Os três dígitos vistos de todos os ângulos
24/05/2019
Agronegócio
POR: Revista Canavieiros
Por: Marino Guerra
Nos dias 20 e 21 de março, Piracicaba foi mais uma vez palco da nona edição do Tecnocana (Encontro Tecnológico da Cultura da Cana-de-Açúcar), evento que se caracterizou pelo alto nível de seus palestrantes, os quais relacionaram técnicas de suas áreas específicas de conhecimento com o tão aguardado ganho de produtividade que a cana-de-açúcar tanto precisa.
Representando a área acadêmica, o professor da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), Gaspar Korndorfer, fez uma importante apresentação ao mostrar a importância no uso correto do calcário com o objetivo de utilizá-lo como ferramenta auxiliar no desenvolvimento radicular das plantas e, consequentemente, aumentar a sua capacidade de captar água no solo.
Problema que, segundo o professor da Esalqe um dos maiores nomes da agrometeorologia brasileira, Paulo César Sentelhas, será muito menor em 2019 se comparada com a seca de 2018, quando ele apontou para um outono e inverno com chuvas dentro ou até acima da média histórica.
Ainda no mundo universitário, representando a Unesp de Botucatu e o maravilhoso trabalho de estudos de herbicidas que lá acontece, o professor Caio Carbonari falou sobre a capacidade do herbicida Tractorem atravessar a palha da cana-de-açúcar.
Muitos consultores também contribuíram com seus conhecimentos como o José Francisco Garcia, da Global da Cana, que apresentou um caso interessante de inserção de armadilha para a contagem de infestação de broca. Já o especialista em irrigação, Osvaldo Arce de Brito, falou sobre os diferentes métodos de aplicação de vinhaça.
Uma conversa que será um pouco mais prolongada surgiu na apresentação do fornecedor de cana de Campo Florido-MG, Daine Frangiosi. Ele foi firme em sua opinião técnica sobre não aplicar nitrogênio foliar, pois o nutriente afeta a qualidade das folhas.
É impossível transcrever todo o conhecimento transferido ao longo de um dia e meio de evento, contudo a Revista Canavieiros destaca os principais fatos nas páginas seguintes. Mas antes é preciso lembrar que em agricultura não existem técnicas absolutas. Então, antes de concluiralgo, procurepor colegas e agrônomos (inclusive alguns da Canaoeste que estiveram presentes na ocasião) e troque ideias sobre o fato.
Só não pode, como disse o diretor do Centro de Cana do IAC, Marcos Landell,em sua apresentação: “Se acomodar nas 80 toneladas de cana por hectare”.