Perspectivas boas no mercado marcam 12ª edição do Agronegócios Copercana

05/08/2016 Agronegócio POR: Andréia Vital – Revista Canavieiros – Edição 121
Os preços mais atrativos para os produtos da cana-de-açúcar, milho, amendoim e soja vêm gerando um cenário mais positivo e este clima de otimismo entre produtores, empresas e usinas, se fez presente no Agronegócios Copercana 2016, realizado entre os dias 21 a 24 de junho, em Sertãozinho-SP. Em sua 12ª edição, a feira de máquinas, equipamentos e agroquímicos realizada especialmente para cooperados do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, acontece sempre no final do primeiro semestre, em junho, porque é o período propício para que os cooperados invistam em suas plantações.
A abertura oficial do evento, no dia 21, contou com a participação de lideranças do segmento, produtores e representantes de entidades e empresas. “Quem produz comida tem que ser respeitado neste país e eu tenho a impressão que, de agora em diante, os governantes irão aprender a respeitar o produtor, o agronegócio, que é o alavancador da nossa nação e garante a balança comercial brasileira”, ressaltou Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana e do Sicoob Cocred, em seu discurso. De acordo com ele, os bons preços do açúcar e do etanol, como também da soja, milho e amendoim - usados para rotação de cultura - confirmam um clima melhor, porém, ponderou que há falta de crédito no mercado, entre outros fatores, impedindo uma retomada imediata do segmento sucroenergético. “Diferente do Brasil, que enfrenta um período de desaceleração econômica e de falta de confiança, a Copercana continua acelerando, tendo registrado no período de 2011 a 2015, crescimento de 70% em seu faturamento, saindo de R$ 670 milhões para R$ 1.138 bilhão, sendo que 60% desse total se refere a insumos, razão principal desta feira”, afirmou na ocasião, Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e diretor da Copercana, dizendo ainda que, além das aquisições feitas durante este período, como postos de gasolina, supermercados, lojas de ferragens e outros, diversas obras estão em andamento trazendo mais desenvolvimento regional e o crescimento da cooperativa.
Já Carlos Roberto Liboni, secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho-SP, que representou o prefeito do município, José Alberto Gimenez (Zezinho Gimenez), na oportunidade, afirmou que o momento é de inflexão no setor sucroenergético e o fato já vem impactando na geração de empregos da região. “Pela primeira vez, desde 2012, tivemos contratações positivas no primeiro quadrimestre deste ano, em Sertãozinho-SP”, contou. Opinião compartilhada com Mônika Bergamaschi, ex-secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e atual presidente do IBISA (Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade no Agronegócio), ao afirmar ser uma fase mais positiva para a economia, com perspectivas futuras brilhantes para o setor sucroenergético, embora tenha ressaltado que há muito ainda a ser vencido
O último dia do evento contou com discurso do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, que, na ocasião, ressaltou a importância do setor sucroenergético para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. “As tecnologias que existem hoje em dia possibilitam a evolução permanente das cultivares, com melhoramento genético, novas técnicas de plantio e manejo do solo, aperfeiçoamento dos tratos culturais e evolução da colheita”, afirmou.
O evento, que teve a participação de 80 expositores, movimentou na edição passada R$ 160 milhões, volume 6% maior do que a de 2014. Já o volume de negócios gerados nesta décima segunda edição gerou R$ 250 milhões, valor 56,25% maior do que o registrado em 2015. O evento contou com a visitação de cerca de cinco mil pessoas. 
 
A próxima edição do Agronegócios Copercana ocorre entre os dias 27 a 30 de junho de 2017.
Novidades da 12ª edição
Neste ano, a organização apostou também em eventos de conteúdo, com palestras técnicas apresentadas por representantes das principais multinacionais do segmento agrícola. A programação aconteceu em um auditório inaugurado no primeiro dia do evento, que tem capacidade para 100 pessoas e poderá ser usado para diversos eventos em outras ocasiões. “Informar o nosso cooperado, mostrando técnicas e as novidades tecnológicas que ele pode usar na sua lavoura para conseguir mais produtividade.
Este é o objetivo de incluir também as palestras na programação da feira”, destacou Tonielo, pontuando que o bom relacionamento com os fornecedores é um grande diferencial que reflete em benefícios aos cooperados.
O espaço onde foram realizadas as apresentações foi inaugurado no primeiro dia do evento com a presença de lideranças e visitantes da feira. Na oportunidade, o presidente da Copercana e do Sicoob Cocred ressaltou a satisfação em inaugurar o auditório. “Este auditório irá incrementar os nossos eventos com palestras variadas e de interesse do produtor rural. Aproveito também para agradecer à Bayer CropScience, que é nossa parceira de negócio neste espaço e também patrocina sempre o Encontro de Gerentes, evento muito importante realizado anualmente para nossos colaboradores”, elucidou.
Durante a inauguração do novo auditório do Centro de Eventos Copercana, Fábio Prata, diretor comercial Cana, da multinacional alemã, também reforçou a importância da parceria de longo tempo com a cooperativa e disse que o novo auditório possibilitará o debate de temas relevantes para o desenvolvimento do setor agrícola. “Este é um ano muito desafiador para a agricultura brasileira, pois temos um cenário positivo em relação a preços atrativos, mas ao mesmo tempo existe endividamento alto, situação de créditos complicada e bancos retraídos, então é um paradoxo”, constatou, porém lembrou que o ânimo das pessoas é completamente diferente do último ano. “Hoje temos boas perspectivas para o futuro e isso está refletido no semblante de cada visitante aqui. Eu tenho certeza que esta feira será um sucesso”, concluiu.
Participaram ainda da solenidade Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e diretor da Copercana; Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana; Carlos Roberto Liboni, secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho-SP, entre outras lideranças.
Durante as palestras foram discutidos assuntos referentes ao manejo, solo e economia, entre outros. A Nutrigesso abriu a programação com a apresentação “Correção da Acidez, Adubação e Fertilidade do Solo”; a Basf, destacou a importância da qualidade da muda na lucratividade do canavial; a Bayer explanou sobre manejo de Cigarrinha das Raízes, manejo de florescimento e isso porização e manejo de plantas daninhas - tendências climáticas para 2016.
Já a Mosaic falou sobre o manejo de solo para altas produtividades e a Yara apresentou dados experimentais e proposta de valor. A grade contou ainda com a palestra ‘’Perspectiva de resultado econômico para safra16/2017“, apresentada por Almir Torcato, gestor corporativo da Canaoeste. De acordo com ele, o objetivo foi oferecer uma visão geral sobre os derivados da cana, incluindo preço, deficit, oferta e demanda colaborando assim para o produtor ter mais segurança com relação à tomada de decisão para a melhor rentabilidade de suas lavouras.
Organização fica satisfeita com o resultado da feira
“A feira superou as nossas expectativas com um volume grande de negócios. Ficamos preocupados com o cenário atual, mas acabamos nos surpreendendo com o interesse dos cooperados em fazer negócio”, alegou o presidente da Copercana e Sicoob Cocred.
Segundo ele, o preço bom agradou os visitantes e foi um dos atrativos para garantir a movimentação da feira, que chegou nesta edição a R$ 250 milhões. “Ainda tem muita coisa que vai ser acomodada nos próximos dias”, lembrou Tonielo, destacando que as vendas no setor de máquinas para implementos pequenos, como no caso para amendoim, calcário e gesso, foram significativas. “Só a área de grãos vendeu R$ 12 milhões”, contou.
Embora exista um problema de crédito no mercado, Tonielo afirma que a cooperativa está trabalhando para atender todo cooperado que necessitar. “Existem créditos ainda para serem liberados, mas acreditamos que não terá problemas”, afirmou, dizendo que desta vez ocorreram muitas compras a curto prazo, fato que ajudou bastante no volume registrado.
“O Agronegócios Copercana continua sendo uma excelente oportunidade e pela movimentação logo nos primeiros dias do evento, que foi maior do que no ano passado, percebemos que é um indicador que de fato vamos virar a página e começar um outro ciclo de produção, de produtividade, podendo resgatar, assim, um pouco os prejuízos que tivemos no passado”, afirmou o diretor da Sicoob Cocred, Márcio Meloni. 
O sucesso da feira de 2016 também foi destacado pelo gerente comercial da Copercana, Frederico José Dalmaso. “Sempre esperamos um crescimento, mas o resultado foi até além do esperado.
Procuramos oferecer um bom atendimento ao cooperado, dando a ele condições mais adequadas a nível de mercado para que possa ter economia nos custos de produção, consequentemente, aumentando seu lucro”, explica, pontuando que na sua área, participaram 25 multinacionais. Dalmaso também ressaltou que é perceptível a confiança que tanto o fornecedor quanto o cooperado têm no Agronegócios Copercana, e esta relação de parceria aumenta a cada ano. Opinião compartilhada com Ricardo Meloni, gerente de compras da Copercana.
“A feira atingiu seus objetivos, oferecendo ao cooperado as novidades em soluções e tecnologias, tendo a oportunidade de esclarecer dúvidas e conhecer lançamentos, fazendo contato direto com o fornecedor”, disse, afirmando que as principais empresas de produtos para a área de magazine e ferragem participaram do evento.
Para Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana, a feira já é tradição no calendário dos produtores, que aguardam ansiosos pelo evento, tanto para conseguirem bons negócios quanto para fazerem networking. “Todo ano incluímos novidades para agradar o cooperado, como desta vez, que trouxemos uma raça nova de gado, a Senepol; colocamos mais carneiros, teve novidades também no setor de máquinas”, disse ele, contando que o sucesso da feira é tanto que já existe falta de espaço para acomodar fornecedores interessados em expor no evento.
Outro ponto forte da feira foi destacado pelo assessor das diretorias, Manoel Sérgio Sicchieri. “O evento inova a cada ano e reúne em um só local produtores, fornecedores, empresários e banco - aproximando os envolvidos na cadeia produtiva, facilitando assim a geração de novos negócios”, reforçou.
De acordo com Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, a feira superou a expectativa em todos os aspectos e foi um sucesso total. “Em termos de organização, estava muito bem arrumada, decorada, bem agradável e preparada para receber os nossos associados, cooperados e fornecedores. A programação também foi boa e a visitação merece destaque. Quanto aos resultados, foi além do que esperávamos e pôde-se considerar a melhor feira que tivemos até hoje”, afirmou, explicando que isso se deve ao fato do momento em que vivemos, com bons preços do açúcar, etanol, amendoim, soja e milho, tanto no mercado interno quanto externo, e preços mais atrativos dos fertilizantes, fatos que impulsionaram os produtores a investir. “Além disso, os preços praticados durante a feira estavam muito bons, isso é possível devido ao volume movimentado na feira, tornando assim mais favorável e beneficiando os produtores”, considerou.
Feira recebe aprovação também de entidades e empresas visitantes
Produtor e diretor da Tecnocana, de Macatuba-SP, Paulo Roberto Artioli, foi um dos visitantes novatos na feira. “Está sendo uma oportunidade de conhecer de perto o serviço da Copercana, é a primeira vez que venho na feira de negócios e quero parabenizar a organização. A feira é uma oportunidade de negócios excelente, muito bem montada, onde podemos ver o setor sucroenergético retomando e acreditando novamente, conforme constatei em conversas com algumas pessoas aqui”, disse ele, reforçando. “Isso nos dá um conforto de que o agronegócio realmente é pujante e mesmo em um cenário de crise, faz acontecer. Espero que daqui para a frente possamos ser um pouco mais respeitados, pois o agro é a válvula propulsora deste país”, afirmou.
Celso Junqueira Franco, fornecedor de cana-de-açúcar e presidente da UDOP (União dos Produtores de Bioenergia), também esteve no local pela primeira vez. “Já tinha ouvido falar da feira, somos clientes da Copercana, mas foi uma surpresa para mim. Achei extremamente interessante o formato onde a Copercana cumpre o seu papel de atrair todos os provedores de suprimento da cadeia e os coloca frente a frente com os produtores, é um belo exemplo e o setor está aqui mostrando que tem muito para continuar contribuindo para o Brasil”, disse.
Segundo ele, o segmento da indústria ainda enfrenta uma situação difícil. “Temos ainda uma boa parte das usinas do país em condição de endividamento que compromete qualquer rentabilidade e recuperação de crédito no curto prazo.
Será preciso um prazo mais longo para recuperar a indústria como um todo”, constatou, porém, lembrou que o cenário de instabilidade de mercado e sem perspectivas, dos últimos anos, deu uma trégua e agora já está acontecendo uma recuperação de mercado com perspectivas futuras muito boas.
O diretor do Centro de Cana IAC (Instituto Agronômico), Marcos Landell, também marcou presença. “A Canaoeste e Copercana são grandes parceiras nossas e aqui encontramos com muitos outros parceiros e produtores, inclusive de outras associações que estão presentes, como usinas, enfim, é o nosso ambiente”, disse ele, completando.
“Viemos aqui também para constatar a reação do setor, e nos dá satisfação perceber que setor está mais animado, está vivo; produtores fazendo negócios para atender às necessidades das suas lavouras. Não tem nenhum exagero, tudo de uma maneira comedida, mas você observa que o astral é outro, indicando que os acenos do futuro são mais positivos do que no passado. É uma alegria observar de novo o produtor sorrindo, o produtor alegre”, afirmou.
De acordo com José Guilherme Nogueira, superintendente da Socicana, a feira da Copercana é uma referência do setor e serve para mostrar a pujança da região de Sertãozinho-SP na comercialização de produtos. “E este ano não podia ser diferente, é uma feira que oferece aos produtores o acesso às novas tecnologias, através da exposição ou das palestras, que são muito bem-vindas para mostrar e para orientar os produtores de cana e de cereais também”, constatou o executivo ao visitar o evento. Avaliação compartilhada com Marcos Matos, diretor da ABAG-RP.
“Encontramos aqui empresas importantes expondo seus portfólios focados não só na cultura canavieira, mas também atendendo à parte de grãos. É uma satisfação estar aqui com essas entidades que são associadas da ABAG de tantos anos. A Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred estão de parabéns pela organização da feira”, disse.
Para o gestor executivo da ORPLANA, Celso Albano de Carvalho, o evento é o reflexo de uma plataforma que a entidade quer ampliar para o fornecedor de cana. “É este tripé banco, cooperativa e associação, que traz a representatividade para a classe”, disse ele, contando que a organização caminha com uma programação extensa neste ano, quando completará 40 anos de atividades. “Iremos lançar o Caminhos da Cana, versão safra 2016/2017, que será diferente, mais encorpado e terá uma visão não só conjuntural, mas voltado para dentro, para a base”, explica.
Segundo o executivo, o debate principal desta edição do projeto será em torno da antecipação das ações dos fornecedores para atender às demandas futuras, mediante as mudanças ocorridas no setor.
Alunos do programa Jovem Agricultor do Futuro visitam a feira
Os 70 estudantes do programa Jovem Agricultor do Futuro, do Sistema FAESP-Senar/SP, de Sertãozinho-SP, foram conferir as novidades apresentadas no Agronegócios Copercana. Os jovens, de 14 a 17 anos, visitaram os estandes, onde receberam explicações sobre as tecnologias e serviços oferecidos e, também, acompanharam a explanação do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, que posou para fotos ao lado dos alunos.
Para a madrinha do projeto, a diretora da destilaria Santa Inês, Cláudia Tonielo, a atividade é importante, pois tem a ver com as práticas que os jovens aprendem no projeto, como agricultura sustentável e familiar, agregando informações que ajudam no seu desenvolvimento. 
Além dos 70 alunos patrocinados pela Santa Inês, há cerca de quatro anos, a unidade Viralcool, do Grupo Tonielo, também participa do projeto, apadrinhando outros 70 jovens, há pouco mais de uma década. 
Caravanas de diversas cidades marcaram presença na feira
Produtores rurais de diversas cidades do interior de São Paulo estiveram na feira em busca de novidades e das condições vantajosas de pagamento, como a de Santa Rosa de Viterbo, que mais uma vez trouxe fornecedores de cana-de-açúcar para visitar e fazer negócios no local, segundo o gerente da filial da Copercana no município, Mauro Donizeti Alves Pereira.
Os preços mais atrativos para os produtos da cana-de-açúcar, milho, amendoim e soja vêm gerando um cenário mais positivo e este clima de otimismo entre produtores, empresas e usinas, se fez presente no Agronegócios Copercana 2016, realizado entre os dias 21 a 24 de junho, em Sertãozinho-SP. Em sua 12ª edição, a feira de máquinas, equipamentos e agroquímicos realizada especialmente para cooperados do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, acontece sempre no final do primeiro semestre, em junho, porque é o período propício para que os cooperados invistam em suas plantações.

 
A abertura oficial do evento, no dia 21, contou com a participação de lideranças do segmento, produtores e representantes de entidades e empresas. “Quem produz comida tem que ser respeitado neste país e eu tenho a impressão que, de agora em diante, os governantes irão aprender a respeitar o produtor, o agronegócio, que é o alavancador da nossa nação e garante a balança comercial brasileira”, ressaltou Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana e do Sicoob Cocred, em seu discurso.


De acordo com ele, os bons preços do açúcar e do etanol, como também da soja, milho e amendoim - usados para rotação de cultura - confirmam um clima melhor, porém, ponderou que há falta de crédito no mercado, entre outros fatores, impedindo uma retomada imediata do segmento sucroenergético. “Diferente do Brasil, que enfrenta um período de desaceleração econômica e de falta de confiança, a Copercana continua acelerando, tendo registrado no período de 2011 a 2015, crescimento de 70% em seu faturamento, saindo de R$ 670 milhões para R$ 1.138 bilhão, sendo que 60% desse total se refere a insumos, razão principal desta feira”, afirmou na ocasião, Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e diretor da Copercana, dizendo ainda que, além das aquisições feitas durante este período, como postos de gasolina, supermercados, lojas de ferragens e outros, diversas obras estão em andamento trazendo mais desenvolvimento regional e o crescimento da cooperativa.

 
Já Carlos Roberto Liboni, secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho-SP, que representou o prefeito do município, José Alberto Gimenez (Zezinho Gimenez), na oportunidade, afirmou que o momento é de inflexão no setor sucroenergético e o fato já vem impactando na geração de empregos da região. “Pela primeira vez, desde 2012, tivemos contratações positivas no primeiro quadrimestre deste ano, em Sertãozinho-SP”, contou. Opinião compartilhada com Mônika Bergamaschi, ex-secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e atual presidente do IBISA (Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade no Agronegócio), ao afirmar ser uma fase mais positiva para a economia, com perspectivas futuras brilhantes para o setor sucroenergético, embora tenha ressaltado que há muito ainda a ser vencido.

 
O último dia do evento contou com discurso do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, que, na ocasião, ressaltou a importância do setor sucroenergético para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. “As tecnologias que existem hoje em dia possibilitam a evolução permanente das cultivares, com melhoramento genético, novas técnicas de plantio e manejo do solo, aperfeiçoamento dos tratos culturais e evolução da colheita”, afirmou.

 
O evento, que teve a participação de 80 expositores, movimentou na edição passada R$ 160 milhões, volume 6% maior do que a de 2014. Já o volume de negócios gerados nesta décima segunda edição gerou R$ 250 milhões, valor 56,25% maior do que o registrado em 2015. O evento contou com a visitação de cerca de cinco mil pessoas. 
 
A próxima edição do Agronegócios Copercana ocorre entre os dias 27 a 30 de junho de 2017.

 
Novidades da 12ª edição

 
Neste ano, a organização apostou também em eventos de conteúdo, com palestras técnicas apresentadas por representantes das principais multinacionais do segmento agrícola. A programação aconteceu em um auditório inaugurado no primeiro dia do evento, que tem capacidade para 100 pessoas e poderá ser usado para diversos eventos em outras ocasiões. “Informar o nosso cooperado, mostrando técnicas e as novidades tecnológicas que ele pode usar na sua lavoura para conseguir mais produtividade.

 
Este é o objetivo de incluir também as palestras na programação da feira”, destacou Tonielo, pontuando que o bom relacionamento com os fornecedores é um grande diferencial que reflete em benefícios aos cooperados.

 
O espaço onde foram realizadas as apresentações foi inaugurado no primeiro dia do evento com a presença de lideranças e visitantes da feira. Na oportunidade, o presidente da Copercana e do Sicoob Cocred ressaltou a satisfação em inaugurar o auditório. “Este auditório irá incrementar os nossos eventos com palestras variadas e de interesse do produtor rural. Aproveito também para agradecer à Bayer CropScience, que é nossa parceira de negócio neste espaço e também patrocina sempre o Encontro de Gerentes, evento muito importante realizado anualmente para nossos colaboradores”, elucidou.

 
Durante a inauguração do novo auditório do Centro de Eventos Copercana, Fábio Prata, diretor comercial Cana, da multinacional alemã, também reforçou a importância da parceria de longo tempo com a cooperativa e disse que o novo auditório possibilitará o debate de temas relevantes para o desenvolvimento do setor agrícola. “Este é um ano muito desafiador para a agricultura brasileira, pois temos um cenário positivo em relação a preços atrativos, mas ao mesmo tempo existe endividamento alto, situação de créditos complicada e bancos retraídos, então é um paradoxo”, constatou, porém lembrou que o ânimo das pessoas é completamente diferente do último ano. “Hoje temos boas perspectivas para o futuro e isso está refletido no semblante de cada visitante aqui. Eu tenho certeza que esta feira será um sucesso”, concluiu.

 
Participaram ainda da solenidade Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e diretor da Copercana; Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana; Carlos Roberto Liboni, secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho-SP, entre outras lideranças.

 
Durante as palestras foram discutidos assuntos referentes ao manejo, solo e economia, entre outros. A Nutrigesso abriu a programação com a apresentação “Correção da Acidez, Adubação e Fertilidade do Solo”; a Basf, destacou a importância da qualidade da muda na lucratividade do canavial; a Bayer explanou sobre manejo de Cigarrinha das Raízes, manejo de florescimento e isso porização e manejo de plantas daninhas - tendências climáticas para 2016.

 
Já a Mosaic falou sobre o manejo de solo para altas produtividades e a Yara apresentou dados experimentais e proposta de valor. A grade contou ainda com a palestra ‘’Perspectiva de resultado econômico para safra16/2017“, apresentada por Almir Torcato, gestor corporativo da Canaoeste. De acordo com ele, o objetivo foi oferecer uma visão geral sobre os derivados da cana, incluindo preço, deficit, oferta e demanda colaborando assim para o produtor ter mais segurança com relação à tomada de decisão para a melhor rentabilidade de suas lavouras.

 
Organização fica satisfeita com o resultado da feira

 
“A feira superou as nossas expectativas com um volume grande de negócios. Ficamos preocupados com o cenário atual, mas acabamos nos surpreendendo com o interesse dos cooperados em fazer negócio”, alegou o presidente da Copercana e Sicoob Cocred.

 
Segundo ele, o preço bom agradou os visitantes e foi um dos atrativos para garantir a movimentação da feira, que chegou nesta edição a R$ 250 milhões. “Ainda tem muita coisa que vai ser acomodada nos próximos dias”, lembrou Tonielo, destacando que as vendas no setor de máquinas para implementos pequenos, como no caso para amendoim, calcário e gesso, foram significativas. “Só a área de grãos vendeu R$ 12 milhões”, contou.

 
Embora exista um problema de crédito no mercado, Tonielo afirma que a cooperativa está trabalhando para atender todo cooperado que necessitar. “Existem créditos ainda para serem liberados, mas acreditamos que não terá problemas”, afirmou, dizendo que desta vez ocorreram muitas compras a curto prazo, fato que ajudou bastante no volume registrado.

“O Agronegócios Copercana continua sendo uma excelente oportunidade e pela movimentação logo nos primeiros dias do evento, que foi maior do que no ano passado, percebemos que é um indicador que de fato vamos virar a página e começar um outro ciclo de produção, de produtividade, podendo resgatar, assim, um pouco os prejuízos que tivemos no passado”, afirmou o diretor da Sicoob Cocred, Márcio Meloni. 

 
O sucesso da feira de 2016 também foi destacado pelo gerente comercial da Copercana, Frederico José Dalmaso. “Sempre esperamos um crescimento, mas o resultado foi até além do esperado.

 
Procuramos oferecer um bom atendimento ao cooperado, dando a ele condições mais adequadas a nível de mercado para que possa ter economia nos custos de produção, consequentemente, aumentando seu lucro”, explica, pontuando que na sua área, participaram 25 multinacionais. Dalmaso também ressaltou que é perceptível a confiança que tanto o fornecedor quanto o cooperado têm no Agronegócios Copercana, e esta relação de parceria aumenta a cada ano. Opinião compartilhada com Ricardo Meloni, gerente de compras da Copercana.

 
“A feira atingiu seus objetivos, oferecendo ao cooperado as novidades em soluções e tecnologias, tendo a oportunidade de esclarecer dúvidas e conhecer lançamentos, fazendo contato direto com o fornecedor”, disse, afirmando que as principais empresas de produtos para a área de magazine e ferragem participaram do evento.

 
Para Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana, a feira já é tradição no calendário dos produtores, que aguardam ansiosos pelo evento, tanto para conseguirem bons negócios quanto para fazerem networking. “Todo ano incluímos novidades para agradar o cooperado, como desta vez, que trouxemos uma raça nova de gado, a Senepol; colocamos mais carneiros, teve novidades também no setor de máquinas”, disse ele, contando que o sucesso da feira é tanto que já existe falta de espaço para acomodar fornecedores interessados em expor no evento.

 
Outro ponto forte da feira foi destacado pelo assessor das diretorias, Manoel Sérgio Sicchieri. “O evento inova a cada ano e reúne em um só local produtores, fornecedores, empresários e banco - aproximando os envolvidos na cadeia produtiva, facilitando assim a geração de novos negócios”, reforçou.

 
De acordo com Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, a feira superou a expectativa em todos os aspectos e foi um sucesso total. “Em termos de organização, estava muito bem arrumada, decorada, bem agradável e preparada para receber os nossos associados, cooperados e fornecedores. A programação também foi boa e a visitação merece destaque. Quanto aos resultados, foi além do que esperávamos e pôde-se considerar a melhor feira que tivemos até hoje”, afirmou, explicando que isso se deve ao fato do momento em que vivemos, com bons preços do açúcar, etanol, amendoim, soja e milho, tanto no mercado interno quanto externo, e preços mais atrativos dos fertilizantes, fatos que impulsionaram os produtores a investir. “Além disso, os preços praticados durante a feira estavam muito bons, isso é possível devido ao volume movimentado na feira, tornando assim mais favorável e beneficiando os produtores”, considerou.

 
Feira recebe aprovação também de entidades e empresas visitantes

 
Produtor e diretor da Tecnocana, de Macatuba-SP, Paulo Roberto Artioli, foi um dos visitantes novatos na feira. “Está sendo uma oportunidade de conhecer de perto o serviço da Copercana, é a primeira vez que venho na feira de negócios e quero parabenizar a organização. A feira é uma oportunidade de negócios excelente, muito bem montada, onde podemos ver o setor sucroenergético retomando e acreditando novamente, conforme constatei em conversas com algumas pessoas aqui”, disse ele, reforçando. “Isso nos dá um conforto de que o agronegócio realmente é pujante e mesmo em um cenário de crise, faz acontecer. Espero que daqui para a frente possamos ser um pouco mais respeitados, pois o agro é a válvula propulsora deste país”, afirmou.
Celso Junqueira Franco, fornecedor de cana-de-açúcar e presidente da UDOP (União dos Produtores de Bioenergia), também esteve no local pela primeira vez. “Já tinha ouvido falar da feira, somos clientes da Copercana, mas foi uma surpresa para mim. Achei extremamente interessante o formato onde a Copercana cumpre o seu papel de atrair todos os provedores de suprimento da cadeia e os coloca frente a frente com os produtores, é um belo exemplo e o setor está aqui mostrando que tem muito para continuar contribuindo para o Brasil”, disse.

 
Segundo ele, o segmento da indústria ainda enfrenta uma situação difícil. “Temos ainda uma boa parte das usinas do país em condição de endividamento que compromete qualquer rentabilidade e recuperação de crédito no curto prazo.

 
Será preciso um prazo mais longo para recuperar a indústria como um todo”, constatou, porém, lembrou que o cenário de instabilidade de mercado e sem perspectivas, dos últimos anos, deu uma trégua e agora já está acontecendo uma recuperação de mercado com perspectivas futuras muito boas.
O diretor do Centro de Cana IAC (Instituto Agronômico), Marcos Landell, também marcou presença. “A Canaoeste e Copercana são grandes parceiras nossas e aqui encontramos com muitos outros parceiros e produtores, inclusive de outras associações que estão presentes, como usinas, enfim, é o nosso ambiente”, disse ele, completando.

 
“Viemos aqui também para constatar a reação do setor, e nos dá satisfação perceber que setor está mais animado, está vivo; produtores fazendo negócios para atender às necessidades das suas lavouras. Não tem nenhum exagero, tudo de uma maneira comedida, mas você observa que o astral é outro, indicando que os acenos do futuro são mais positivos do que no passado. É uma alegria observar de novo o produtor sorrindo, o produtor alegre”, afirmou.

 
De acordo com José Guilherme Nogueira, superintendente da Socicana, a feira da Copercana é uma referência do setor e serve para mostrar a pujança da região de Sertãozinho-SP na comercialização de produtos. “E este ano não podia ser diferente, é uma feira que oferece aos produtores o acesso às novas tecnologias, através da exposição ou das palestras, que são muito bem-vindas para mostrar e para orientar os produtores de cana e de cereais também”, constatou o executivo ao visitar o evento. Avaliação compartilhada com Marcos Matos, diretor da ABAG-RP.

 
“Encontramos aqui empresas importantes expondo seus portfólios focados não só na cultura canavieira, mas também atendendo à parte de grãos. É uma satisfação estar aqui com essas entidades que são associadas da ABAG de tantos anos. A Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred estão de parabéns pela organização da feira”, disse.

 
Para o gestor executivo da ORPLANA, Celso Albano de Carvalho, o evento é o reflexo de uma plataforma que a entidade quer ampliar para o fornecedor de cana. “É este tripé banco, cooperativa e associação, que traz a representatividade para a classe”, disse ele, contando que a organização caminha com uma programação extensa neste ano, quando completará 40 anos de atividades. “Iremos lançar o Caminhos da Cana, versão safra 2016/2017, que será diferente, mais encorpado e terá uma visão não só conjuntural, mas voltado para dentro, para a base”, explica.

Segundo o executivo, o debate principal desta edição do projeto será em torno da antecipação das ações dos fornecedores para atender às demandas futuras, mediante as mudanças ocorridas no setor.

 
Alunos do programa Jovem Agricultor do Futuro visitam a feira

 
Os 70 estudantes do programa Jovem Agricultor do Futuro, do Sistema FAESP-Senar/SP, de Sertãozinho-SP, foram conferir as novidades apresentadas no Agronegócios Copercana. Os jovens, de 14 a 17 anos, visitaram os estandes, onde receberam explicações sobre as tecnologias e serviços oferecidos e, também, acompanharam a explanação do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, que posou para fotos ao lado dos alunos.
Para a madrinha do projeto, a diretora da destilaria Santa Inês, Cláudia Tonielo, a atividade é importante, pois tem a ver com as práticas que os jovens aprendem no projeto, como agricultura sustentável e familiar, agregando informações que ajudam no seu desenvolvimento. 

 
Além dos 70 alunos patrocinados pela Santa Inês, há cerca de quatro anos, a unidade Viralcool, do Grupo Tonielo, também participa do projeto, apadrinhando outros 70 jovens, há pouco mais de uma década. 

Caravanas de diversas cidades marcaram presença na feira

 
Produtores rurais de diversas cidades do interior de São Paulo estiveram na feira em busca de novidades e das condições vantajosas de pagamento, como a de Santa Rosa de Viterbo, que mais uma vez trouxe fornecedores de cana-de-açúcar para visitar e fazer negócios no local, segundo o gerente da filial da Copercana no município, Mauro Donizeti Alves Pereira.