Pioneirismo dentro da cadeia

Por: Marino Guerra
 
Um dos conceitos que envolvem a economia colaborativa é o de que cada ator, dentro da cadeia, não se acomoda mais somente ao seu papel, ignorando o restante do universo que não lhe diz respeito.
 
Perante essa nova visão de mercado, os participantes de um segmento ficam atentos a todos os detalhes com o objetivo de aproveitar as oportunidades para novos negócios ou então, pelo menos, ao fortalecimento de outros elos, tornando-se consumidores deles.
 
Por ser uma cooperativa totalmente enraizada no setor sucroenergético, a Copercana entende bem esse conceito, tanto que ao longo de sua história, antes mesmo do termo virar moda, ela já o adotava em inúmeros projetos e ações.
 
Dentre esses exemplos se destaca o compromisso de compra de energia gerada pelo bagaço da cana, o que lhe garantiu, pelo terceiro ano consecutivo, o selo “Energia Verde” concedido pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).
 
O certificado, que é o único em reconhecer o esforço nessa área do mundo, é gerado pela Unica em parceria com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e diferencia os consumidores de energia gerada a partir da queima de biomassa de cana, dentro do mercado livre.
 
O presidente do Conselho de Administração da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, aponta para além da economia o pioneirismo da cooperativa nessa iniciativa. “Ao assumir o compromisso de compra da energia vinda da biomassa estamos fortalecendo a cadeia, ademais, acreditamos no crescimento desse mercado para trazer maior segurança ao sistema energético brasileiro”, disse.
 
Para tirar da inércia outros atores da cadeia que também se enquadram aos requisitos para adquirir a eletricidade vinda desse setor, a Unica ampliou as opções de comercialização, onde agora é possível comprar, além das usinas certificadas, também de outras seis empresas comercializadoras.
 
Com isso, o setor espera que a Copercana não seja mais a única cooperativa a ter o selo em curto espaço de tempo.