Para produtores de cana, RIDESA apresenta novas variedades e laboratório voltado à transgenia

17/07/2013 Cana-de-Açúcar POR: Assessoria de imprensa RIDESA
Fornecedores de cana de várias regiões do Estado de São Paulo compareceram à Reunião Técnica da RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético) promovida no início de abril. O auditório do Centro de Ciências Agrárias da UfScar (Universidade Federal de São Carlos), localizado em Araras, SP, ficou lotado por produtores canavieiros sedentos por novidades tecnológicas. Participaram as 13 associações de fornecedores de cana vinculadas à Rede.
No evento, foram apresentadas as seis novas possíveis liberações de variedades da RIDESA: RB 975157, RB 975184, RB 975201, RB 975242, RB 975932 e RB 975952. “Apresentamos as variedades que serão liberadas e as recomendações de uso”, disse Hermann Paulo Hoffmann, coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) da UfScar. Inclusive foi publicado um boletim específico sobre as possíveis liberações. Os produtores de cana que participaram do evento tiveram, ainda, a oportunidade de visitar o campo de multiplicação de clones RB e ter explicações técnicas sobre cada uma das novas variedades.
Os fornecedores de cana presentes na reunião também conheceram a construção das novas instalações do laboratório do PMGCA. Acompanhados na visita por Monalisa Sampaio Carneiro, doutora em genética e melhoramento de planta da UfScar, os produtores ouviram detalhes sobre o projeto com muito interesse. 
Trata-se de um laboratório de pesquisa voltado à transgenia e aos marcadores moleculares em cana-de-açúcar, cuja construção deverá ser concluída em breve. “Essas novas instalações devem ampliar a capacidade de transformação genética de cana no âmbito da RIDESA”, afirma Monalisa. “Esperamos com ansiedade a chegada da cana transgênica até nós, produtores”, atestou durante o evento o gerente do Departamento Técnico da ASSOCANA (Associação dos Produtores de Cana da Região de Assis), Flávio dos Santos Teixeira. “Os fornecedores estão cada vez mais procurando por novas variedades, mas precisamos de materiais que nos ajudem contra pragas, doenças, que sejam mais produtivas e tenham bom comportamento com a mecanização”, explicou.
De acordo com Hermann, foi a primeira visita pública que receberam os prédios que estão sendo erguidos e preparados para receber as novas instalações do PMGCA. “É um projeto concretizado com recursos próprios, com a participação das usinas e dos produtores de cana”, pontua. 
DIFUSÃO DE CONHECIMENTO - Na reunião, foi divulgado o censo varietal dos canaviais de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, que indica que as variedades RB ocupam 63,2% da área de plantio e 59,7% da área de cultivo nos dois estados. 
O encontro técnico também foi oportunidade de os produtores atualizarem os conhecimentos sobre variedades através de diferentes palestras. Na primeira apresentação, Ismael Perina Junior, então presidente da Orplana (Associação dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul), destacou a importância do melhoramento genético para o desenvolvimento da produtividade dos canaviais brasileiros. “São essas pesquisas que vão garantir a nossa sobrevivência”, disse. “Esse programa de melhoramento tem como base buscar aumento de produtividade, qualidade dos materiais e a ele está relacionado o nosso futuro: apenas com novas variedades poderemos ter ganho de produtividade.”
Para ele, a predominância das variedades RB nos canaviais paulistas mostra o sucesso do programa. E os trabalhos dos pesquisadores da Rede tendem a ter importância cada vez maior para o setor. “Sofremos no passado com a falta de investimentos em programas de melhoramento, mas hoje, com parcerias público-privadas, com esse trabalho em sintonia entre a iniciativa privada e a universidade, poderemos acelerar o processo de criação de novas variedades e contribuir ainda mais com a cadeia”, afirmou. 
No evento, Gustavo Nogueira, gerente operacional da CANAOESTE, de Sertãozinho, e o agrônomo Reinaldo Abílio Municelli, da ASSOCAP, de Capivari, falaram sobre o uso das variedades RB nas suas respectivas associações. Para Nogueira, a diversificação do plantel varietal é fundamental para a atividade. “Mas sempre é necessário buscar variedades mais novas e sempre mais produtivas que as anteriores. A escolha da variedade correta e para cada área de plantio é um dos principais fatores do sucesso no nosso negócio.” 
Já Municelli destacou na reunião técnica o esforço da ASSOCAP em mostrar a importância de se adotar variedades adequadas para cada tipo de solo a fim de que se obtenha o melhor resultado econômico. “A maioria dos fornecedores não pratica a análise do solo, verifica o que o vizinho planta e pronto. Mas já está havendo uma mudança cultural. É lenta, mas não pode parar mais.”
Segundo Hermann, a avaliação da reunião técnica foi a melhor possível. “Tivemos oportunidade de apresentar todo o trabalho que temos feito.” Mas o encontro foi ainda mais positivo para os produtores de cana. “Todos estamos encantados com tudo que vimos aqui. Não é sempre que temos uma reunião como essa destinada a produtores rurais e fornecedores. Normalmente o fornecedor pega a variedade fornecida pela usina e fica nisso. Mas aqui estamos vendo toda tecnologia colocada para se desenvolver cada material”, avaliou João Bosco Baptistella, coordenador técnico da ASSOMOGI, de Leme. 
“De extrema importância”, disse Israel Doniseti Lavezzo, Secretário Municipal de Agricultura de Leme e associado da ASSOMOGI, ao falar sobre a importância da RIDESA para o setor sucroenergético nacional.  “Temos que ter um programa de melhoramento forte, com aporte de recursos de todos os envolvidos na cadeia para que possibilitemos melhores materiais.” Apenas assim, segundo ele, serão atendidos os grandes desafios dos produtores, como adaptação à colheita mecânica, resistência a pragas e doenças, maior produtividade. “Para isso, temos que incorporar as novas tecnologias. O que está em jogo é a nossa competitividade.” 
Fornecedores de cana de várias regiões do Estado de São Paulo compareceram à Reunião Técnica da RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético) promovida no início de abril. O auditório do Centro de Ciências Agrárias da UfScar (Universidade Federal de São Carlos), localizado em Araras, SP, ficou lotado por produtores canavieiros sedentos por novidades tecnológicas. Participaram as 13 associações de fornecedores de cana vinculadas à Rede.
No evento, foram apresentadas as seis novas possíveis liberações de variedades da RIDESA: RB 975157, RB 975184, RB 975201, RB 975242, RB 975932 e RB 975952. “Apresentamos as variedades que serão liberadas e as recomendações de uso”, disse Hermann Paulo Hoffmann, coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) da UfScar. Inclusive foi publicado um boletim específico sobre as possíveis liberações. Os produtores de cana que participaram do evento tiveram, ainda, a oportunidade de visitar o campo de multiplicação de clones RB e ter explicações técnicas sobre cada uma das novas variedades.
Os fornecedores de cana presentes na reunião também conheceram a construção das novas instalações do laboratório do PMGCA. Acompanhados na visita por Monalisa Sampaio Carneiro, doutora em genética e melhoramento de planta da UfScar, os produtores ouviram detalhes sobre o projeto com muito interesse. 
Trata-se de um laboratório de pesquisa voltado à transgenia e aos marcadores moleculares em cana-de-açúcar, cuja construção deverá ser concluída em breve. “Essas novas instalações devem ampliar a capacidade de transformação genética de cana no âmbito da RIDESA”, afirma Monalisa. “Esperamos com ansiedade a chegada da cana transgênica até nós, produtores”, atestou durante o evento o gerente do Departamento Técnico da ASSOCANA (Associação dos Produtores de Cana da Região de Assis), Flávio dos Santos Teixeira. “Os fornecedores estão cada vez mais procurando por novas variedades, mas precisamos de materiais que nos ajudem contra pragas, doenças, que sejam mais produtivas e tenham bom comportamento com a mecanização”, explicou.
De acordo com Hermann, foi a primeira visita pública que receberam os prédios que estão sendo erguidos e preparados para receber as novas instalações do PMGCA. “É um projeto concretizado com recursos próprios, com a participação das usinas e dos produtores de cana”, pontua. 
DIFUSÃO DE CONHECIMENTO - Na reunião, foi divulgado o censo varietal dos canaviais de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, que indica que as variedades RB ocupam 63,2% da área de plantio e 59,7% da área de cultivo nos dois estados. 
O encontro técnico também foi oportunidade de os produtores atualizarem os conhecimentos sobre variedades através de diferentes palestras. Na primeira apresentação, Ismael Perina Junior, então presidente da Orplana (Associação dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul), destacou a importância do melhoramento genético para o desenvolvimento da produtividade dos canaviais brasileiros. “São essas pesquisas que vão garantir a nossa sobrevivência”, disse. “Esse programa de melhoramento tem como base buscar aumento de produtividade, qualidade dos materiais e a ele está relacionado o nosso futuro: apenas com novas variedades poderemos ter ganho de produtividade.”
Para ele, a predominância das variedades RB nos canaviais paulistas mostra o sucesso do programa. E os trabalhos dos pesquisadores da Rede tendem a ter importância cada vez maior para o setor. “Sofremos no passado com a falta de investimentos em programas de melhoramento, mas hoje, com parcerias público-privadas, com esse trabalho em sintonia entre a iniciativa privada e a universidade, poderemos acelerar o processo de criação de novas variedades e contribuir ainda mais com a cadeia”, afirmou. 
No evento, Gustavo Nogueira, gerente operacional da CANAOESTE, de Sertãozinho, e o agrônomo Reinaldo Abílio Municelli, da ASSOCAP, de Capivari, falaram sobre o uso das variedades RB nas suas respectivas associações. Para Nogueira, a diversificação do plantel varietal é fundamental para a atividade. “Mas sempre é necessário buscar variedades mais novas e sempre mais produtivas que as anteriores. A escolha da variedade correta e para cada área de plantio é um dos principais fatores do sucesso no nosso negócio.” 
Já Municelli destacou na reunião técnica o esforço da ASSOCAP em mostrar a importância de se adotar variedades adequadas para cada tipo de solo a fim de que se obtenha o melhor resultado econômico. “A maioria dos fornecedores não pratica a análise do solo, verifica o que o vizinho planta e pronto. Mas já está havendo uma mudança cultural. É lenta, mas não pode parar mais.”
Segundo Hermann, a avaliação da reunião técnica foi a melhor possível. “Tivemos oportunidade de apresentar todo o trabalho que temos feito.” Mas o encontro foi ainda mais positivo para os produtores de cana. “Todos estamos encantados com tudo que vimos aqui. Não é sempre que temos uma reunião como essa destinada a produtores rurais e fornecedores. Normalmente o fornecedor pega a variedade fornecida pela usina e fica nisso. Mas aqui estamos vendo toda tecnologia colocada para se desenvolver cada material”, avaliou João Bosco Baptistella, coordenador técnico da ASSOMOGI, de Leme. 
“De extrema importância”, disse Israel Doniseti Lavezzo, Secretário Municipal de Agricultura de Leme e associado da ASSOMOGI, ao falar sobre a importância da RIDESA para o setor sucroenergético nacional.  “Temos que ter um programa de melhoramento forte, com aporte de recursos de todos os envolvidos na cadeia para que possibilitemos melhores materiais.” Apenas assim, segundo ele, serão atendidos os grandes desafios dos produtores, como adaptação à colheita mecânica, resistência a pragas e doenças, maior produtividade. “Para isso, temos que incorporar as novas tecnologias. O que está em jogo é a nossa competitividade.”