O Pecege Proejtos, através do seu portal (radarsucroenergetico.com) publicou um trabalho de análise econômica sobre o retorno do investimento em maturadores na cana-de-açúcar.
A primeira conclusão do estudo é de que não se deve avaliar o resultado do manejo com o defensivo levando em consideração a produtividade em toneladas de cana por hectare. Isso porque ele não vai dar ganho de peso, mas sim induzir um processo fisiológico que trará maior armazenamento de açúcares nos colmos, ou seja, a leitura correta da produtividade precisa ser em quilos de ATR por tonelada de cana.
Com a frase: “Os maturadores são adubos do ATR”, foi criada uma situação fictícia onde o custo do maturador (já considerando a aplicação) foi de R$ 145,00 por hectare. Considerado que o canavial tenha produzido 85 toneladas por hectare, o incremento em açúcar foi de seis quilos por tonelada de cana.
Assim, houve um ganho de 0,51 toneladas de açúcar por hectare de cana. Estipulando o preço de R$ 0,70 no quilo de açúcar, se chega a uma receita adicional de R$ 4,20 por tonelada, o que ao multiplicar pela produtividade chega-se a R$ 357,00 por hectare, ou seja, quase que uma vez e meia o retorno sobre o capital investido.
Porém o produtor precisa ficar atendo com as variáveis mais sensíveis para ver até onde o investimento vale a pena, que são: preço do produto, valor do açúcar (se produtor vende a cana pelo seu peso de nada vale o investimento) e o incremento possível, ou seja, em canaviais com o a quantidade de açúcar por hectare alta, a margem de melhora pode não viabilizar a operação.
Para finalizar, foi colocado um estudo com unidades industriais do Centro-Sul onde se constatou um gasto médio na safra 19/20 de R$ 36 por hectare, ou seja, três vezes menor que o investimento no exemplo citado anteriormente, o que indica que o manejo tem um grande campo de crescimento dentro da cultura.
