Ronaldo Knack
Do Ato Público em Defesa da Cadeia Produtiva Sucroenergética, que será realizado a partir das 14h desta sexta-feira (30) no Teatro Municipal de Sertãozinho, podem surgir alternativas que mudem o difícil cenário com o qual produtores, investidores, trabalhadores e agentes públicos municipais convivem desde 2007.
O principal mote do evento deve ser a criação de uma frente política, suprapartidária, que no âmbito dos municípios e estados, defenda os setores de agroenergia, biocombustíveis e bioeletricidade e ponha fim às ingerências indevidas e predatórias impostas por agentes de plantão do governo federal.
É o que vem ocorrendo com a política de combustíveis imposta, goela abaixo, que além de quebrar a Petrobras colocou em risco o mais bem sucedido programa de produção e desenvolvimento de energia limpa e renovável do mundo.
A iniciativa do prefeito José Alberto Gimenez (PSDB) de Sertãozinho é louvável e ele sabe onde é que o calo dói. Isto porque é produtor de cana e arrenda terras à uma usina. Para piorar a sua situação, ele, que está em seu terceiro mandato, está vendo sua receita tributária proveniente do Estado ser reduzida 10% a cada ano.
Gimenez conseguiu atrair para o evento todos os elos da cadeia produtiva. Os usineiros estão representados pela Única e Udop. Os fornecedores de cana pela Orplana, enquanto a indústria de base pelo CEISE Br, Abimaq e Simespi de Piracicaba. Já os trabalhadores pelos sindicatos ligados à Força Sindical.
Se a pesquisa BrasilAgro/SucroTrends revelou a falta de sinergia entre as lideranças e os setores que formam os elos da cadeia produtiva, espera-se a partir da reunião de Sertãozinho mudanças radicais que envolvem, necessariamente, uma nova postura das nossas lideranças empresariais e políticas (Ronaldo Knack é presidente do BrasilAgro;
ronaldo@brasilagro.com.br)