ORPLANA comemora 40 anos em 2016

05/04/2016 Cana-de-Açúcar POR: Andréia Vital – Revista Canavieiros – Edição 117
O ano de 2015 foi um marco para a ORPLANA (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil). A implantação de uma reestruturação geral pautada por um plano estratégico com 19 projetos de melhoria deu início a um novo capítulo da organização, que comemora, este ano, quatro décadas.
Executado em etapas, o plano começou a traçar novos caminhos para a associação com a mudança de sua sede, de Piracicaba-SP para Ribeirão Preto-
-SP, entre outras iniciativas que deram nova roupagem à entidade.
À frente de sua administração na gestão 2013/2016, Manoel Carlos de Azevedo Ortolan explicou que a renovação estrutural visou oferecer aos seus associados uma entidade moderna e dinâmica, procurando sempre garantir um futuro seguro e rentável ao produtor de cana. Ortolan, que também administrou a ORPLANA entre 2001 a 2006, se despediu do cargo no dia 11 de março, durante AGO (Assembleia Geral Ordinária) quando ocorreu eleição para nova diretoria executiva e conselho fiscal.
“Encerramos mais um período na ORPLANA e posso dizer que o ponto marcante dessa administração foi o projeto de reestruturação da nossa casa, que vem sendo implementado com muito sucesso. O fruto dessa mudança já pode ser visto na motivação dos as sociados, na união, trabalho e presença nas ações realizadas. Com isso a ORPLANA ganha musculatura e, assim, mais forte, pode continuar no rumo que já foi traçado, implementando as iniciativas para estar mais próxima do fornecedor de cana-de-açúcar", afirmou o engenheiro agrônomo, ao passar o posto de presidente da organização para Eduardo Vasconcellos Romão. “Desejo que esta nova diretoria faça um bom trabalho e consolide a implantação da reestruturação. Sucesso para eles”, afirmou emocionado.
O ex-presidente da entidade, Ismael Perina, agradeceu Ortolan pela dedicação durante seu mandado, como também pela amizade e companheirismo ao longo dos últimos anos na luta pela melhora do setor. Também disse ao novo presidente que ele tem um grande desafio pela frente, mas não é motivo para desanimar. “Há de se aproveitar da experiência dos mais velhos e da vontade e garra dos mais novos e junto com a sua experiência levar adiante esta organização”, concluiu.
O professor Marcos Fava Neves, que esteve à frente do “Caminhos da Cana”, projeto que resultou no plano de reestruturação da entidade, também parabenizou o ex-presidente, dizendo ser ele o grande responsável por startar e incentivar a todos na busca pela modernização da associação. Opinião compartilhada com Roberto Cestari, presidente da Oricana (Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Orindiúva) e conselheiro da ORPLANA ao reforçar a importância do comprometimento de todos para vencer os obstáculos encontrados desde a criação da organização.
O novo presidente é engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP, especialista em logística empresarial pela UNESP Bauru (ver entrevista página 05) e presidente da Associacana (Associação dos Plantadores de Cana da Região de Jaú), onde realiza um trabalho muito valorizado pelos profissionais do setor, motivo pelo qual foi indicado para comandar a ORPLANA nos próximos anos. “Agradeço o apoio e confiança de vocês, a união e o fortalecimento da nossa associação serão as principais características dessa gestão”, afirmou Romão, que tem em sua equipe: Gustavo Rattes de Castro, como vice-presidente e Maria Christina Clemêncio Gonzaga Pacheco, como tesoureira.
Já o Conselho Fiscal é formado por Marcos Monazzi (Oricana); Pedro Sérgio Sanzovo (Associcana); Aldo Bellodi Neto, (Socicana); Armando Fábio de Abreu Nascimento Filho (Assovale); Tatiana Caiano Teixeira Campos Leite (Canasol) e Paulo Canesin (Canaoeste).
Novos rumos
O gestor executivo da ORPLANA, Celso Albano de Carvalho, coordenou a AGO (Assembleia Geral Ordinária), da qual participaram representantes de  boa parte das 33 associações – presentes em cinco Estados - que compõem a organização. O executivo destacou a melhora do segmento canavieiro, comentando que o projetado é que a produção dos 17.017 fornecedores associados representem 73 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no ciclo que se inicia em 01 de abril.
Albano aproveitou ainda para agradecer e parabenizar Ortolan pelo trabalho executado em sua gestão. “Perdi meu pai cedo e tenho duas pessoas que me espelho nesta vida devido à integridade e profissionalismo. Uma delas é o Manoel Ortolan, a outra o Plínio Nastari, por isso, foi muito importante e representativo poder trabalhar junto a você, Manoel”, disse ele, afirmando que “estamos todos empenhados em transformar a ORPLANA no maior e principal porta-voz do fornecedor de
cana, fortalecendo-os através da gestão profissionalizada, aprendizados compartilhados, posicionamento forte e decisivo junto a instituições e órgãos que interagimos”.
Para Albano, a transição foi tranquila, mostrando que as mudanças que a ORPLANA se predispôs a fazer seguem totalmente suas bases e o projeto que vem sendo seu norte de gestão fortalece sua imagem perante suas associações-membro.
De acordo com dados apresentados na ocasião, durante 2016 serão realizados diversos eventos a partir de Ribeirão Preto-SP percorrendo suas cinco macro-regionais com a terceira edição do Programa Caminhos da Cana, que desta vez, será mais “encorpado” contando com novas parcerias alinhavadas ano passado.
Também serão realizados painéis de Custos Agrícolas que alcançarão as 33 entidades associadas, numa base amostral de 450 fornecedores de cana/ano de forma acumulativa; curso de extensão em custos sucroenergéticos, gestão de sistemas mecanizados; mercado da cana. 
Além de cinco workshops regionais com a consultoria DATAGRO; curso de tópicos avançados em cana-de-açúcar, pelo Programa de Qualidade e Excelência, elaborado em conjunto com o Centro Cana – IAC; cursos intensivos em produção de mudas pré-brotadas; encontros de todos os técnicos das associações-membro alternadamente com CTC e IAC, buscando atualização e capacitação técnica e curso de entendimento e atualização na metodologia CONSECANA, em parceria com CEPEA/ESALQ/USP Piracicaba-SP.
“Criamos grupos e comitês de trabalho utilizando os próprios talentos profissionais das associações-membro, que iniciaram seus trabalhos em novembro passado. Os grupos são separados em técnico, jurídico, ambiental, relacionamento, comunicação e de indicadores. Assim, acreditamos em iniciarmos a implantação de mais cinco projetos a partir de 2016, ou seja, a ORPLANA começa uma nova fase de sua história, em pleno ano comemorativo de 40 anos”, encerrou Albano.
A programação da reunião contou ainda com a apresentação do professor Marcos Fava Neves sobre o cenário do setor, com balanço de 2015 e panorama atual.
Calcanhar de Aquiles  
“É preciso trabalhar com a base, fazê-la mais participativa e presente fortalecendo, assim, a entidade”, disse Maria Christina Pacheco, recém empossada tesoureira da nova gestão. Ela que também é presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Capivari-SP, tem uma história ligada à ORPLANA, tendo participado de outras diretorias, inclusive como vice--presidente da entidade. “Queriam ter na diretoria alguém que tivesse um pouco mais de conhecimento dos fatos do passado, da história da ORPLANA, pois o passado nos mostra caminhos que trilhamos que deram certo e os que não deram certo também, apontando um norte a seguir”, explicou ela.
Ao destacar alguns dos fatos mais relevantes envolvendo a ORPLANA desde a sua fundação, Christina foi taxativa. “Eu acho que nós tivemos muita coragem em criar o CONSECANA. Eu fiz parte de todos os momentos, desde a primeira reunião, do primeiro pensamento em sentar com o pessoal da indústria - a gente não tinha este costume - e juntos pensar em fazer alguma coisa que pudesse substituir o IAA (Instituto de Açúcar e Álcool) quando eles caíssem fora. Eu acho que isso foi um grande feito, foi um grande marco que internacionalmente é considerado como um sistema interessante”, elucidou, ponderando que há necessidades de mudança para continuar seu sucesso.
“Hoje o CONSECANA virou o nosso calcanhar de Aquiles já que não conseguimos atualizá-lo e isso é necessário, pois a realidade do setor agora é outra, ocorreram muitas mudanças, foram formados conglomerados, houve a entrada de capital estrangeiro com uma filosofia totalmente diferente, existem outros produtos, como o excedente do bagaço, enfim, este agora é o nosso grande desafio, atualizar o sistema”, finalizou.
Questões ambientais
Durante a reunião foram apresentadas ainda pelo advogado da Canaoeste, dr. Juliano Bortoloti, atualizações sobre fatos do protocolo ambiental, o qual prevê que as queimadas em áreas não mecanizáveis deverão ser abolidas até 2017 e sobre a convocação para audiência pública no dia 18 de abril feita pelo ministro Luiz Fox, do STF (Supremo Tribunal Federal) para discutir questões relativas ao novo Código Florestal.
O ministro é relator de quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs  4901, 4902, 4903 e 4937) contra dispositivos da Lei 12.651/2012 que alteraram o marco regulatório de proteção da flora e da vegetação nativa no Brasil.
As três primeiras foram organizadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) e a última pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
“O relator está tendencioso a dar incondicionalidade do código, o que significa que vamos perder alguns direitos de consolidar algumas áreas de produção, envolvendo áreas agrícolas de APPs e reserva legal”, explicou a dra. Helena Pinheiro Della Torre, do departamento jurídico da Assovale (Associação Rural Vale do Rio Pardo), na ocasião, alertando a necessidade de mobilização para reforçar as demandas do setor.
Rotina do processo
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, acredita não haver mudanças no marco regulatório. “Há muito tempo nós temos essas ADIs para serem julgadas e eu respeito a motivação. O próprio Ministério Público se mobilizou para apresentá-las, mas eu espero que nenhuma mudança ocorra, pois o novo Código Florestal está muito consolidado, em processo de implantação e aplicável sobre uma série de aspectos”, afirmou. 
Jardim ainda ressaltou que São Paulo tem também a sua legislação: o PRA (Programa de Regularização Ambiental) que consolidou diversos aspectos do código florestal e será implantado após o dia 5 de maio, quando se encerra o prazo para preenchimento do CAR (Cadastro Ambiental Rural).
O ano de 2015 foi um marco para a ORPLANA (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil). A implantação de uma reestruturação geral pautada por um plano estratégico com 19 projetos de melhoria deu início a um novo capítulo da organização, que comemora, este ano, quatro décadas.

 
Executado em etapas, o plano começou a traçar novos caminhos para a associação com a mudança de sua sede, de Piracicaba-SP para Ribeirão Preto--SP, entre outras iniciativas que deram nova roupagem à entidade.
 
À frente de sua administração na gestão 2013/2016, Manoel Carlos de Azevedo Ortolan explicou que a renovação estrutural visou oferecer aos seus associados uma entidade moderna e dinâmica, procurando sempre garantir um futuro seguro e rentável ao produtor de cana. Ortolan, que também administrou a ORPLANA entre 2001 a 2006, se despediu do cargo no dia 11 de março, durante AGO (Assembleia Geral Ordinária) quando ocorreu eleição para nova diretoria executiva e conselho fiscal.

 
“Encerramos mais um período na ORPLANA e posso dizer que o ponto marcante dessa administração foi o projeto de reestruturação da nossa casa, que vem sendo implementado com muito sucesso. O fruto dessa mudança já pode ser visto na motivação dos as sociados, na união, trabalho e presença nas ações realizadas. Com isso a ORPLANA ganha musculatura e, assim, mais forte, pode continuar no rumo que já foi traçado, implementando as iniciativas para estar mais próxima do fornecedor de cana-de-açúcar", afirmou o engenheiro agrônomo, ao passar o posto de presidente da organização para Eduardo Vasconcellos Romão. “Desejo que esta nova diretoria faça um bom trabalho e consolide a implantação da reestruturação. Sucesso para eles”, afirmou emocionado.

 
O ex-presidente da entidade, Ismael Perina, agradeceu Ortolan pela dedicação durante seu mandado, como também pela amizade e companheirismo ao longo dos últimos anos na luta pela melhora do setor. Também disse ao novo presidente que ele tem um grande desafio pela frente, mas não é motivo para desanimar. “Há de se aproveitar da experiência dos mais velhos e da vontade e garra dos mais novos e junto com a sua experiência levar adiante esta organização”, concluiu.

 
O professor Marcos Fava Neves, que esteve à frente do “Caminhos da Cana”, projeto que resultou no plano de reestruturação da entidade, também parabenizou o ex-presidente, dizendo ser ele o grande responsável por startar e incentivar a todos na busca pela modernização da associação. Opinião compartilhada com Roberto Cestari, presidente da Oricana (Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Orindiúva) e conselheiro da ORPLANA ao reforçar a importância do comprometimento de todos para vencer os obstáculos encontrados desde a criação da organização.

 
O novo presidente é engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP, especialista em logística empresarial pela UNESP Bauru (ver entrevista página 05) e presidente da Associcana (Associação dos Plantadores de Cana da Região de Jaú), onde realiza um trabalho muito valorizado pelos profissionais do setor, motivo pelo qual foi indicado para comandar a ORPLANA nos próximos anos. “Agradeço o apoio e confiança de vocês, a união e o fortalecimento da nossa associação serão as principais características dessa gestão”, afirmou Romão, que tem em sua equipe: Gustavo Rattes de Castro, como vice-presidente e Maria Christina Clemêncio Gonzaga Pacheco, como tesoureira.

 
Já o Conselho Fiscal é formado por Marcos Monazzi (Oricana); Pedro Sérgio Sanzovo (Associcana); Aldo Bellodi Neto, (Socicana); Armando Fábio de Abreu Nascimento Filho (Assovale); Tatiana Caiano Teixeira Campos Leite (Canasol) e Paulo Canesin (Canaoeste).

 
Novos rumos

 
O gestor executivo da ORPLANA, Celso Albano de Carvalho, coordenou a AGO (Assembleia Geral Ordinária), da qual participaram representantes de  boa parte das 33 associações – presentes em cinco Estados - que compõem a organização. O executivo destacou a melhora do segmento canavieiro, comentando que o projetado é que a produção dos 17.017 fornecedores associados representem 73 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no ciclo que se inicia em 01 de abril.
 
Albano aproveitou ainda para agradecer e parabenizar Ortolan pelo trabalho executado em sua gestão. “Perdi meu pai cedo e tenho duas pessoas que me espelho nesta vida devido à integridade e profissionalismo. Uma delas é o Manoel Ortolan, a outra o Plínio Nastari, por isso, foi muito importante e representativo poder trabalhar junto a você, Manoel”, disse ele, afirmando que “estamos todos empenhados em transformar a ORPLANA no maior e principal porta-voz do fornecedor de cana, fortalecendo-os através da gestão profissionalizada, aprendizados compartilhados, posicionamento forte e decisivo junto a instituições e órgãos que interagimos”.
 
Para Albano, a transição foi tranquila, mostrando que as mudanças que a ORPLANA se predispôs a fazer seguem totalmente suas bases e o projeto que vem sendo seu norte de gestão fortalece sua imagem perante suas associações-membro.

 
De acordo com dados apresentados na ocasião, durante 2016 serão realizados diversos eventos a partir de Ribeirão Preto-SP percorrendo suas cinco macro-regionais com a terceira edição do Programa Caminhos da Cana, que desta vez, será mais “encorpado” contando com novas parcerias alinhavadas ano passado.

 
Também serão realizados painéis de Custos Agrícolas que alcançarão as 33 entidades associadas, numa base amostral de 450 fornecedores de cana/ano de forma acumulativa; curso de extensão em custos sucroenergéticos, gestão de sistemas mecanizados; mercado da cana. 

 
Além de cinco workshops regionais com a consultoria DATAGRO; curso de tópicos avançados em cana-de-açúcar, pelo Programa de Qualidade e Excelência, elaborado em conjunto com o Centro Cana – IAC; cursos intensivos em produção de mudas pré-brotadas; encontros de todos os técnicos das associações-membro alternadamente com CTC e IAC, buscando atualização e capacitação técnica e curso de entendimento e atualização na metodologia CONSECANA, em parceria com CEPEA/ESALQ/USP Piracicaba-SP.

 
“Criamos grupos e comitês de trabalho utilizando os próprios talentos profissionais das associações-membro, que iniciaram seus trabalhos em novembro passado. Os grupos são separados em técnico, jurídico, ambiental, relacionamento, comunicação e de indicadores. Assim, acreditamos em iniciarmos a implantação de mais cinco projetos a partir de 2016, ou seja, a ORPLANA começa uma nova fase de sua história, em pleno ano comemorativo de 40 anos”, encerrou Albano.

 
A programação da reunião contou ainda com a apresentação do professor Marcos Fava Neves sobre o cenário do setor, com balanço de 2015 e panorama atual.

 
Calcanhar de Aquiles  

 
“É preciso trabalhar com a base, fazê-la mais participativa e presente fortalecendo, assim, a entidade”, disse Maria Christina Pacheco, recém empossada tesoureira da nova gestão. Ela que também é presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Capivari-SP, tem uma história ligada à ORPLANA, tendo participado de outras diretorias, inclusive como vice--presidente da entidade. “Queriam ter na diretoria alguém que tivesse um pouco mais de conhecimento dos fatos do passado, da história da ORPLANA, pois o passado nos mostra caminhos que trilhamos que deram certo e os que não deram certo também, apontando um norte a seguir”, explicou ela.

 
Ao destacar alguns dos fatos mais relevantes envolvendo a ORPLANA desde a sua fundação, Christina foi taxativa. “Eu acho que nós tivemos muita coragem em criar o CONSECANA. Eu fiz parte de todos os momentos, desde a primeira reunião, do primeiro pensamento em sentar com o pessoal da indústria - a gente não tinha este costume - e juntos pensar em fazer alguma coisa que pudesse substituir o IAA (Instituto de Açúcar e Álcool) quando eles caíssem fora. Eu acho que isso foi um grande feito, foi um grande marco que internacionalmente é considerado como um sistema interessante”, elucidou, ponderando que há necessidades de mudança para continuar seu sucesso.

 
“Hoje o CONSECANA virou o nosso calcanhar de Aquiles já que não conseguimos atualizá-lo e isso é necessário, pois a realidade do setor agora é outra, ocorreram muitas mudanças, foram formados conglomerados, houve a entrada de capital estrangeiro com uma filosofia totalmente diferente, existem outros produtos, como o excedente do bagaço, enfim, este agora é o nosso grande desafio, atualizar o sistema”, finalizou.

 
Questões ambientais

 
Durante a reunião foram apresentadas ainda pelo advogado da Canaoeste, dr. Juliano Bortoloti, atualizações sobre fatos do protocolo ambiental, o qual prevê que as queimadas em áreas não mecanizáveis deverão ser abolidas até 2017 e sobre a convocação para audiência pública no dia 18 de abril feita pelo ministro Luiz Fox, do STF (Supremo Tribunal Federal) para discutir questões relativas ao novo Código Florestal.

 
O ministro é relator de quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs  4901, 4902, 4903 e 4937) contra dispositivos da Lei 12.651/2012 que alteraram o marco regulatório de proteção da flora e da vegetação nativa no Brasil.

 
As três primeiras foram organizadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) e a última pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

 
“O relator está tendencioso a dar incondicionalidade do código, o que significa que vamos perder alguns direitos de consolidar algumas áreas de produção, envolvendo áreas agrícolas de APPs e reserva legal”, explicou a dra. Helena Pinheiro Della Torre, do departamento jurídico da Assovale (Associação Rural Vale do Rio Pardo), na ocasião, alertando a necessidade de mobilização para reforçar as demandas do setor.

 
Rotina do processo

 
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, acredita não haver mudanças no marco regulatório. “Há muito tempo nós temos essas ADIs para serem julgadas e eu respeito a motivação. O próprio Ministério Público se mobilizou para apresentá-las, mas eu espero que nenhuma mudança ocorra, pois o novo Código Florestal está muito consolidado, em processo de implantação e aplicável sobre uma série de aspectos”, afirmou. 

 
Jardim ainda ressaltou que São Paulo tem também a sua legislação: o PRA (Programa de Regularização Ambiental) que consolidou diversos aspectos do código florestal e será implantado após o dia 5 de maio, quando se encerra o prazo para preenchimento do CAR (Cadastro Ambiental Rural).