Para Febraban, melhora vem após PEC dos gastos

05/10/2016 Economia POR: Valor
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, afirmou que o Brasil está em processo de saída da recessão econômica, com melhoras em uma série de indicadores antecedentes e de confiança. Ele condicionou o avanço, porém, à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos.
"O Brasil vai sair da recessão neste trimestre e a economia vai crescer no ano que vem", disse, em entrevista, após evento em São Paulo. 
Portugal disse estar otimista sobre as chances de aprovação da PEC dos gastos e reforçou a necessidade de que ela seja aprovada "da forma como foi mandada ao Congresso". "A PEC é uma medida inteligente e adequada", disse.
Para Portugal, a recuperação da economia brasileira será "gradual e irregular", mas a tendência de melhora é clara. "Já vimos mudanças positivas em dados reais", disse, mencionando o avanço do componente de investimento na divulgação mais recente do Produto Interno Bruto (PIB). Outros sinais positivos incluem melhora da confiança e de indicadores financeiros, como o CDS e a taxa de câmbio. 
Já a recuperação do crédito deve acontecer com uma defasagem em relação à recuperação da economia, afirma Portugal. "O crédito vai voltar a crescer, mas de forma gradual. O nível de endividamento das famílias ainda é um pouco elevado", disse. Para ele, haverá crescimento de crédito no ano que vem. 
Sobre inadimplência, o executivo afirmou que houve estabilização nos últimos meses e que os bancos brasileiros têm agido de forma pró¬ativa em renegociações de operações de crédito. 
Portugal também falou sobre a multiplicação de empresas de tecnologia financeira, as "fintechs", no país. "Do tamanho que são agora, não representam desafio concorrencial para os bancos", disse. Para ele, as "fintechs" terão papel importante em reforçar a necessidade de mudanças em aspectos da regulação financeira do país. 
Também presente ao evento, Otávio Damaso, diretor de regulação do Banco Central, afirmou que, embora tenham modelos de negócio interessantes, as "fintechs" terão de se provar rentáveis. "Temos visto modelos de negócio que buscam nichos e que trazem algum tipo de inovação na parte de análise de relacionamento e de crédito", afirmou. "Isso tem grande potencial de revolucionar o crédito, em particular na expansão para segmentos que não tiveram acesso ao crédito", acrescentou, citando como exemplo o crédito para micro e pequenas empresas.
Por Felipe Marques
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, afirmou que o Brasil está em processo de saída da recessão econômica, com melhoras em uma série de indicadores antecedentes e de confiança. Ele condicionou o avanço, porém, à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos.
"O Brasil vai sair da recessão neste trimestre e a economia vai crescer no ano que vem", disse, em entrevista, após evento em São Paulo. 
Portugal disse estar otimista sobre as chances de aprovação da PEC dos gastos e reforçou a necessidade de que ela seja aprovada "da forma como foi mandada ao Congresso". "A PEC é uma medida inteligente e adequada", disse.
Para Portugal, a recuperação da economia brasileira será "gradual e irregular", mas a tendência de melhora é clara. "Já vimos mudanças positivas em dados reais", disse, mencionando o avanço do componente de investimento na divulgação mais recente do Produto Interno Bruto (PIB). Outros sinais positivos incluem melhora da confiança e de indicadores financeiros, como o CDS e a taxa de câmbio. 
Já a recuperação do crédito deve acontecer com uma defasagem em relação à recuperação da economia, afirma Portugal. "O crédito vai voltar a crescer, mas de forma gradual. O nível de endividamento das famílias ainda é um pouco elevado", disse. Para ele, haverá crescimento de crédito no ano que vem. 
Sobre inadimplência, o executivo afirmou que houve estabilização nos últimos meses e que os bancos brasileiros têm agido de forma pró¬ativa em renegociações de operações de crédito. 
Portugal também falou sobre a multiplicação de empresas de tecnologia financeira, as "fintechs", no país. "Do tamanho que são agora, não representam desafio concorrencial para os bancos", disse. Para ele, as "fintechs" terão papel importante em reforçar a necessidade de mudanças em aspectos da regulação financeira do país. 
Também presente ao evento, Otávio Damaso, diretor de regulação do Banco Central, afirmou que, embora tenham modelos de negócio interessantes, as "fintechs" terão de se provar rentáveis. "Temos visto modelos de negócio que buscam nichos e que trazem algum tipo de inovação na parte de análise de relacionamento e de crédito", afirmou. "Isso tem grande potencial de revolucionar o crédito, em particular na expansão para segmentos que não tiveram acesso ao crédito", acrescentou, citando como exemplo o crédito para micro e pequenas empresas.
Por Felipe Marques