“Pioneiros” também serão homenageados na comemoração dos 25 anos da Bioeletricidade

22/05/2012 Geral POR: Unica
Três pioneiros na geração de bioeletricidade a partir da biomassa da cana-de-açúcar serão homenageados na sexta-feira (25/05), durante o evento “25 anos de Bioeletricidade no Brasil”, organizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Os homenageados participaram diretamente do início da geração de bioeletricidade nas três usinas que serão reconhecidas no evento por serem as primeiras a exportar eletricidade para a grade de distribuição, em 1987: São Francisco, São Martinho e Vale do Rosário.
 
Os pioneiros, selecionados por cada uma das três usinas, são Jairo Menesis Balbo, presidente da São Francisco; Agenor Pavan (in memoriam), ex-diretor industrial da São Martinho; e Cícero Junqueira Franco, ex-presidente da Vale do Rosário.
 
O evento terá início às 10h na Usina São Francisco, em Sertãozinho (SP), e terá a presença de autoridades e lideranças do setor sucroenergético. “Este evento celebra um marco histórico do setor sucroenergético brasileiro, o trabalho incansável dos pioneiros que há 25 anos tiveram a visão de tornar a biomassa de cana-de-açúcar um elemento vital para a composição da nossa matriz energética,” afirma Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico e presidente interino da UNICA.
 
Além das três usinas e de seus pioneiros, também serão homenageadas a CPFL Energia e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que participaram diretamente dos esforços que marcaram o início da bioeletricidade no País.
 
História dos pioneiros
 
•    Usina São Francisco - Jairo Menesis Balbo
 
“A iniciativa de cogerar eletricidade a partir da biomassa da cana-de-açúcar foi resultado da confiança em nós depositada pelo nosso presidente na época, o empresário Menezis Balbo. Para ele, o futuro do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) , vivendo o auge naquele tempo, não se resumia a produzir combustível para carros de passeio. Ele sempre nos incentivou a investir na pesquisa aplicada em busca de mais e mais benefícios da cana. Sabíamos que para a economia do Brasil crescer 5% ao ano, como era preciso, teríamos de construir uma hidrelétrica das dimensões da de Itaipu a cada três anos. O Estado de São Paulo já estava com seus recursos hídricos quase esgotados. Diante dessa realidade, nossa atividade prioritária, além de abastecer o mercado com etanol, para superar a crise do petróleo, era o desafio de viabilizar uma fonte de energia renovável, limpa e genuinamente brasileira. E tínhamos consciência de que esse caminho começava aqui.”
 
 
•    Usina São Martinho – Agenor Pavan (in memoriam)
 
No início da Bioeletricidade no Brasil, Agenor Pavan, então Diretor Industrial da Usina São Martinho, foi o responsável pelo movimento de aumento de capacidade da indústria, promovendo a substituição das caldeiras por queima em suspensão - tecnologia muito mais eficiente nunca antes usada no Brasil e que propiciava excedente de energia.
 
 
•    Usina Vale do Rosário - Cícero Junqueira Franco
 
Hoje com 80 anos de idade, Cícero Junqueira Franco é engenheiro civil e também pioneiro da bioeletricidade no Brasil. Ele foi presidente da Sociedade dos Produtores de Álcool (Sopral), vice-presidente do Sindicato dos Produtores de Álcool do Estado de São Paulo, conselheiro da UNICA e membro da comissão que ajudou o Governo Federal na elaboração do Proálcool, em 1975. Na ocasião em que a Vale do Rosário iniciava a geração de bioeletricidade, ele era então o presidente da usina.  Em seu currículo consta ainda a fundação das usinas Companhia Açúcareira Vale do Rosario, Destilaria Alcidia, Vale do Ivaí S/A, Pioneiros Bioenergia S/A e Usina R.S.