Sétimo candidato a deputado federal mais votado por São Paulo, com 254.051 votos, Antônio Duarte Nogueira Júnior (PSDB) se licenciou do cargo para assumir, no último dia 7 de janeiro, a Secretaria de Transportes e Logística do Estado de São Paulo. Presidente do PSDB paulista e credenciado
como uma das principais lideranças do partido no país, ele, que nasceu em Ribeirão Preto, é formado em Agronomia e já ocupou outras duas secretarias em governos tucanos – Habitação, na gestão de Mário Covas, e Agricultura, já com Alckmin –, tem, entre seus principais desafios, reduzir o impacto dos custos de logística sobre vários setores da economia paulista, como o agronegócio.
Para a região de Ribeirão Preto-SP, a maior produtora de cana-de-açúcar, açúcar e etanol do planeta, que enfrenta, em Sertãozinho-SP, uma crise sem precedentes na indústria de base atrelada ao setor, Nogueira destaca os investimentos em rodovias e na implantação do terminal internacional
de cargas no aeroporto Leite Lopes. Confira os principais trechos da entrevista, feita via e-mail:
Revista Canavieiros: O setor sucroenergético tem buscado alternativas
para minimizar os custos de logística e, consequentemente, aumentar a
competividade, como investimento em outros modais. Um exemplo é o ferroviário, que integra planos de grupos como São Martinho e Cosan, o que poderá impactar de forma significativa a cadeia canavieira. Como a Secretaria de Transportes e Logística enxerga e pode contribuir com essa investida?
Nogueira: O transporte ferroviário de cargas é de responsabilidade do Governo Federal. Porém, existe um projeto importante para o setor no Estado de São Paulo, que é a implantação do Ferroanel, que tangenciará a Região Metropolitana de São Paulo e irá interligar as regiões de Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba. O tramo Norte ligará as estações de Perus, em São Paulo, à estação Engenheiro Evangelista de Souza, em Parelheiros. O objetivo do empreendimento é segregar o tráfego ferroviário de cargas do de passageiros, proporcionar melhorias no transporte coletivo de passageiros sobre trilhos – CPTM –, administrado pela Secretaria de Transportes Metropolitano, e na qualidade de vida da população. O Governo Federal demonstrou interesse em contratar a DERSA, empresa de capital misto, vinculada à Secretaria Estadual de Logística e Transportes, para elaborar o projeto do tramo Norte. O Governo do Estado aguarda a manifestação da União para dar prosseguimento ao projeto.
Sétimo candidato a deputado federal mais votado por São Paulo, com 254.051 votos, Antônio Duarte Nogueira Júnior (PSDB) se licenciou do cargo para assumir, no último dia 7 de janeiro, a Secretaria de Transportes e Logística do Estado de São Paulo. Presidente do PSDB paulista e credenciado
como uma das principais lideranças do partido no país, ele, que nasceu em Ribeirão Preto, é formado em Agronomia e já ocupou outras duas secretarias em governos tucanos – Habitação, na gestão de Mário Covas, e Agricultura, já com Alckmin –, tem, entre seus principais desafios, reduzir o impacto dos custos de logística sobre vários setores da economia paulista, como o agronegócio.
Para a região de Ribeirão Preto-SP, a maior produtora de cana-de-açúcar, açúcar e etanol do planeta, que enfrenta, em Sertãozinho-SP, uma crise sem precedentes na indústria de base atrelada ao setor, Nogueira destaca os investimentos em rodovias e na implantação do terminal internacional
de cargas no aeroporto Leite Lopes. Confira os principais trechos da entrevista, feita via e-mail:
Revista Canavieiros: O setor sucroenergético tem buscado alternativas
para minimizar os custos de logística e, consequentemente, aumentar a
competividade, como investimento em outros modais. Um exemplo é o ferroviário, que integra planos de grupos como São Martinho e Cosan, o que poderá impactar de forma significativa a cadeia canavieira. Como a Secretaria de Transportes e Logística enxerga e pode contribuir com essa investida?
Nogueira: O transporte ferroviário de cargas é de responsabilidade do Governo Federal. Porém, existe um projeto importante para o setor no Estado de São Paulo, que é a implantação do Ferroanel, que tangenciará a Região Metropolitana de São Paulo e irá interligar as regiões de Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba. O tramo Norte ligará as estações de Perus, em São Paulo, à estação Engenheiro Evangelista de Souza, em Parelheiros. O objetivo do empreendimento é segregar o tráfego ferroviário de cargas do de passageiros, proporcionar melhorias no transporte coletivo de passageiros sobre trilhos – CPTM –, administrado pela Secretaria de Transportes Metropolitano, e na qualidade de vida da população. O Governo Federal demonstrou interesse em contratar a DERSA, empresa de capital misto, vinculada à Secretaria Estadual de Logística e Transportes, para elaborar o projeto do tramo Norte. O Governo do Estado aguarda a manifestação da União para dar prosseguimento ao projeto.
Revista Canavieiros: Algum projeto ou obra específica para a região de Ribeirão Preto, que beneficie o agronegócio como um todo e, de forma mais específica o setor da cana, do qual a região é maior produtora mundial, para reduzir os impactos da crise que assola essa cadeia?
Nogueira: O Governo do Estado, por meio do DER – Departamento de Estradas de Rodagem –, está investindo em obras viárias importantes para a região. Nas rodovias da região de Ribeirão Preto, entre 2011 e 2014, foram investidos R$ 659 milhões em 28 obras. Outros R$ 96,5 milhões foram destinados à realização de melhorias em 47 vicinais.
Atualmente, estão em andamento pelo DER obras de duplicação, recapeamento de pistas, pavimentação na Rodovia Abrão Assed [SP-333], duplicação e melhorias de trechos da Rodovia Cândido Portinari [SP-334], duplicação, melhorias e recapeamento de pistas na Rodovia Prefeito Fabio Talarico [SP-345] e construção de ponte sobre o Rio Pardo na Rodovia Dona Genoveva Lima de Carvalho Dias [SP-373].
Outra obra vital para a região de Ribeirão Preto foi a remodelação do Trevo Waldo Adalberto da Silveira, o maior em extensão do País, com investimento de R$ 120 milhões.
O trevo faz a interligação da Rodovia Anhanguera com a Avenida Presidente Castelo Branco, sentido Ribeirão Preto, e Rodovia Antônio Machado Sant’Anna [SP-255], sentido Araraquara; da Avenida Castelo Branco com a Rodovia Abrão Assed; e das rodovias Prefeito Antonio Duarte Nogueira [SP-322] e Antônio Machado Sant’Anna com a Anhanguera.
Tem 11, 8 mil metros de extensão, oito viadutos, 20 alças de acesso e retorno, além de passarela de pedestres, que permite também a travessia de ciclistas. Um empreendimento que beneficia mais de 1,5 milhão de moradores de Ribeirão Preto e cidades vizinhas, além de usuários das rodovias que passam pela região. O Estado também tem investido no setor aéreo.
No aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, administrado pelo Departamento Aeroviário do Estado, o Daesp, está em andamento a implantação do terminal internacional de cargas sob responsabilidade da empresa privada TEAD. Será o primeiro da rede administrada pelo Daesp a concorrer com o segmento internacional de cargas aéreas, hoje operado somente pela INFRAERO. Trata-se do principal aeroporto do Daesp e de maior movimentação.
O terminal de cargas vai aumentar a movimentação das atividades de aeronaves cargueiras e, com isso, trará novas oportunidades de negócios à cidade e região. Além disso, está previsto um pacote de obras estimado em R$ 443 milhões, que serão executadas pelos Governos Estadual e Federal e Prefeitura de Ribeirão Preto para ampliação do terminal de passageiros, construção do novo pátio de aeronaves, deslocamento da pista em 500 metros, implantação da passagem inferior na Avenida Tomaz Alberto Whately e adequação do sistema viário do entorno do aeroporto.
Os projetos das obras foram elaborados pelo DAESP em julho de 2013 e aprovados pela Secretaria de Aviação Civil, do Governo Federal,
em novembro de 2014.
Revista Canavieiros: Em relação à exportação de produtos do agronegócio, o Porto de Santos é o principal do País. E o local enfrenta uma série de problemas,
como necessidade de dragagem e dificuldades de acesso. Como o Governo do Estado pode interferir para melhorar essas questões?
Nogueira: O Porto de Santos é de responsabilidade do Governo Federal.
Mas o Estado realizou obras viárias importantes para melhorar o acesso ao
porto e o fluxo de veículos na região da Baixada Santista, no Sistema Anchieta/Imigrantes.
Em outubro de 2014, foi entregue o novo Anel Viário de Cubatão e a terceira faixa da Rodovia Cônego Domênico Rangoni [SP-55], com investimento total de R$ 392,6 milhões. A terceira faixa tem 16 quilômetros de extensão, sendo oito quilômetros por sentido, e amplia em 50% a capacidade de tráfego neste segmento. Também foi implantada, no km 7 da rodovia, uma faixa de desaceleração. A via permite uma nova ligação com a Avenida Santos Dumont e acesso à margem esquerda do Porto de Santos.
A estimativa é que cerca de 4.700 caminhões passem a usar o novo acesso
como alternativa à Rua do Adubo, no Guarujá. O novo acesso ao tráfego permitirá maior fluidez do trânsito e menos congestionamentos. Já o Anel Viário de Cubatão interliga as rodovias Anchieta [SP-150], Cônego Domênico Rangoni, Imigrantes [SP-160] e Padre Manoel da Nóbrega [SP-55]. Formado por seis viadutos e com extensão de 2,8 quilômetros, o Anel Viário Engenheiro Luiz Antonio Veiga Mesquita permite que os movimentos entre acessos e retornos
ocorram de forma ordenada. A obra inclui, ainda, uma faixa operacional
entre o km 271,4 e o 273,7.