A Odebrecht Agroindustrial comemorou a moagem de 4,1 milhões de toneladas de cana em agosto. As operações da empresa continuam amadurecendo e ainda há espaço para crescimento. Neste ano, a moagem deverá ficar entre 26 milhões e 27 milhões de toneladas.
Mas o foco está mudando. Diante de um cenário bem mais desafiador do que quando entrou no setor, a Odebrecht Agroindustrial quer priorizar a produtividade.
Com cana de menor adaptabilidade em algumas das regiões onde atua, a empresa desenvolverá, já no final desta safra, viveiros com novas variedades, em conjunto com o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).
Celso Ferreira, vice-presidente de Operações Agroindustriais e Engenharia, diz que há uma mudança de estratégia. A busca será por maior produtividade da cana, mais do que por um crescimento do volume disponível para a moagem.
Colheita de cana em Mirante do Paranapanema (SP); Odebrecht prioriza produtividade
A empresa será mais seletiva tanto no plantio como na renovação dos canaviais. Será uma expansão com avaliações de área por área. "Se a área confirmar retorno, poderemos avançar. Do contrário, poderemos até descartá-la", diz Ferreira.
"Estamos com 65 toneladas [de cana-de-açúcar] produzidas por hectare na safra 2014/15. Vamos para 70 toneladas em 2015/16 e para 74 toneladas por hectare na safra 2016/17", prevê ele.
Essa evolução é reflexo do investimento em novas fronteiras e em novas variedades de cana, além da implementação de novas práticas de plantio, automação agrícola –plantio com GPS em 100% da operação– e formação das equipes, afirma Ferreira.
A empresa espera atingir uma produtividade nas novas fronteiras próxima da registrada na região centro-sul.
Com 83% da cana moída destinada para a produção de etanol, a Odebrecht Agroindustrial estima atingir 1,85 bilhão de litros desse combustível nesta safra. Já a produção de açúcar deverá ser de 600 mil toneladas.
As lavouras disponíveis para a empresa, cuja produção própria de cana é de 80%, deverão terminar esta safra em 445 mil hectares. O objetivo é elevar a oferta de cana de terceiros para 40% nos próximos anos.
Avaliando um cenário para o próximo ano, Ferreira diz que a oferta de açúcar fica mais curta, o que deverá favorecer os preços.
Quanto ao etanol, ele diz que é essencial a volta da Cide (contribuição sobre combustíveis). "Caso contrário, o setor continuará sofrendo."
O governo zerou a alíquota da Cide, inibindo altas na gasolina. Um retorno dessa contribuição elevaria os preços do derivado de petróleo, dando margem maior para reajustes do etanol.
A sobrevivência das empresas do setor passa hoje por um olhar com lupa para os custos. Estes vêm tanto da alta dos insumos –fertilizantes, herbicidas e valor das terras– como da mão de obra, que vem sendo corrigida com percentuais acima dos da inflação, afirma Ferreira.
A Odebrecht Agroindustrial opera nove usinas nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Não está no foco da empresa novos investimentos industriais, mas apenas os necessários para a manutenção das operações, da segurança dos trabalhadores e da preservação ambiental, afirma Ferreira.
A Odebrecht Agroindustrial comemorou a moagem de 4,1 milhões de toneladas de cana em agosto. As operações da empresa continuam amadurecendo e ainda há espaço para crescimento. Neste ano, a moagem deverá ficar entre 26 milhões e 27 milhões de toneladas.
Mas o foco está mudando. Diante de um cenário bem mais desafiador do que quando entrou no setor, a Odebrecht Agroindustrial quer priorizar a produtividade.
Com cana de menor adaptabilidade em algumas das regiões onde atua, a empresa desenvolverá, já no final desta safra, viveiros com novas variedades, em conjunto com o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).
Celso Ferreira, vice-presidente de Operações Agroindustriais e Engenharia, diz que há uma mudança de estratégia. A busca será por maior produtividade da cana, mais do que por um crescimento do volume disponível para a moagem.
Colheita de cana em Mirante do Paranapanema (SP); Odebrecht prioriza produtividade
A empresa será mais seletiva tanto no plantio como na renovação dos canaviais. Será uma expansão com avaliações de área por área. "Se a área confirmar retorno, poderemos avançar. Do contrário, poderemos até descartá-la", diz Ferreira.
"Estamos com 65 toneladas [de cana-de-açúcar] produzidas por hectare na safra 2014/15. Vamos para 70 toneladas em 2015/16 e para 74 toneladas por hectare na safra 2016/17", prevê ele.
Essa evolução é reflexo do investimento em novas fronteiras e em novas variedades de cana, além da implementação de novas práticas de plantio, automação agrícola –plantio com GPS em 100% da operação– e formação das equipes, afirma Ferreira.
A empresa espera atingir uma produtividade nas novas fronteiras próxima da registrada na região centro-sul.
Com 83% da cana moída destinada para a produção de etanol, a Odebrecht Agroindustrial estima atingir 1,85 bilhão de litros desse combustível nesta safra. Já a produção de açúcar deverá ser de 600 mil toneladas.
As lavouras disponíveis para a empresa, cuja produção própria de cana é de 80%, deverão terminar esta safra em 445 mil hectares. O objetivo é elevar a oferta de cana de terceiros para 40% nos próximos anos.
Avaliando um cenário para o próximo ano, Ferreira diz que a oferta de açúcar fica mais curta, o que deverá favorecer os preços.
Quanto ao etanol, ele diz que é essencial a volta da Cide (contribuição sobre combustíveis). "Caso contrário, o setor continuará sofrendo."
O governo zerou a alíquota da Cide, inibindo altas na gasolina. Um retorno dessa contribuição elevaria os preços do derivado de petróleo, dando margem maior para reajustes do etanol.
A sobrevivência das empresas do setor passa hoje por um olhar com lupa para os custos. Estes vêm tanto da alta dos insumos –fertilizantes, herbicidas e valor das terras– como da mão de obra, que vem sendo corrigida com percentuais acima dos da inflação, afirma Ferreira.
A Odebrecht Agroindustrial opera nove usinas nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Não está no foco da empresa novos investimentos industriais, mas apenas os necessários para a manutenção das operações, da segurança dos trabalhadores e da preservação ambiental, afirma Ferreira.