O lado tecnológico e responsável do agro

14/06/2019 Agronegócio POR: Revista Canavieiros
Por: Diana Nascimento
 
Entre os dias 20 a 22 de maio, aconteceu na sede da AEAARP (Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto), a 13ª Semana de Agricultura.
 
Com o tema Tecnologia no Agro e Responsabilidade Ambiental, as palestras abordaram as boas práticas no campo, o uso de tecnologias, a mecanização e o empreendedorismo.
 
No primeiro dia do evento, a Abag/RP (Associação Brasileira de Agronegócio - Ribeirão Preto) apresentou a sua campanha contra incêndios, enquanto Bruno Andrade, zootecnista da Pupa Tech, palestrou sobre o empreendedorismo na agronomia.
 
O engenheiro agrônomo da Canaoeste, Fábio Soldera, abriu a programação do segundo dia do evento ao elencar as boas práticas agrícolas para evitar incêndios e multas em lavouras canavieiras.
 
Soldera comentou, um a um, os critérios regulamentados na portaria CFB (Coordenadoria de Fiscalização da Biodiversidade) nº16/2017, que fiscaliza as propriedades rurais do Estado de São Paulo.  "Esses critérios são exclusivos para a cana-de-açúcar e quando um incêndio atinge uma propriedade com cana, eles são aplicados.
A criação dos critérios foi benéfica porque trouxe parâmetros para os produtores rurais saberem o que podem executar dentro de suas propriedades para não serem autuados", explicou, ao mencionar ainda o sistema de monitoramento via satélite adotado pela Canaoeste, o SOS Incêndios, uma parceria com a startup GMC.
 
Em seguida, o consultor da Markestrat, José Luis Coelho, falou sobre tendências e o desafio da mecanização agrícola na agricultura digital.
 
Coelho explicou que a principal função da mecanização é aumentar a produtividade da mão de obra. Disse ainda que estamos na 4ª Revolução Industrial, que conta com inovações como biotecnologia, IoT, robótica, veículos autônomos, nanotecnologia, armazenamento de energia, impressão em 3D, inteligência artificial e computação quântica. Tudo isso chegou à agricultura e são tendências da mecanização agrícola 4.0.
 
"Um dos maiores desafios do agro e do país é a infraestrutura básica. Temos tecnologias avançadas, mas o sistema não suporta, não é possível usufruir de toda essa tecnologia", enfatizou Coelho.
 
O terceiro e último dia da 13ª Semana de Agronomia contou com as apresentações da engenheira agrônoma e consultora técnica comercial da SmartBreeder, Ana Beatriz Campos Almeida Prado, e do engenheiro agrônomo e consultor da Cultivar Tecnologias e Serviços de Agronomia, Pedro Faria Júnior, seguida por uma mesa redonda que discutiu sobre os avanços no controle biológico e a Revolução 4.0 no campo.
 
Ana Beatriz mencionou que um novo monitoramento de pragas implica em maior rendimento operacional (20 mil ha monitorados/mês) realizado com o trabalho de apenas uma pessoa. Já Faria Júnior lembrou que 10 milhões de hectares já são tratados com o controle biológico nas culturas de soja, cana, café e algodão.