Com o prazo para a eliminação da queima da palha da cana-de-açúcar marcado para 2014 no interior de São Paulo - devido a um acordo no setor canavieiro -, as usinas da região de Ribeirão Preto (SP) aproveitam a entressafra da cultura para dar cursos de capacitação para os trabalhadores rurais que atuavam na colheita. A falta de mão de obra capacitada motivou as empresas a ensinarem outras funções aos profissionais que antes trabalhavam no campo.
O projeto, chamado de Renovação, tem 30 cursos profissionalizantes e existe há dois anos. A iniciativa qualificou 5,7 mil profissionais em seis das maiores regiões produtoras de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo - Ribeirão Preto, Piracicaba, Bauru, Araçatuba, São José do Rio Preto e Presidente Prudente. Os dados são da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Única), parceira do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no programa que também já formou 16 mil trabalhadores em outros cursos independentes.
Segundo a única o país emprega 1,2 milhão de pessoas nas usinas, sendo cerca de 500 mil em atividades rurais vinculadas exclusivamente ao cultivo da cana-de-açúcar. O Estado de São Paulo abriga mais de 20% dessa mão de obra - 110 mil trabalhadores.
As usinas paulistas já operam com 87% de sua colheita mecanizada. Segundo a Única, esse percentual chegará a 100% na safra 2014/2015. Com isso os trabalhadores rurais irão perder seus postos e quem não se atualizar, pode ter dificuldade em continuar no mercado de trabalho.
"Esses novos cargos, que são os cargos que eles estão se capacitando agora, muitos deles nem existiam, como por exemplo, motorista de colhedora, então a mão de obra especializada para a mecanização é outra, e nós tínhamos que fazer isso de qualquer forma", afirma a gerente de Responsabilidade Social da Única, Maria Luiza Barbosa.
Edvaldo Pedro da Silva saiu do Sertão pernambucano para o interior de São Paulo atrás de trabalho nos canaviais. Ele atua há 10 anos na função e agora, com os cursos, Silva quer conseguiu um novo cargo na usina. "Estou sempre procurando pegar uma profissão melhor, agora que veio a oportunidade de fazer o curso de mecânica, é a profissão que eu quero exercer", diz.
Os cursos oferecidos pelo Renovação são para funções como operador de colheitadeira, motorista canavieiro, soldador, eletricista e mecânico, entre outros. Aproximadamente 80% dos participantes conseguem recolocação no mercado. "Nós garantimos que ele tendo comprometimento, ele tendo a vontade, com a metodologia e estratégia de trabalho que nós utilizamos, nós garantimos a esse aluno obter o perfil desejado para o mercado de trabalho", conclui o diretor do Senai, Reginaldo Dias de Souza.
O aumento médio na renda dos trabalhadores que passam pelo programa e assumem funções que exigem uma maior qualificação é de 61%. É o caso do auxiliar de manutenção de máquinas Ivanildo José da Silva. "Para mim é uma profissão isso aqui. Ter aprendido, entrado no Senai, ter me dado esse curso. Antes eu não podia comprar nem uma bicicleta, hoje o que eu quiser comprar eu compro", afirma.
A medida, segundo a gerente de Recursos Humanos de uma usina de Batatais Beatriz Resende, contribui para sanar o problema de falta de mão de obra especializada. "Com essa questão do apagão de mão de obra, no momento em que você forma profissionais para o futuro você garante um quadro que você formou, qualificado, um quadro que venha sem vícios, pessoas que dão valor aquela formação porque eles tiveram a chance de estar conosco, então realmente o resultado é muito positivo", finaliza.
Com o prazo para a eliminação da queima da palha da cana-de-açúcar marcado para 2014 no interior de São Paulo - devido a um acordo no setor canavieiro -, as usinas da região de Ribeirão Preto (SP) aproveitam a entressafra da cultura para dar cursos de capacitação para os trabalhadores rurais que atuavam na colheita. A falta de mão de obra capacitada motivou as empresas a ensinarem outras funções aos profissionais que antes trabalhavam no campo.
O projeto, chamado de Renovação, tem 30 cursos profissionalizantes e existe há dois anos. A iniciativa qualificou 5,7 mil profissionais em seis das maiores regiões produtoras de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo - Ribeirão Preto, Piracicaba, Bauru, Araçatuba, São José do Rio Preto e Presidente Prudente. Os dados são da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Única), parceira do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no programa que também já formou 16 mil trabalhadores em outros cursos independentes.
Segundo a única o país emprega 1,2 milhão de pessoas nas usinas, sendo cerca de 500 mil em atividades rurais vinculadas exclusivamente ao cultivo da cana-de-açúcar. O Estado de São Paulo abriga mais de 20% dessa mão de obra - 110 mil trabalhadores.
As usinas paulistas já operam com 87% de sua colheita mecanizada. Segundo a Única, esse percentual chegará a 100% na safra 2014/2015. Com isso os trabalhadores rurais irão perder seus postos e quem não se atualizar, pode ter dificuldade em continuar no mercado de trabalho.
"Esses novos cargos, que são os cargos que eles estão se capacitando agora, muitos deles nem existiam, como por exemplo, motorista de colhedora, então a mão de obra especializada para a mecanização é outra, e nós tínhamos que fazer isso de qualquer forma", afirma a gerente de Responsabilidade Social da Única, Maria Luiza Barbosa.
Edvaldo Pedro da Silva saiu do Sertão pernambucano para o interior de São Paulo atrás de trabalho nos canaviais. Ele atua há 10 anos na função e agora, com os cursos, Silva quer conseguiu um novo cargo na usina. "Estou sempre procurando pegar uma profissão melhor, agora que veio a oportunidade de fazer o curso de mecânica, é a profissão que eu quero exercer", diz.
Os cursos oferecidos pelo Renovação são para funções como operador de colheitadeira, motorista canavieiro, soldador, eletricista e mecânico, entre outros. Aproximadamente 80% dos participantes conseguem recolocação no mercado. "Nós garantimos que ele tendo comprometimento, ele tendo a vontade, com a metodologia e estratégia de trabalho que nós utilizamos, nós garantimos a esse aluno obter o perfil desejado para o mercado de trabalho", conclui o diretor do Senai, Reginaldo Dias de Souza.
O aumento médio na renda dos trabalhadores que passam pelo programa e assumem funções que exigem uma maior qualificação é de 61%. É o caso do auxiliar de manutenção de máquinas Ivanildo José da Silva. "Para mim é uma profissão isso aqui. Ter aprendido, entrado no Senai, ter me dado esse curso. Antes eu não podia comprar nem uma bicicleta, hoje o que eu quiser comprar eu compro", afirma.
A medida, segundo a gerente de Recursos Humanos de uma usina de Batatais Beatriz Resende, contribui para sanar o problema de falta de mão de obra especializada. "Com essa questão do apagão de mão de obra, no momento em que você forma profissionais para o futuro você garante um quadro que você formou, qualificado, um quadro que venha sem vícios, pessoas que dão valor aquela formação porque eles tiveram a chance de estar conosco, então realmente o resultado é muito positivo", finaliza.