Novas linhas de financiamento para Etanol 2G podem revigorar indústrias de base
02/04/2013
Etanol
POR: Rogério Mian - Agência UDOP de Notícias
Em entrevista à TV UDOP, o presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise BR), Antonio Eduardo Toniello Filho, defendeu a criação de uma linha de financiamento para novas tecnologias, como o etanol de segunda geração (Etanol 2G). Para ele, seria um primeiro passo para a retomada dos investimentos na recuperação das indústrias de base do setor bioenergético.
O presidente do Ceise BR destacou que a retomada dos investimentos, que pode ocorrer a partir desta safra, é muito esperada pelas indústrias de base. "Na minha posse (junto ao Ceise BR) em novembro (2012), eu destaquei que o crescimento nas usinas viriam, com moagem maior e mais produção de açúcar e etanol, e com isto a indústria de base voltaria a crescer", destacou Toniello Filho.
Na visão do representante das indústrias, as mesmas estão preparadas para atender a nova demanda que deve vir. "Com a crise enxugamos muito o nosso quadro de mão de obra, de custos, etc, e agora estamos muito mais preparados para receber estes investimentos, de forma muito mais consciente. No boom de 2007, 2008, crescemos muito desorganizados, e agora estamos mais preparados, mais estruturados para receber estes investimentos", afirmou o presidente do Ceise BR.
Toniello Filho destacou ainda que há dois anos não existem encomendas de novas usinas, e as indústrias de base se limitaram a trabalhar apenas três meses ao ano, durante o período de entressafra das usinas, quando muitos equipamentos são reparados ou substituídos. "Agora queremos equalizar nossa produção, nossos investimentos", disse.
Sob a principal reivindicação do Ceise BR junto ao governo federal, Toniello Filho destacou que a pauta das indústrias é semelhante a apresentada pelas usinas. "O que queremos é mais financiamentos na área de tecnologia, para investir no desenvolvimento de equipamentos mais modernos, para agregar valor às usinas, como é o caso do Etanol 2G. Pedimos bastante, através da Unica, da Orplana e da própria UDOP, para ter essa linha de recursos", finalizou.