O Brasil possui nível tecnológico suficiente para expandir o sorgo sacarino
28/11/2012
Geral
POR: Agência UDOP de Notícias
O setor bioenergético busca alternativas para reduzir o período ocioso nas usinas, principalmente na entressafra, que no Centro-Sul do Brasil pode configurar quatro meses com a usina parada. Uma alternativa para os produtores de etanol neste período, é a produção do biocombustível com o sorgo sacarino. Profissionais da Embrapa Milho e Sorgo, que desenvolvem pesquisas sobre o assunto, participaram do 5º Congresso Nacional da Bioenergia, e apresentaram dados animadores sobre estimativas e viabilidade do sorgo na produção do etanol.
"O Brasil tem experimentado principalmente nessas duas últimas safras uma expansão da cultura do sorgo sacarino. Nessa safra temos várias usinas experimentando o sorgo sacarino em escala comercial, o que tem demostrado a importância de uma genética nova e diferenciada para suportar altos rendimentos e principalmente nas área de cana, e algumas práticas agrícolas que podem potencializar a produtividade desse sorgo como uma cultura agroindustrial", explicação o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Frederico Durães.
Segundo o pesquisador, hoje o Brasil possui nível tecnológico mínimo e suficiente para expandir essa cultura com bases técnicas e econômicas bastante razoáveis já para a próxima safra. "Estamos bastante preocupados em definir um conceito mínimo de meta de referência, para que possa, além dos dados técnicos, mostrar uma economicidade razoável para amortizar custos fixos da usina nesse período de entressafra", diz.
Já existem algumas variedades do sorgo sacarino com altos rendimentos, mas as indústrias de sementes estão colocando novas genéticas. As estimativas para a próxima safra são boas e podem chegar a meta de 3 mil litros por hectare. "O setor é absolutamente competitivo e profissional, requer inovação tecnológica e, na questão do sorgo deve se dar na parte genética, ou seja, é um item de inovação hibrida sacarino de alta performance. Esperamos que o sorgo se insira e consiga expandir no setor bioenergético", completa Durães.
Greizi Ciotta Andrade