Perguntas e esclarecimentos sobre fertilização em cana soca

Nessa segunda-feira (28) a Mosaic Fertilizantes promoveu uma live transmitida pela plataforma do Agronegócios Copercana 2021 que contou com a participação de seu agrônomo sênior Thiago Sylvestre fazendo uma sequência de perguntas sobre cana soca para o professor de adubos e adubação da Esalq/USP, Rafael Otto.

O primeiro assunto foi a respeito das novas tendências do manejo onde o professor foi enfático em sua mensagem de que o produtor que pretender elevar seu nível produtivo terá que abrir a cabeça e reduzir a quantidade utilizada de nitrogênio e aumentar o fósforo e o potássio.

“Temos feito muita pesquisa, estamos vendo o fósforo rendendo pelo menos 10 toneladas por hectare, inclusive na próxima recomendação do Boletim 100 já deve vir com o dobro da aplicação em soqueira”, disse Otto.

Segundo ele, não dá mais para continuar usando o antigo padrão 20-0-20, é preciso adotar formulações mais modernas, como a 21-07-24 da Mosaic lembrada por Sylvestre.

A segunda pergunta foi a respeito das fontes dos nitrogenados com foco principal na diferença entre a ureia e o nitrato de amônio. Segundo o professor, a amônia ganhou forte aderência no setor canavieiro quando a cana deixou de ser queimada, isso porque foi criado um paradigma de que ao aplicar a ureia se perdia muito com a volatilização pela exposição do produto no tempo em decorrência do colchão de palha.

Na sua visão, tendo diversos estudos como base, isso não passa de um mito, inclusive citando um experimento realizado na região de São José do Rio Preto, o qual houve perda de somente 3% da ureia aplicada num mês de julho ficando 25 dias sem receber chuva.

Ele também citou que depois de analisar diversos estudos de produtividade, não é possível enxergar diferença estatística na produtividade entre as duas fontes.

Perante esse contexto, Sylvestre informou que hoje a Mosaic oferece uma opção, a Ureia Estabilizada, que garante menor volatilização se comparada com a branca (comum), além de destacar a melhor aplicabilidade se comparado com o nitrato de amônio.

Outro tema abordado foi a questão do sinergismo entre os nutrientes sendo citado em primeiro lugar a clássica interação entre nitrogênio e enxofre que sem o segundo, é encontrada altas doses do primeiro livre na folha o que significa que o nutriente não foi incorporado pela planta.

Um segundo caso é entre o boro e o potássio, esse descoberto recentemente, quando se constatou que plantas bem nutridas com o micronutriente, é menor a perda do macronutriente.

Por fim, foi lembrado do sinergismo entre magnésio, o qual quando está em bons níveis, o transporte e absorção do fósforo é melhor.

A última questão foi sobre a qualidade da fonte dos fertilizantes. Para Otto houve um período que a indústria parou no tempo oferecendo aos agricultores produtos commoditizados, no entanto o surgimento da agricultura de alta performance tirou ela da zona de conforto.

Outro motivo é quanto ao valor do investimento em adubação, considerando muito o rendimento operacional de cada produto.

Antes do final, os participantes ainda comentaram dúvidas dos participantes e enceraram voltando ao tema de que o produtor precisa reconsiderar sempre seu perfil de adubação.

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