Para Arnaldo Jardim, mudança no cenário político é decisiva para retomada do setor sucroenergético

29/08/2016 Cana-de-Açúcar POR: Governo do Estado de São Paulo
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, afirmou que a mudança no Governo Federal deve promover uma retomada definitiva do setor sucroenergético brasileiro. Para Arnaldo Jardim, a mudança de comando no executivo nacional traz melhores perspectivas para o etanol, o açúcar e a geração de energia por meio da cana. As declarações foram dadas durante o VI Seminário de Bioeletricidade Ceise BR|Unica, no dia 24 de agosto, em Sertãozinho.
De acordo com Jardim, nos dois governos federais anteriores, o fomento ao setor não era uma prioridade, com, inclusive, ações contra o desenvolvimento sucroenergético, como leilões de bioenergia sem condições justas de competitividade com a hidroeletricidade e artificialismo no preço da gasolina em detrimento do etanol.
O secretário afirmou que “as coisas patinaram durante um bom período. Mas a novidade agora é esta mudança política com reiteradas manifestações do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, de que um ajuste necessário virá. É uma nova disposição e uma nova postura”. Esta nova visão política, para Arnaldo Jardim, multiplicará o entusiasmo dos profissionais envolvidos na cadeia produtiva da cana.
O discurso otimista foi apoiado pela sinalização dada pelo representante do Ministério no evento, Márcio Félix, secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis. “Vejo no Brasil vibrante e pujante, uma cana-de-açúcar que está esperando para germinar. Nós do Ministério estamos comprometidos com esse desafio”, apontou, anunciando ainda que espera, até o fim do ano, “discutir e definir um conjunto de medidas que orientem o setor sobre seu papel, que é extremamente relevante”.
De acordo com Elizabeth Farina, presidente da Unica, apenas 16% deste potencial é utilizado. “Precisamos agora tirar do papel o potencial da biomassa. Podemos ir muito além”, afirma. Ela enumerou que em 2015 a biomassa gerou 20 terawatts para o setor sucroenergético, representando uma economia de 14% de água (usada para a produção de hidroeletricidade) em tempos de seca.
A prospecção da Unica é que o Brasil seja capaz de gerar com a biomassa da cana nada menos do que duas vezes a capacidade da hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo. Mas para isso faltariam incentivos do Governo Federal com medidas que facilitem a produção, a transmissão e a venda deste tipo de energia.
A dependência de incentivos do governo, no entanto, foi criticada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “O Brasil moderno precisa socorrer, olhar e cuidar em determinados momentos, mas ser permanentemente protecionista acho que não é o caminho correto”, declarou o ministro. Ele ainda completou: "Subsídio atrai incompetência em algumas áreas, não permite que os setores ganhem pela competitividade".
Ainda assim, o presidente do Ceise, Paulo Roberto Gallo, percebe com otimismo a troca de chefes do executivo nacional. “A questão energética tem que ser trabalhada em nível de Governo Federal, mas a conversa com o governo anterior não era amistosa”, lamentou, completando que “agora respiramos novos ares com este novo governo, há uma luz vinda de Brasília”.
Uma das mudanças esperadas é nos leilões de energia, que atualmente colocam lado a lado as produzidas pela água, pelo carvão, pela biomassa e pelo sol. Mas os custos de produção e transmissão não são os mesmos, o que eliminaria uma competitividade justa. 
 
 
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, afirmou que a mudança no Governo Federal deve promover uma retomada definitiva do setor sucroenergético brasileiro. Para Arnaldo Jardim, a mudança de comando no executivo nacional traz melhores perspectivas para o etanol, o açúcar e a geração de energia por meio da cana. As declarações foram dadas durante o VI Seminário de Bioeletricidade Ceise BR|Unica, no dia 24 de agosto, em Sertãozinho.
De acordo com Jardim, nos dois governos federais anteriores, o fomento ao setor não era uma prioridade, com, inclusive, ações contra o desenvolvimento sucroenergético, como leilões de bioenergia sem condições justas de competitividade com a hidroeletricidade e artificialismo no preço da gasolina em detrimento do etanol.

O secretário afirmou que “as coisas patinaram durante um bom período. Mas a novidade agora é esta mudança política com reiteradas manifestações do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, de que um ajuste necessário virá. É uma nova disposição e uma nova postura”. Esta nova visão política, para Arnaldo Jardim, multiplicará o entusiasmo dos profissionais envolvidos na cadeia produtiva da cana.
O discurso otimista foi apoiado pela sinalização dada pelo representante do Ministério no evento, Márcio Félix, secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis. “Vejo no Brasil vibrante e pujante, uma cana-de-açúcar que está esperando para germinar. Nós do Ministério estamos comprometidos com esse desafio”, apontou, anunciando ainda que espera, até o fim do ano, “discutir e definir um conjunto de medidas que orientem o setor sobre seu papel, que é extremamente relevante”.
De acordo com Elizabeth Farina, presidente da Unica, apenas 16% deste potencial é utilizado. “Precisamos agora tirar do papel o potencial da biomassa. Podemos ir muito além”, afirma. Ela enumerou que em 2015 a biomassa gerou 20 terawatts para o setor sucroenergético, representando uma economia de 14% de água (usada para a produção de hidroeletricidade) em tempos de seca.
A prospecção da Unica é que o Brasil seja capaz de gerar com a biomassa da cana nada menos do que duas vezes a capacidade da hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo. Mas para isso faltariam incentivos do Governo Federal com medidas que facilitem a produção, a transmissão e a venda deste tipo de energia.

 
A dependência de incentivos do governo, no entanto, foi criticada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “O Brasil moderno precisa socorrer, olhar e cuidar em determinados momentos, mas ser permanentemente protecionista acho que não é o caminho correto”, declarou o ministro. Ele ainda completou: "Subsídio atrai incompetência em algumas áreas, não permite que os setores ganhem pela competitividade".
Ainda assim, o presidente do Ceise, Paulo Roberto Gallo, percebe com otimismo a troca de chefes do executivo nacional. “A questão energética tem que ser trabalhada em nível de Governo Federal, mas a conversa com o governo anterior não era amistosa”, lamentou, completando que “agora respiramos novos ares com este novo governo, há uma luz vinda de Brasília”.
Uma das mudanças esperadas é nos leilões de energia, que atualmente colocam lado a lado as produzidas pela água, pelo carvão, pela biomassa e pelo sol. Mas os custos de produção e transmissão não são os mesmos, o que eliminaria uma competitividade justa.