O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta quarta-feira (27) que espera fechar no primeiro trimestre de 2017 o processo de mudança no controle da BR Distribuidora, subisdiária da estatal dedicada ao transporte de combustíveis.
"Achamos que vamos estar recebendo as chamadas propostas vinculantes [das empresas interessadas no negócio] por volta do fim de novembro, dezembro, o que realmente sugere que o fechamento da transação vai se dar no primeiro trimestre do ano que vem, possivelmente", disse Parente a jornalistas depois de reunião com o presidente em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Na semana passada, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou alteração no modelo de venda de uma parte da BR Distribuidora. Pelo novo modelo, a Petrobras deverá compartilhar o controle de sua unidade de distribuição de combustíveis.
No ano passado, o conselho da companhia havia aprovado a venda de pelo menos 25% da unidade de distribuição de combustíveis da estatal. Em comunicado, a empresa informa que foram recebidas três propostas, que após análise, "não atenderam aos objetivos da Companhia". Com isso, o atual processo de venda foi encerrado.
No novo processo, a Petrobras deverá deter uma partipação de 49% no capital com direito a voto, mas ficará majoritária no capital total (acionistas com e sem direito a voto).
Temer
Segundo Pedro Parente, o presidente em exercício, Michel Temer, tinha uma "curiosidade especial" sobre os detalhes da venda de parte da BR Distribuidora, e que as principais questões foram esclarecidas.
"Nas ações ordinárias, de controle, o eventual parceiro [da Petrobras na distribuidora] ficará com 51% e nós com 49%, enquanto, no capital total, a gente ficará com a maioria [da participação], entre 60% e 75% do capital total", explicou.
"A ideia é que a gente preserve todos os objetivos estratégicos de uma empresa integrada como é o caso da Petrobras e que a gente possa aumentar o valor dessa transação para a própria Petrobras ao permitir a nova formação societária", acrescentou.
Parente afirmou ainda que Temer "entendeu" as explicações no encontro e deu "todo estímulo" para a Petrobras continuar o programa de parcerias. Segundo ele, com essas alternativas a estatal conseguirá aumentar os investimentos, "uma coisa que o presidente, naturalmente, considera extremamente relevante".
Planejamento estratégico
Segundo Pedro Parente, a Petrobras deverá apresentar em outubro um novo planejamento estratégico, com a previsão de investimentos e medidas que a estatal deverá adotar ao longo dos próximos meses e anos.
Ele não quis adiantar nenhuma medida atualmente discutida internamente na estatal, mas disse que, quando houver decisões, elas serão divulgadas.
O presidente da estatal acrescentou que esse planejamento servirá como o "guia" para o que a empresa deverá fazer para garantir o processo de parcerias e investimentos.
Questionado sobre se, nesse planejamento, haverá decisões da Petrobras sobre ampliar os investimentos na exploração de petróleo no exterior ou reforçar a exploração no Brasil, Pedro Parente alegou que somente o documento "poderá responder".
"Mas, a princípio, não temos definição em sair da exploração no exterior. O que pode haver é refocar, priorizar regiões e tudo mais, mas as respostas só [virão] com o planejamento estratégico", disse.
Pré-sal
Mais cedo nesta quarta, Parente se reuniu com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e defendeu, após o encontro, o projeto que altera as regras de exploração de petróleo na camada pré-sal (localizado em águas profundas).
Parente também negou ter discutido com Meirelles o reajuste da gasolina ou o aumento da CIDE, contribuição que incide sobre os combustíveis.
O projeto sobre o pré-sal, que já passou pelo Senado e aguarda votação na Câmara, acaba com a obrigação de a Petrobras participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração dessa camada. O projeto é de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), atual ministro das Relações Exteriores.
"É uma mudança que é fundamental para o país e para a empresa também. A empresa já se manifestou a favor e obviamente mantemos nossa posição. Achamos que, quanto antes for feito, melhor será porque vai proporcionar melhores condições de competição nos próximos leilões", declarou Parente a jornalistas após a reunião com Meirelles.
Filipe Matoso
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta quarta-feira (27) que espera fechar no primeiro trimestre de 2017 o processo de mudança no controle da BR Distribuidora, subisdiária da estatal dedicada ao transporte de combustíveis.
"Achamos que vamos estar recebendo as chamadas propostas vinculantes [das empresas interessadas no negócio] por volta do fim de novembro, dezembro, o que realmente sugere que o fechamento da transação vai se dar no primeiro trimestre do ano que vem, possivelmente", disse Parente a jornalistas depois de reunião com o presidente em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Na semana passada, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou alteração no modelo de venda de uma parte da BR Distribuidora. Pelo novo modelo, a Petrobras deverá compartilhar o controle de sua unidade de distribuição de combustíveis.
No ano passado, o conselho da companhia havia aprovado a venda de pelo menos 25% da unidade de distribuição de combustíveis da estatal. Em comunicado, a empresa informa que foram recebidas três propostas, que após análise, "não atenderam aos objetivos da Companhia". Com isso, o atual processo de venda foi encerrado.
No novo processo, a Petrobras deverá deter uma partipação de 49% no capital com direito a voto, mas ficará majoritária no capital total (acionistas com e sem direito a voto).
Temer
Segundo Pedro Parente, o presidente em exercício, Michel Temer, tinha uma "curiosidade especial" sobre os detalhes da venda de parte da BR Distribuidora, e que as principais questões foram esclarecidas.
"Nas ações ordinárias, de controle, o eventual parceiro [da Petrobras na distribuidora] ficará com 51% e nós com 49%, enquanto, no capital total, a gente ficará com a maioria [da participação], entre 60% e 75% do capital total", explicou.
"A ideia é que a gente preserve todos os objetivos estratégicos de uma empresa integrada como é o caso da Petrobras e que a gente possa aumentar o valor dessa transação para a própria Petrobras ao permitir a nova formação societária", acrescentou.
Parente afirmou ainda que Temer "entendeu" as explicações no encontro e deu "todo estímulo" para a Petrobras continuar o programa de parcerias. Segundo ele, com essas alternativas a estatal conseguirá aumentar os investimentos, "uma coisa que o presidente, naturalmente, considera extremamente relevante".
Planejamento estratégico
Segundo Pedro Parente, a Petrobras deverá apresentar em outubro um novo planejamento estratégico, com a previsão de investimentos e medidas que a estatal deverá adotar ao longo dos próximos meses e anos.
Ele não quis adiantar nenhuma medida atualmente discutida internamente na estatal, mas disse que, quando houver decisões, elas serão divulgadas.
O presidente da estatal acrescentou que esse planejamento servirá como o "guia" para o que a empresa deverá fazer para garantir o processo de parcerias e investimentos.
Questionado sobre se, nesse planejamento, haverá decisões da Petrobras sobre ampliar os investimentos na exploração de petróleo no exterior ou reforçar a exploração no Brasil, Pedro Parente alegou que somente o documento "poderá responder".
"Mas, a princípio, não temos definição em sair da exploração no exterior. O que pode haver é refocar, priorizar regiões e tudo mais, mas as respostas só [virão] com o planejamento estratégico", disse.
Pré-sal
Mais cedo nesta quarta, Parente se reuniu com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e defendeu, após o encontro, o projeto que altera as regras de exploração de petróleo na camada pré-sal (localizado em águas profundas).
Parente também negou ter discutido com Meirelles o reajuste da gasolina ou o aumento da CIDE, contribuição que incide sobre os combustíveis.
O projeto sobre o pré-sal, que já passou pelo Senado e aguarda votação na Câmara, acaba com a obrigação de a Petrobras participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração dessa camada. O projeto é de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), atual ministro das Relações Exteriores.
"É uma mudança que é fundamental para o país e para a empresa também. A empresa já se manifestou a favor e obviamente mantemos nossa posição. Achamos que, quanto antes for feito, melhor será porque vai proporcionar melhores condições de competição nos próximos leilões", declarou Parente a jornalistas após a reunião com Meirelles.
Filipe Matoso