“Como a melhor forma de aprendizado é a vivência e a melhor mídia é a conversa, quando se mostra para alguém que você se importa com ela, e essa replica para seus próximos a percepção dela perante sua imagem, a estrada está feita”
O maior desafio do agronegócio brasileiro é trabalhar sua comunicação, e isso quer dizer gerar uma percepção comum de que o setor está preparado para assumir dois postos de liderança extremamente importantes: o de principal atividade econômica brasileira e de potência mundial no fornecimento de alimento e energia limpa.
Os números robustos (movimentação financeira, desenvolvimento econômico regional, entre outros) poderiam ser o suficiente para gerar o respeito de todos dentro e fora do país em épocas passadas, porém hoje não.
Para ser um líder reconhecido, isso se traduz em ser quase unânime, é preciso ir muito além de ser o melhor naquilo que faz, a realização de ações de cunho ambiental e social não é mais suficiente, mas trabalhar na criação e gestão de uma reputação coletiva que cause nas pessoas uma percepção positiva.
Isso só acontece quando há um arcabouço de informações no cérebro, de forma que quando receber algo negativo, a mente automaticamente contrapõe aquela mensagem e inibe um sentimento que pode ser de simples distanciamento ou até mesmo de raiva.
Como a melhor forma de aprendizado é a vivência e a melhor mídia é a conversa, quando se mostra para alguém que você se importa com ela, e essa replica para seus próximos a percepção dela perante sua imagem, a estrada está feita e então é só controlar o tráfego e cuidar da manutenção.
Assim, a Copercana, sendo uma referência no cooperativismo canavieiro, decidiu formar um comitê sustentável ESG com o intuito de dar visibilidade as suas ações e, com isso, impactar cada vez mais pessoas de projetos de cunho social e ambiental, alguns em prática há décadas, outros implementados recentemente em uma gama de outros que estão em gestação.
Criar a percepção nas pessoas de que a prosperidade do agro também afeta de maneira positiva a sua vida, essa é a última fronteira para o setor brasileiro se consolidar no papel de grande líder mundial alimentício e energético
Sendo a Biocoop o maior exemplo dentro da cooperativa, não pelo fato de sempre inovar para aumentar sua capacidade de recebimento, triagem e destinação correta dos mais variados materiais recicláveis, mas também por ter se transformado numa gigante sala de aula onde é possível transmitir conhecimento de modo criativo e interativo que vai além do seu espaço físico.
Dessa maneira ela vêm ampliando a quantidade de projetos educacionais, como é possível ver através das ações realizadas nos meses de setembro e outubro.
Parceria entre público e privado
A Copercana, através de uma parceria com a Prefeitura Municipal de Sertãozinho, tem recebido todas as quintas-feiras, nas dependências da Biocoop, alunos da rede municipal de Sertãozinho. Em outubro, foram três quintas-feiras dedicadas aos estudantes do sexto ano da EMEF José Negri.
Através da iniciativa denominada “Programa de Educação Ambiental” vinculado às ações da Copercana Sustentável ESG, eles tiveram a oportunidade de elevar seus conhecimentos sobre o agro, o cooperativismo, a Copercana e a forma correta de agir para contribuir com a preservação do meio ambiente.
O projeto acontecerá todas as semanas e ainda receberá alunos das EMEF Prof. Antonio Cristino Cabral e Prof. Roberto Zanutto Desidério, o que impactará, até o final do ano letivo, cerca de 300 crianças, além dos professores.
Turma da EMEF José Negri, o Programa de Educação Ambiental gera conhecimento sobre o agro, o cooperativismo, a Copercana e a aplicação de práticas ambientalmente corretas no cotidiano dos estudantes do sexto ano
Atividades do Plantando o Futuro
O mês de outubro foi cheio de atividades para os participantes do programa Plantando o Futuro. Dentre as diversas ações da agenda, o projeto promoveu uma oficina para que eles pudessem aprender sobre a importância da adubação líquida e orgânica, obtida através dos resíduos da compostagem.
A ação foi realizada pela Copercana Sustentável ESG nas dependências da BioCoop e atendeu tanto a turma do período da manhã quanto da tarde de alunos da APAE de Sertãozinho. Durante a atividade, os alunos mostraram muito entusiasmo e curiosidade. Todos, um a um, se aproximaram perto da composteira e colocaram os itens mágicos (como em um caldeirão), um punhado de terra, borra de café, mais um pouquinho de terra, minhocas, cascas de frutas e legumes e serragem.
Após o trabalho das minhocas, os itens mágicos viraram adubos orgânicos que foram regados nas plantas do local.
Aluno da APAE de Sertãozinho participa da oficina sobre compostagem
Dia das Crianças na APAE
Em comemoração à semana das crianças, ainda dentro do programa Plantando o Futuro, a Copercana Sustentável ESG promoveu um dia diferente para todos os alunos da APAE de Sertãozinho, cerca de 220, com faixas etárias desde bebês até senhores acima dos 60 anos.
Foram realizadas atividades de promoção da cooperação entre os participantes com bolas de plástico e de pingue-pongue. Os professores também participaram das ações auxiliando os alunos. O dia guardou também muitas brincadeiras, como um pequeno show de talentos e a dança das cadeiras, levando muita alegria e diversão a todos envolvidos.
“Para a gente é uma honra ter esse projeto da Copercana para as nossas crianças, pois é um trabalho que vai valorizar muito o aprendizado delas” destacou a diretora técnica administrativa da APAE de Sertãozinho, Luana Lopes Martelli Pignata, que completou: “Eles vivenciam o que aprendem e tem sido uma experiência incrível para todos ”.
A ação do dia das crianças envolveu todos os alunos, mais de 200, da APAE de Sertãozinho
Oficina com crianças e adolescentes de projeto social de Ribeirão Preto Fortalecendo os pilares ambiental e social que fazem parte do ESG, a Copercana levou até a Casa das Mangueiras, em Ribeirão Preto, uma oficina de seu programa de Educação Ambiental. Estiveram presentes a encarregada da BioCoop, Andréia Sapiensa e o membro do Comitê da Copercana Sustentável ESG, João Vitor Marinho.
O convite veio através da própria entidade que recentemente adquiriu lixeiras para a coleta seletiva e tinham dúvidas quanto à separação correta de cada resíduo. Aproveitando a oportunidade, a cooperativa levou informações sobre o correto gerenciamento e triagem, meio ambiente e cooperativismo.
“Todas as ferramentas e atividades que possam contribuir para a formação das crianças são muito bem-vindas. Essas parcerias são extremamente importantes para a Casa das Mangueiras e com certeza contribuem muito para a formação dos educandos", destacou o coordenador de operações da instituição, Gabriel Guimarães, que ainda lembrou da visita dos jovens à BioCoop: "Projetos como esses oferecem experiência para que eles conheçam outros locais saindo desse limite da Casa das Mangueiras, assim todos os mínimos detalhes influenciam muito nessa questão do comportamento, da visão e da participação desse crescimento pessoal".
A Casa das Mangueiras é uma organização sem fins lucrativos que tem como propósito proteger e defender os direitos das crianças e adolescentes pela promoção da autoestima, do diálogo com a família e a sociedade. Atualmente o projeto atende crianças de seis a adolescentes de 15 anos, mas passou também a oferecer oficinas para adultos de até 59 anos, através de parcerias com outras empresas e instituições. A casa investe em programas que auxiliam no desenvolvimento sociocultural por meio de oficinas, buscando incentivar e despertar valores como respeito, cidadania, responsabilidade e solidariedade.
Os alunos da Casa das Mangueiras também tiveram a oportunidade de receber o conteúdo do programa de Educação Ambiental
Programa Circular
E finalizando as notícias sustentáveis deste mês, a Copercana, através da BioCoop, fechou uma parceria com a Royal DSM para ser um ponto de coleta de sacarias de ráfia, um material plástico feito de polipropileno.
Através do Programa Circular, Copercana e a parceira, uma das maiores fornecedoras mundiais de nutrição animal (dona da marca Tortuga), pretendem receber sacarias para dar a destinação correta, independente se as embalagens forem de outras empresas do mesmo segmento.
"O programa circular é uma iniciativa de sustentabilidade da DSM. A ideia é trazermos todas as embalagens do mercado para serem devidamente destinadas", explica a gerente regional de embalagens circulares, Thais Ciarmoli, que acrescentou: “hoje as sacarias são feitas de polipropileno de ráfia e, quando elas não têm mais utilidade, viram sacos de lixo que vão para o aterro sanitário ou lixões. Esse tipo de material leva 400 anos para se decompor quando está no meio ambiente, então essa iniciativa busca contribuir para um planeta mais limpo às futuras gerações".
A parceria prevê inicialmente três pontos de coleta em três filiais (Sertãozinho, Santa Rita do Passa Quatro e Barretos), escolhidos por questões logísticas e também pela grande atividade pecuária. “Esse projeto é importante já que auxilia na logística reversa desse material, ou seja, na hora que perder sua utilidade, os produtores podem trazê-lo até a Copercana, que através da Biocoop, vai fazer a sua separação e a destinação correta para a DSM”, explicou o membro do Comitê da Copercana Sustentável ESG, João Vitor Marinho, que acrescentou: “Com isso, vamos facilitar a destinação, inibindo que os produtores deem fim de formas incorretas, o que pode acabar prejudicando o meio ambiente”.
Na foto: pela DSM, Maurício Mendes, diretor de Supply Chain; Thais Ciarmoli, gerente de Economia Circular; Júlia Faria, gerente de SHE (Saúde Segurança e Meio Ambiente); pela Copercana, João Marinho e Andreia Sapiensa
