Petrobras apresenta novo plano dia 23

03/06/2015 Combustível
A Petrobras pretende apresentar o plano de negócios 2015­2019 ao conselho de administração da companhia no dia 23 de junho, uma terça­feira. Se o plano for aprovado, poderá ser divulgado ao mercado no mesmo dia ou posteriormente, informou uma fonte ao Valor.
A data do Plano de Negócios é esperada pelo mercado porque vai indicar o que a estatal pretende investir, e vender, no período para aumentar sua geração de caixa e desalavancar o balanço. 
O plano anterior da companhia previa investimentos totais de US$ 206,8 bilhões em cinco anos, indicando investimento médio de US$ 41,36 bilhões por ano, mas efetivamente a Petrobras investiu US$ 37 bilhões em 2014. Agora, o mercado espera uma redução para algo em torno de US$ 136 bilhões no plano de negócios até 2019. 
Para 2015, a estatal já anunciou investimentos de US$ 29 bilhões. A companhia projeta obter US$ 3 bilhões com a venda de ativos este ano, mas o valor pode ser maior. No total, a projeção é de que sejam obtidos US$ 13,7 bilhões até 2016, mas os projetos ainda estão em fase de modelagem, disse uma fonte a par do assunto.
"Várias ideias estão sendo germinadas neste momento. Várias. E nenhuma foi concluída", disse a fonte. "Mas do conjunto da ambição, ela [a meta de  desinvestimento] é muito maior do que se viu até agora, mas isso tem que ser
construído", afirma.
Desde fevereiro, quando Aldemir Bendine assumiu a presidência e Ivan Monteiro, a diretoria financeira, a administração teve que saltar uma série de obstáculos. O primeiro deles, e sem o qual a Petrobras não teria futuro, era aprovar o balanço de 2014. No caminho, a empresa já captou quase R$ 40 bilhões, mais do que o que previa
para fechar 2015 com um saldo de US$ 20 bilhões. Na semana passada, depois que ele recebeu a aprovação dos acionistas na Assembleia Geral Extraordinária, várias áreas da companhia se felicitaram com a mensagem "Feliz 2015". A frase dá uma ideia da tensão a que todos estavam submetidos. Não que tenha passado. Calou fundo o
rebaixamento pela Moody's, que retirou a classificação de grau de investimento no fim de fevereiro.
Com uma dívida que já ultrapassa os R$ 400 bilhões, a escalada de captações da Petrobras chama a atenção de alguns observadores do mercado que gostariam de ver mais dinheiro livre entrando no caixa, ao invés de novas captações que, por enquanto, dão tranquilidade para o programa de investimentos e de pagamentos dos
compromissos financeiros mas, por outro lado, estão aumentando a alavancagem da companhia. 
Mas fontes ouvidas pelo Valor afirmam que resolver o problema de caixa se tornou muitíssimo mais importante,se é que isso é possível, depois do rebaixamento pela Moody's, apesar de ela não ter sido acompanhada pelas outras duas classificadoras de risco, a Fitch e a Standard & Poor's. 
A captação de US$ 2,5 bilhões com prazo de 100 anos que representou a volta da Petrobras ao mercado de bônus foi uma reação da estatal a essa visão "negativa" transmitida pela Moody's. A leitura foi de que a classificadora mandou recado dizendo que a Petrobras não tem financiabilidade, e vai enfrentar sérios problemas para pagar suas dívidas, afirma a fonte, que é próxima da empresa.
A reação veio com uma série de operações realizadas nos mercados doméstico e internacional, que tinham do outro lado bancos chineses, como o China Development Bank (CDB), o Standard Chartered, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, que na segunda fechou empréstimo de R$ 3 bilhões para a BR Distribuidora. Outras operações devem
vir.
"Quem deve R$ 400 bilhões não pode ficar dependente de um mercado, qualquer que seja ele, brasileiro, americano, europeus, de bonds, asiático, bilateral, de Agências de Crédito à Exportação ou bancos de desenvolvimento. Agora, a Petrobras vai visitá­los. Todos, sem exceção", afirmou a fonte.
Se de um lado o mercado espera a entrada de dinheiro com a venda de ativos, de outro há quem cobre novo aumento de combustíveis. Pelas contas do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), a gasolina já está sendo vendida no Brasil com 20% de defasagem, enquanto no diesel ela é menor, mas já está em 8%. O cálculo considera
custos de internação dos combustíveis.
Contudo, um novo controle de preços disfarçado, como se viu quando Guido Mantega, ex­ministro da Fazenda, presidia o conselho da Petrobras, está absolutamente descartado. "Essa [nova] administração não existe sem essa liberdade [de aumentar preços]. Não tenha dúvida de que esse assunto será tratado tecnicamente de forma
executiva, para manter essa companhia de maneira saudável, com índices e indicadores saudáveis que levem a um decréscimo da alavancagem", disse a fonte.
A Petrobras pretende apresentar o plano de negócios 2015­2019 ao conselho de administração da companhia no dia 23 de junho, uma terça­feira. Se o plano for aprovado, poderá ser divulgado ao mercado no mesmo dia ou posteriormente, informou uma fonte ao Valor.
A data do Plano de Negócios é esperada pelo mercado porque vai indicar o que a estatal pretende investir, e vender, no período para aumentar sua geração de caixa e desalavancar o balanço. 
O plano anterior da companhia previa investimentos totais de US$ 206,8 bilhões em cinco anos, indicando investimento médio de US$ 41,36 bilhões por ano, mas efetivamente a Petrobras investiu US$ 37 bilhões em 2014. Agora, o mercado espera uma redução para algo em torno de US$ 136 bilhões no plano de negócios até 2019. 
Para 2015, a estatal já anunciou investimentos de US$ 29 bilhões. A companhia projeta obter US$ 3 bilhões com a venda de ativos este ano, mas o valor pode ser maior. No total, a projeção é de que sejam obtidos US$ 13,7 bilhões até 2016, mas os projetos ainda estão em fase de modelagem, disse uma fonte a par do assunto.
"Várias ideias estão sendo germinadas neste momento. Várias. E nenhuma foi concluída", disse a fonte. "Mas do conjunto da ambição, ela [a meta de  desinvestimento] é muito maior do que se viu até agora, mas isso tem que ser
construído", afirma.
Desde fevereiro, quando Aldemir Bendine assumiu a presidência e Ivan Monteiro, a diretoria financeira, a administração teve que saltar uma série de obstáculos. O primeiro deles, e sem o qual a Petrobras não teria futuro, era aprovar o balanço de 2014. No caminho, a empresa já captou quase R$ 40 bilhões, mais do que o que previa para fechar 2015 com um saldo de US$ 20 bilhões. Na semana passada, depois que ele recebeu a aprovação dos acionistas na Assembleia Geral Extraordinária, várias áreas da companhia se felicitaram com a mensagem "Feliz 2015".


A frase dá uma ideia da tensão a que todos estavam submetidos. Não que tenha passado. Calou fundo o 
rebaixamento pela Moody's, que retirou a classificação de grau de investimento no fim de fevereiro.
Com uma dívida que já ultrapassa os R$ 400 bilhões, a escalada de captações da Petrobras chama a atenção de alguns observadores do mercado que gostariam de ver mais dinheiro livre entrando no caixa, ao invés de novas captações que, por enquanto, dão tranquilidade para o programa de investimentos e de pagamentos dos compromissos financeiros mas, por outro lado, estão aumentando a alavancagem da companhia. 
Mas fontes ouvidas pelo Valor afirmam que resolver o problema de caixa se tornou muitíssimo mais importante,se é que isso é possível, depois do rebaixamento pela Moody's, apesar de ela não ter sido acompanhada pelas outras duas classificadoras de risco, a Fitch e a Standard & Poor's. 
A captação de US$ 2,5 bilhões com prazo de 100 anos que representou a volta da Petrobras ao mercado de bônus foi uma reação da estatal a essa visão "negativa" transmitida pela Moody's. A leitura foi de que a classificadora mandou recado dizendo que a Petrobras não tem financiabilidade, e vai enfrentar sérios problemas para pagar suas dívidas, afirma a fonte, que é próxima da empresa.
A reação veio com uma série de operações realizadas nos mercados doméstico e internacional, que tinham do outro lado bancos chineses, como o China Development Bank (CDB), o Standard Chartered, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, que na segunda fechou empréstimo de R$ 3 bilhões para a BR Distribuidora. Outras operações devem vir.
"Quem deve R$ 400 bilhões não pode ficar dependente de um mercado, qualquer que seja ele, brasileiro, americano, europeus, de bonds, asiático, bilateral, de Agências de Crédito à Exportação ou bancos de desenvolvimento. Agora, a Petrobras vai visitá­los. Todos, sem exceção", afirmou a fonte.
Se de um lado o mercado espera a entrada de dinheiro com a venda de ativos, de outro há quem cobre novo aumento de combustíveis. Pelas contas do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), a gasolina já está sendo vendida no Brasil com 20% de defasagem, enquanto no diesel ela é menor, mas já está em 8%. O cálculo considera custos de internação dos combustíveis.
Contudo, um novo controle de preços disfarçado, como se viu quando Guido Mantega, ex­ministro da Fazenda, presidia o conselho da Petrobras, está absolutamente descartado. "Essa [nova] administração não existe sem essa liberdade [de aumentar preços]. Não tenha dúvida de que esse assunto será tratado tecnicamente de forma executiva, para manter essa companhia de maneira saudável, com índices e indicadores saudáveis que levem a um decréscimo da alavancagem", disse a fonte.