A construção da fábrica da Jaguar Land Rover (JLR) no sul do Rio de Janeiro chegou à reta final e, após erguer os principais prédios, a montadora começa agora a instalar os equipamentos no local, onde são investidos R$ 750 milhões.
A expectativa é inaugurar o empreendimento no primeiro trimestre de 2016, mas, antes disso, os testes de produção, quando são montados protótipos dos veículos, devem ser iniciados até o fim deste ano.
Em paralelo às obras de sua primeira fábrica nas Américas e a única fora do Reino Unido 100% controlada pelo grupo já que na Índia e na China os carros da marca são produzidos em parceria com a Tata, de seu grupo controlador, e a Chery , a Jaguar Land Rover se prepara para ter uma estrutura maior no país.
Esse trabalho envolve expandir a rede de concessionárias, bem como buscar um novo local na capital paulista para abrigar tanto sua sede administrativa como o centro de treinamento dos revendedores e mecânicos da grife. Hoje, os diretores da filial estão baseados em Moema, na zona sul de São Paulo, enquanto o treinamento técnico é feito em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
De 38 lojas no fim do ano passado, o número de concessionárias, que vendem tanto Jaguar quanto Land Rover, chegou a 42 pontos e alcançará 46 revendas quando a fábrica estiver pronta. O plano de desenvolvimento da rede prevê a chegada a praças como Manaus (AM), a primeira na região Norte, junto com o avanço no Nordeste a partir de inaugurações em capitais como São Luís (MA) e Teresina (PI).
À frente da empreitada, Terry Hill, presidente da montadora na América Latina, reconhece que, diante da recessão que levou o consumo de veículos no Brasil ao pior resultado em oito anos, o mercado brasileiro levará mais tempo para alcançar as 5 milhões de unidades anuais previstas quando o grupo decidiu investir no país. Se em dezembro a empresa ainda apostava na conquista dessa marca até o fim da década, agora, o executivo avalia que o mais provável é que isso só aconteça cinco anos mais tarde, em 2025. Neste ano, as vendas de veículos leves no país não devem passar das 2,7 milhões de unidades, conforme projeções da Anfavea, que representa os fabricantes instalados no país.
Nada que abale, no entanto, a confiança na evolução do mercado premium, menos exposto à crise e que, nas contas de Hill, mais do que dobrará de tamanho no Brasil até 2020: saindo das 40 mil unidades, no ano passado, para 100 mil veículos. "Ainda estamos confiantes no crescimento da Jaguar Land Rover. Se você tem o produto certo, na hora certa, o consumidor vai se interessar", avalia o executivo, acrescentando que, a despeito da recessão, os fundamentos da economia brasileira seguem sólidos.
No julgamento da companhia, o "produto certo" para dar a arrancada na fábrica que está sendo erguida no município de Itatiaia é o Discovery Sport, um utilitário esportivo compacto, vendido no mercado brasileiro por preço a partir de R$ 183,1 mil. A empresa já informou que o carro montado no Brasil não terá valor diferente do que hoje é cobrado pelo modelo importado da fábrica de Liverpool, na Inglaterra. No Sul Fluminense, a JLR ainda terá um segundo modelo, mas de nome, por enquanto, não divulgado o Evoque, carro mais vendido pela marca no Brasil, é o mais cotado.
Para quebrar qualquer resistência ao produto nacional, Hill diz que a montadora tem a oferecer uma fábrica moderna, com padrão tecnológico superior até mesmo às linhas da matriz no Reino Unido, e um plano de revisões técnicas para cinco anos de uso do Discovery Sport ao custo de R$ 990. "Às vezes, acontece de o consumidor ter medo de comprar um carro nos primeiros meses de produção. No nosso caso, garanto que eles não terão que se preocupar com isso", afirma o presidente da Jaguar Land Rover na região.
À espera de novos acordos comerciais do Brasil com países como Colômbia e Peru, Hill diz que exportar os carros produzidos em Itatiaia a mercados vizinhos da América do Sul é uma possibilidade, mas que não há nenhum plano definido a esse respeito no momento. "Não planejamos a fábrica no Brasil para aproveitar oportunidades de exportação. A prioridade é o consumidor brasileiro".
Quando a fábrica estiver pronta, mais de 400 pessoas serão empregadas no local. Pouco menos da metade desse contingente já foi contratada e está sendo treinada em operações do grupo na Inglaterra para que sejam líderes dos futuros funcionários.
A Land Rover, que vendeu menos de 10 mil carros no Brasil no ano passado, terá capacidade de produzir 24 mil veículos em Itatiaia. Contudo, está hoje ainda muito distante desse patamar. Diferentemente das outras marcas premium que decidiram investir na produção local e comemoram recordes no mercado brasileiro casos de Audi, MercedesBenz e BMW , a Land Rover tem neste ano uma baixa de 11% no volume emplacado no país. Em 2014, suas vendas já tinham encolhido 12%.
A construção da fábrica da Jaguar Land Rover (JLR) no sul do Rio de Janeiro chegou à reta final e, após erguer os principais prédios, a montadora começa agora a instalar os equipamentos no local, onde são investidos R$ 750 milhões.
A expectativa é inaugurar o empreendimento no primeiro trimestre de 2016, mas, antes disso, os testes de produção, quando são montados protótipos dos veículos, devem ser iniciados até o fim deste ano.
Em paralelo às obras de sua primeira fábrica nas Américas e a única fora do Reino Unido 100% controlada pelo grupo já que na Índia e na China os carros da marca são produzidos em parceria com a Tata, de seu grupo controlador, e a Chery , a Jaguar Land Rover se prepara para ter uma estrutura maior no país.
Esse trabalho envolve expandir a rede de concessionárias, bem como buscar um novo local na capital paulista para abrigar tanto sua sede administrativa como o centro de treinamento dos revendedores e mecânicos da grife. Hoje, os diretores da filial estão baseados em Moema, na zona sul de São Paulo, enquanto o treinamento técnico é feito em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
De 38 lojas no fim do ano passado, o número de concessionárias, que vendem tanto Jaguar quanto Land Rover, chegou a 42 pontos e alcançará 46 revendas quando a fábrica estiver pronta. O plano de desenvolvimento da rede prevê a chegada a praças como Manaus (AM), a primeira na região Norte, junto com o avanço no Nordeste a partir de inaugurações em capitais como São Luís (MA) e Teresina (PI).
À frente da empreitada, Terry Hill, presidente da montadora na América Latina, reconhece que, diante da recessão que levou o consumo de veículos no Brasil ao pior resultado em oito anos, o mercado brasileiro levará mais tempo para alcançar as 5 milhões de unidades anuais previstas quando o grupo decidiu investir no país. Se em dezembro a empresa ainda apostava na conquista dessa marca até o fim da década, agora, o executivo avalia que o mais provável é que isso só aconteça cinco anos mais tarde, em 2025. Neste ano, as vendas de veículos leves no país não devem passar das 2,7 milhões de unidades, conforme projeções da Anfavea, que representa os fabricantes instalados no país.
Nada que abale, no entanto, a confiança na evolução do mercado premium, menos exposto à crise e que, nas contas de Hill, mais do que dobrará de tamanho no Brasil até 2020: saindo das 40 mil unidades, no ano passado, para 100 mil veículos. "Ainda estamos confiantes no crescimento da Jaguar Land Rover. Se você tem o produto certo, na hora certa, o consumidor vai se interessar", avalia o executivo, acrescentando que, a despeito da recessão, os fundamentos da economia brasileira seguem sólidos.
No julgamento da companhia, o "produto certo" para dar a arrancada na fábrica que está sendo erguida no município de Itatiaia é o Discovery Sport, um utilitário esportivo compacto, vendido no mercado brasileiro por preço a partir de R$ 183,1 mil. A empresa já informou que o carro montado no Brasil não terá valor diferente do que hoje é cobrado pelo modelo importado da fábrica de Liverpool, na Inglaterra. No Sul Fluminense, a JLR ainda terá um segundo modelo, mas de nome, por enquanto, não divulgado o Evoque, carro mais vendido pela marca no Brasil, é o mais cotado.
Para quebrar qualquer resistência ao produto nacional, Hill diz que a montadora tem a oferecer uma fábrica moderna, com padrão tecnológico superior até mesmo às linhas da matriz no Reino Unido, e um plano de revisões técnicas para cinco anos de uso do Discovery Sport ao custo de R$ 990. "Às vezes, acontece de o consumidor ter medo de comprar um carro nos primeiros meses de produção. No nosso caso, garanto que eles não terão que se preocupar com isso", afirma o presidente da Jaguar Land Rover na região.
À espera de novos acordos comerciais do Brasil com países como Colômbia e Peru, Hill diz que exportar os carros produzidos em Itatiaia a mercados vizinhos da América do Sul é uma possibilidade, mas que não há nenhum plano definido a esse respeito no momento. "Não planejamos a fábrica no Brasil para aproveitar oportunidades de exportação. A prioridade é o consumidor brasileiro".
Quando a fábrica estiver pronta, mais de 400 pessoas serão empregadas no local. Pouco menos da metade desse contingente já foi contratada e está sendo treinada em operações do grupo na Inglaterra para que sejam líderes dos futuros funcionários.
A Land Rover, que vendeu menos de 10 mil carros no Brasil no ano passado, terá capacidade de produzir 24 mil veículos em Itatiaia. Contudo, está hoje ainda muito distante desse patamar. Diferentemente das outras marcas premium que decidiram investir na produção local e comemoram recordes no mercado brasileiro casos de Audi, MercedesBenz e BMW , a Land Rover tem neste ano uma baixa de 11% no volume emplacado no país. Em 2014, suas vendas já tinham encolhido 12%.