rio Pardo - Cerqueira César / SP; Codóra - Goianésia /GO e Vale do Paraná- Suzanópolis/SP), dois estão em operação e a terceira estação deverá iniciar suas atividades em janeiro de 2020 (Vale do Paraná).
Forman exaltou a sustentabilidade no sistema, ao ressaltar que, em 2016, a utilização da biomassa da cana poupou o equivalente a 15% de água nos reservatórios das hidrelétricas no submercado Sudeste/Centro-Oeste. “A geração de energia através da biomassa emite 31 kg CO2/MWh, 96% menos que fontes de carvão mineral e 52% menos que fontes de gás natural”, disse lembrando que entre 2007 e 2016 a capacidade de geração a partir do bagaço no Brasil teve um crescimento anual médio de 7%.
O diretor presidente da Albioma afirmou ainda a necessidade de aumentar o parque gerador no Brasil diante da demanda futura, embasada no plano decenal divulgado pelo Ministério de Minas e Energia prevê uma moagem de 841 MTC em 2024, valor 38% maior que a última safra brasileira (607 MTC). “A biomassa preenche todos os requisitos para ser protagonista nesta expansão: renovável, de baixo custo, despachável, próxima ao consumo. Mas os mecanismos de mercado devem reconhecer e precificar estes atributos de forma a viabilizar os investimentos necessários”, concluiu.
A 194ª reunião contou também com apresentação de Dimas Fausto, presidente da DimasTec, que deu um panorama sobre as tecnologias aplicadas na gestão de pessoas, afirmando que os relógios de pontos móveis têm se tornado tendência dentro das usinas e o uso de biometria (método tecnológico que permite reconhecer, verificar e identificar uma pessoa por meio de suas impressões digitais, que são únicas) tem sido outra quebra de paradigma naquele cenário conseguindo resultados muito bons.
Fez parte da programação ainda a palestra “Inteligência positiva... um diferencial competitivo”, apresentada por Wagner Campos, master Coach certificado pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) dos EUA. Campos trouxe uma reflexão baseada em conceitos científicos comprovados, dizendo que a forma de se comportar altera o estado de espírito, o lado emocional e a forma também de se pensar provocando emoções negativas e resultados improdutivos.
De acordo com o profissional, o uso de técnicas podem ser gatilhos para mudança de comportamento, já que muitos se apegam ao problema, sendo que o foco tem que ser, na verdade, no que queremos. “Se você não está feliz com o resultado que está tendo profissionalmente ou pessoalmente, a escolha foi sua. Temos a mania de dar justificativas, mas todos os resultados que nós temos, estão relacionados às nossas ações, aos nossos comportamentos.
Ter uma vida mais satisfatória e uma gestão mais produtiva exige um equilíbrio para que o resultado seja satisfatório”, explicou, dando como exemplo o comportamento de um gestor diante de seu subordinado.
“Para se conseguir a máxima performance no relacionamento com colaboradores, você precisa fazer pelo menos um elogio para cada sete cobrança ou advertências. Se você tem o hábito de só apontar defeitos, problemas e só faz cobranças, o rendimento será negativo, pois mostra que é uma pessoa que não valoriza nada. Se você excede na quantidade de elogios e reconhecimentos, você também vai ter um resultado que vai entrar em declínio, pois a tendência é do colaborador se acomodar já que sempre é elogiado e não vê necessidade de se esforçar, então é preciso se equilibrar”, ensinou.
Valendo desde o dia 1º de junho de 2017, a Lei que proíbe a circulação de caminhões com cargas à granel sem proteção em estradas municipais, estaduais e federais, obrigou a mudar a logística na lavoura da cana-de-açúcar, com a implantação de lonas nos caminhões que transportam a matéria -prima do campo até a indústria, mas algumas usinas e fornecedores ainda não se adequaram integralmente à lei e as multas começam a engrossar o já tão alto custo da produção. 
“Devido às diversas prorrogações do prazo para atender às obrigações legais, muitos deixaram para a última hora e ainda estão se adequando às normas”, explicou Wilson Agapito, gerente de motomecanização da Usina Santa Isabel e presidente do GMEC (Grupo de Mecanização do Setor Sucroenergético), ao explanar sobre o tema na 195ª reunião do GERHAI (Grupo de Estudos de Recursos Humanos na Agroindústria), realizada no dia 7 de julho, em Sertãozinho-SP. 
Agapito explicou que a resolução 441 de 28/05/2013 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determinou que todo material à granel transportado deveria ser coberto, inclusive a cana; já a resolução 499, de 28/08/2014 foi específica para o segmento canavieiro com prazo para implantação em 1º de setembro de 2016, mas diante de solicitações do setor, que alegou falta de tempo e investimento alto para atender às exigências, o prazo foi prorrogado para 01/06/2017, através da resolução 618, de 06/09/2016.
“Por cobrança das associações saiu a resolução 664 de 18/05/2017 que altera alguns artigos da 618 no sentido do transporte de cana inteira, que elimina a cobertura da carga, só exigindo que seja amarrada com corda com espaçamento de um metro e meio e três metros”, disse o profissional, comentando que a medida beneficia mais as unidades e fornecedores do Nordeste, já que no Centro-Sul praticamente toda a cana vem picada do campo, atendendo ao Protocolo Ambiental, que eliminou as queimadas na lavoura. Agapito mostrou ainda vídeos sobre os sistemas de enlonamento disponíveis no mercado e suas praticidades. “Tem para todos os gostos e bolsos, com equipamentos que custam entre R$ 800,00 a R$ 12 mil”, disse.
 
Outro ponto ressaltado foi referente à fiscalização que começa a ficar mais intensa, principalmente com o foco da mídia. As taxas são consideradas “pesadas” para quem anda sem lona no caminhão, sendo infração grave, resultando em 5 pontos na CNH; multa de R$ 195,23; retenção da AET (Autorização Especial de Trânsito) e do veículo até que se instale a lona. No caso do derramamento da carga, também é infração grave; 7 pontos na CNH; multa de R$ 293,47 e retenção da AET. “A cana não pode ultrapassar o limite da carroceria, formando o chamado “cupim”, isso não permite a cobertura correta e pode cair carga na pista”, afirmou o especialista, alertando que existe abuso de alguns que deixam para colocar a lona somente quando chegam nas rodovias ou até mesmo só atentam à exigência quando sabem que há policiamento nas redondezas.
O presidente do GMEC falou ainda sobre a resolução 663 do Contran, estabelecida em abril de 2017 que concede a AET referente às CVC (Combinações de Veículos de Carga), com altura máxima de 4,40 m, com PBTC (Peso Bruto Total Combinado) superior a 74 toneladas e inferior ou igual a 91 toneladas e comprimento mínimo de 28 metros e máximo de 30 metros, mediante algumas condições, entre elas, a apresentação de um estudo técnico com dados diversos, como, a compatibilidade das vias públicas por onde se trafegará, entre outros dados. 

“É exigido também uma potência compatível com a carga, portanto o caminhão para transportar 91 toneladas precisa ter no mínimo motor 519,65 CV, mais um limitante, pois 99% da frota hoje está na faixa entre 420 a 500 CV, e esses não conseguirão autorização para rodar com esse peso”, explicou, comentando “Era uma solicitação do setor, mas deram com uma mão e tiraram com as duas”, ironizou.
Usina Santa Isabel comemora 40 anos de fundação

Com as atividades iniciadas em 1977, pelos irmãos Alcides e Antônio Graciano, em Novo Horizonte-SP, a companhia, que nasceu como destilaria, cresceu e comemora em 2017, 40 anos de história, contabilizando as obrigações quite em relação às novas normas de transporte canavieiro. Atualmente, com duas unidades, que devem moer seis milhões de toneladas de cana nesta safra, a empresa começou a investir no sistema de enlonamento logo no início das exigências do Contran.
“Fomos adaptando até conseguir implantar em toda a nossa frota o que ocorreu no início desta safra”, disse Agapito, contando que a área de colheita corresponde a quase 67 mil hectares, sendo 11 mil hectares referente a renovação.
Segundo ele, embora a maior parte do transporte da cana seja da usina (84% da cana da unidade de Nova Horizonte e 98% da unidade de Mendonça-SP é própria), contam com fornecedores que entregam a matéria-prima na esteira. “Tivemos que barrar alguns no início da temporada por não estarem de acordo com as normas, mas agora já está tudo nos eixos”, afirmou

GMEC completa 31 anos em novembro

Formado por profissionais da área de mecanização e de manutenção automotiva, o GMEC foi criado em outubro de 1986, com o intuito de propiciar um ambiente favorável para a troca de experiências entre os participantes e apresentação de sugestões de melhorias em processos e produtos para a mecanização da cana-de-açúcar. 
Atualmente, conta com 167 profissionais de 62 empresas ou grupos. Duas reuniões, uma na Usina São Martinho e outra durante a Fenasucro, antecedem a comemoração dos 31 anos de fundação do grupo, que acontecerá no dia 30 de novembro, com um seminário em Ribeirão Preto – SP.
Novas ações que influenciam no RH das empresas

Odiretor executivo do GERHAI, José Rui Darciso, ressaltou a importância dos gestores de RH e jurídico estarem integrados com todos os setores da usina porque no final “os problemas irão cair no colo de vocês do RH”, alertou, na ocasião, dando prosseguimento à programação que contou também com apresentação de Márcio Venturelli, coordenador do Comitê Técnico de Automação Industrial do CEISE Br e Odair Fantoni, especialista em eSocial.
Venturelli abordou a questão da indústria 4.0 e as alterações que ocorrerão nos ambientes de trabalho com a evolução digital. “As decisões serão tomadas baseadas em todas as variáveis. Isso vai trazer como benefício, a redução dos custos, economia e energia, aumento da segurança conservação ambiental, redução de erros, fim do desperdício, transparência nos negócios, aumento da qualidade de vida, personalização e escala sem precedentes”, analisou, destacando as competências em evidência para os novos tempos, que serão pautados pelo setor de serviços, o grande empregador do futuro.
“O profissional deverá ter pensamento crítico, ter criatividade, ser comunicativo, ser curioso, ter iniciativa, ser persistente, ter liderança, espírito de colaboração, ter domínio de um segundo idioma, ter consciência social e cultural, e é claro, ter caráter”, enfatizou.
Já Fantoni deu um panorama sobre a atual situação da implantação do eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas) a nova obrigação acessória, instituída pelo Governo, pela qual as empresas são obrigadas a prestar centenas de informações relacionadas ao ambiente de trabalho, simplificando o cumprimento das obrigações dos empregadores e melhorarando a qualidade das informações prestadas ao Estado. 
Segundo ele, a partir de 1º de agosto de 2017, as empresas poderão enviar arquivos testes e validar seus sistemas ao eSocial, que passa a ser obrigatório em janeiro de 2018, para empregadores e contribuintes com faturamento no ano de 2016 superior a R$78 milhões e em julho de 2018, para as demais empregadores e contribuintes.

Importância da biomassa na matriz elétrica

Abiomassa foi um dos principais assuntos debatidos durante a reunião anterior do grupo, realizada em maio. “Existe um grande potencial de crescimento da exportação de energia elétrica de biomassa com a área plantada existente.
O desafio é aumentar a eficiência com novos investimentos e novas práticas de operação”, afirmou Christiano Forman, diretor presidente da Albioma Participações do Brasil, ao explanar sobre o mercado de bioenergia a partir da biomassa. “As mudanças em curso no setor elétrico brasileiro devem reconhecer a biomassa como um dos elementos chave da matriz energética nacional do futuro, fundamental para cumprir os compromissos da COP 21”, disse o executivo.
A Albioma é uma empresa produtora independente de energia renovável, de origem francesa e tem como atividade principal cogeração à base de bagaço de cana-de-açúcar, que representa 90% de sua matéria-prima, sendo 10% gerada a partir de energia solar. “Temos 750 megawatts instalados de capacidade de geração de energia elétrica, o suficiente para abastecer, aproximadamente, três milhões de pessoas”, contou ele, afirmando que o Brasil é prioridade de atuação internacional de sua empresa.
A companhia tem três investimentos no país (Rio Pardo - Cerqueira César / SP; Codóra - Goianésia /GO e Vale do Paraná- Suzanópolis/SP), dois estão em operação e a terceira estação deverá iniciar suas atividades em janeiro de 2020 (Vale do Paraná).
Forman exaltou a sustentabilidade no sistema, ao ressaltar que, em 2016, a utilização da biomassa da cana poupou o equivalente a 15% de água nos reservatórios das hidrelétricas no submercado Sudeste/Centro-Oeste. “A geração de energia através da biomassa emite 31 kg CO2/MWh, 96% menos que fontes de carvão mineral e 52% menos que fontes de gás natural”, disse lembrando que entre 2007 e 2016 a capacidade de geração a partir do bagaço no Brasil teve um crescimento anual médio de 7%.
O diretor presidente da Albioma afirmou ainda a necessidade de aumentar o parque gerador no Brasil diante da demanda futura, embasada no plano decenal divulgado pelo Ministério de Minas e Energia prevê uma moagem de 841 MTC em 2024, valor 38% maior que a última safra brasileira (607 MTC). “A biomassa preenche todos os requisitos para ser protagonista nesta expansão: renovável, de baixo custo, despachável, próxima ao consumo. Mas os mecanismos de mercado devem reconhecer e precificar estes atributos de forma a viabilizar os investimentos necessários”, concluiu.
A 194ª reunião contou também com apresentação de Dimas Fausto, presidente da DimasTec, que deu um panorama sobre as tecnologias aplicadas na gestão de pessoas, afirmando que os relógios de pontos móveis têm se tornado tendência dentro das usinas e o uso de biometria (método tecnológico que permite reconhecer, verificar e identificar uma pessoa por meio de suas impressões digitais, que são únicas) tem sido outra quebra de paradigma naquele cenário conseguindo resultados muito bons.
Fez parte da programação ainda a palestra “Inteligência positiva... um diferencial competitivo”, apresentada por Wagner Campos, master Coach certificado pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) dos EUA. Campos trouxe uma reflexão baseada em conceitos científicos comprovados, dizendo que a forma de se comportar altera o estado de espírito, o lado emocional e a forma também de se pensar provocando emoções negativas e resultados improdutivos.
De acordo com o profissional, o uso de técnicas podem ser gatilhos para mudança de comportamento, já que muitos se apegam ao problema, sendo que o foco tem que ser, na verdade, no que queremos. “Se você não está feliz com o resultado que está tendo profissionalmente ou pessoalmente, a escolha foi sua. Temos a mania de dar justificativas, mas todos os resultados que nós temos, estão relacionados às nossas ações, aos nossos comportamentos.


Ter uma vida mais satisfatória e uma gestão mais produtiva exige um equilíbrio para que o resultado seja satisfatório”, explicou, dando como exemplo o comportamento de um gestor diante de seu subordinado.
“Para se conseguir a máxima performance no relacionamento com colaboradores, você precisa fazer pelo menos um elogio para cada sete cobrança ou advertências. Se você tem o hábito de só apontar defeitos, problemas e só faz cobranças, o rendimento será negativo, pois mostra que é uma pessoa que não valoriza nada. Se você excede na quantidade de elogios e reconhecimentos, você também vai ter um resultado que vai entrar em declínio, pois a tendência é do colaborador se acomodar já que sempre é elogiado e não vê necessidade de se esforçar, então é preciso se equilibrar”, ensinou.